[email protected] 10 Curitiba, quarta-feira, 2 de janeiro de 2019 Cidades ## LOTADO Réveillon no Litoral: 1,7 milhão de pessoas e 315 mil carros Apenas ontem, mais de 40 mil veículos pegaram a BR-277 para voltar a Curitiba BR-277: estrada lotada para a volta do feriado de Ano Novo ## PEQUENA CATARINA Primeiro parto na Capital aconteceu depois da primeira hora do ano Rodolfo Luis Kowalski Foi depois de todo o foguetório que ce- lebrou a chegada do ano novo que Curi- tiba registrouo seuprimeironascimento do ano. Foi na Maternidade Curitiba, lo- calizada no bairro Água Verde, que a pe- quena Catarina viu a luz pela primeira vez, às 1h02 da madrugada de ontem (1º de janeiro). Segundo informações do es- tabelecimento, a menina nasceu de par- to normal, pesando 2,745 quilos. O mês de janeiro, inclusive, costu- ma ser um dos mais movimentados nas maternidades da cidade. Segundo infor- mações do Painel de Monitoramento de Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, historicamente o primeiro mês do ano é o quarto com mais nascimentos, atrás apenas de março, maio e abril. Pormês, o Paraná registrou entre 2014 e 2017 (último ano com dados disponí- veis) umamédiade158.367nascimentos por ano. Em janeiro, a média é de 13.687 partos, o que dá uma média de 442 nas- cimentos por dia. Nos últimos anos, inclusive, o número de nascidos vivos temvoltado a crescer no estado.Após atingir opicoem2015,quan- do foram registrados mais de 160mil nas- cimentos,onúmerohavia caído para pou- comais de155mil nascimentosnoano se- guinte. Em 2017, porém, já foi registrado umaumento de 1,6%,com157,5mil bebês nascendo. Para 2018, a expectativa é que seja registrado um número parecido – até outubro, último mês com dados disponí- veis, foram 131,9 mil nascimentos. ## FALECIMENTOS Capital registra pelo menos 26 óbitos no primeiro dia de 2019 O primeiro dia do ano também foi marcado por despedidas na Capital. De acordo com o Serviço Funerário Muni- cipal de Curitiba, foram pelo menos 26 óbitos registrados na cidade ao longo do dia, número que ainda pode subir, uma vez que há casos que podemnão ter sido notificados ainda ao município. Amaioria das vítimas (18 de 26, ou 69% do total) são pessoas com idade acima de 60 anos, com dois casos de idosos que fa- leceramaos 99 anos.Outros sete casos en- volverammaioresde50anosehouveainda o registro de um recém-nascido que veio à óbito, falecendo comapenas duas horas de vida.Comrelação ao sexo, 16 eramdo sexo masculino (61,5%) e 10 do sexo feminino (38,5%). Umdos casos registrados ontem foi o de Marinaldo Peterson, encontrado submerso em um córrego no bairro Ca- ximba. Morador de Guarapuava, ele veio a Curitiba passar o Ano Novo com fami- liares, mas no dia 31 entrou em surto e desapareceu nummatagal. Seu corpo foi recolhido ao IML e passará por perícia. Franklin de Freitas O setor de queimados do Hospital Evan- gélico,emCuritiba,teveumamovimentação atípicanesta virada de ano.Mas por umbom motivo: é que os casos de queimados em si- tuações relacionadas às festividades e oma- nuseio de material pirotécnico, como fogos de artifício, despencaram na unidade. DeacordocomTaynahSilva,cirurgiãplás- tica especializada no atendimento a quei- mados e que atua na unidade de saúde, en- tre o dia 31 de dezembro de 2018 e o final da tarde de 1º de janeiro foram registrados 30 atendimentos na ala de queimados do hos- pital, sendo que apenas três eram ocorrên- cias relacionadas a fogos de artifício. Todos os demais casos eram de queimaduras cau- sadas por contato com superfícies quentes. A situação não deixa de ser curiosa, uma vez que o comércio de fogos teve um dos melhores finais de ano dos últimos tem- pos, com crescimento de 10% na compa- ração com o ano anterior, quando 19 casos de pessoas queimadas ao utilizarem fogos de artifício chegaram ao hospital – na oca- sião, ummorador de Almirante Tamandaré foi atingido por uma bateria de fogos e teve a perna amputada, bem como uma criança feriu-se ao estourar um rojão e teve o de- do decepado. Já neste ano, o caso mais grave envolveu um homem que sofreu queimaduras de ter- ceiro grau no antebraço esquerdo. Ele foi in- ternado no final da tarde de ontem e ainda não há mais informações sobre o seu esta- do de saúde. Além dele, duas crianças tive- ramqueimadura emface aomanejar esse ti- po de artefato, mas foram apenas ferimen- tos superficiais. Háde sedestacar,contudo,que essamaior tranquilidadenaaladequeimadosaindapo- de mudar, como destaca a médica Taynah Silva. Segundo ela, as semanas no perío- do entre o Natal e o dia 05 de janeiro são as commaior número de queimados procu- rando atendimento no Hospital Evangélico. . “Ano passado tivemos um número maior (de casos relacionados às destas), mas tem de ver como será os próximos três ou qua- trodias,porqueopessoalquevoltaagoradas praias costumanosprocurar também”,com- plementa. (RK) Rodolfo Luis Kowalski A expectativa era de que a última semana do ano fos- se também a mais cheia no Litoral do Paraná. E a previ- são se confirmou: de acordo com a Coordenação Opera- cional da Operação Verão Paraná 2018/2019, 1,7 milhão de pessoas acompanharam a virada do ano nas praias de Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná. Considerando todos os setemunicípios litorâneos, a expectativa era de mais de 2 milhões de pessoas no litoral. Se omovimento nas praias foi grande, é natural que as estradas também tenham tido fluxo intenso de veículos. Segundo a concessionária Ecovia,responsável por admi- nistrar o trecho Curitiba-Litoral da BR-277 e as PRs 508 e 407, durante a semana do Ano-Novo (27/12 até 02/01) 315 mil veículos irão circular pelas rodovias, com au- mento de 18% no movimento em relação ao do feriado da virada em 2018. O dia com maior movimento foi o sábado, 29 de de- zembro, quando 45 mil veículos pegaram a estrada, a maioria deles partindo de Curitiba rumo ao litoral pa- ranaense. Já ontem, foram 41 mil veículos retornando pela BR-277 para Curitiba. Apesar do fluxo intenso de veículos, não houve regis- tro de maior lentidão para quem retornava das praias paranaenses. Para hoje, o movimento ainda será gran- de na estrada, desde às 7 da manhã até o fim do dia, de- vendo atingir 40 mil veículos ao fim do dia. Quem teve dor de cabeça na viagem foram os moto- ristas e passageiros que retornavam de Santa Catarina. De acordo com a concessionária Autopista Litoral Sul, a BR-116 (Contorno Leste) e a BR-376/PR tiveram mo- vimento intenso, mas sem restrição ao tráfego. Já quem cruzou Santa Catarina em direção ao Paraná pela BR- 101/SC chegou a encarar mais de 70 quilômetros de len- tidão, intercalados com trechos de congestionamento, entre Porto Belo e Barra Velha. Como a expectativa é também de um dia movimen- tado nesta quarta-feira, uma opção aos motoristas para evitar congestionamentos é viajar à noite, aproveitan- do que o trecho de serra no Paraná (BR-376/PR) está to- talemtne iluminado, proporcionando uma viagem mais tranquila e confortável. RÁPIDA Bombeiros e PM tiveram uma virada de ano agitada A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros tiveram um dia de trabalho inten- so entre às 6 horas do dia 31 de dezembro e às 6 horas de 1º de janeiro nas praias do Paraná. Segundo balanço divulgado pela Operação Verão, foram 513 pessoas abordadas, com 53 encaminhamentos à delegacia. Também fo- ram lavrados 46 Termos Circunstanciados (TCs) de crimes de menor poten- cial ofensivo. Já os Bombeiros, no mesmo período, fizeram 73 resgates, 3.142 orientações e 2.826 advertências. Houveram ainda cinco casos de violência doméstica e apreensões de porções de maconha (24 gramas), 32 mudas de maconha e a lavratura de 16 notificações de trânsito. Nos principais pontos das praias de Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná, a PM reforçou a pre- sença com viaturas de área, módulos móveis e motocicletas. Além das equi- pes de reforço da Operação Verão Paraná 2018/2019, foram aplicados efeti- vos de unidades especializadas como da Companhia Tático Móvel de Trânsito (COTAMOTRAN) do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE). ## EM CURITIBA Venda de fogos cresce, mas número de queimados cai na Virada

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU2OA==