[email protected] Cidades 12 Curitiba, quarta-feira, 2 de janeiro de 2019 ## GENTE DE BEM Rodolfo Luis Kowalski A desigualdade, a falta de acesso à educação de qualidade e o desempre- go são alguns dos principais desafios a seremencaradospelasociedadebrasi- leira.EemCuritiba,umprojetodegas- tronomia social tem ajudado a mudar a realidade de centenas de pessoas.Éo Gastromotiva, que capacita jovens de baixa renda em cursos profissionali- zantes na área gastronômica e os in- sere no mercado de trabalho. Criado em 2006 pelo curitibano David Hertz, um dos grandes impul- sionadores da gastronomia social no mundo, a Gastromotiva marca pre- sença desde o segundo semestre de 2016 na Capital paranaense, contan- do com a parceria da Universidade Positivo (UP) e de diversos restau- rantes da cidade. Outras cidades com a atuação da organização são Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Cida- de do México. Ao todo, mais de 5 mil pessoas já foram capacitadas. Em Curitiba, a cada ano são aber- tas duas turmas, uma em cada semes- tre, com50 vagas.Os cursos têmdura- çãodecincomesese,alémdeaprender uma nova profissão, os participantes recebemaulas de cidadania e colocam em prática alguns princípios da orga- nização, como educação alimentar e combate ao desperdício de comida. Não à toa, um dos objetivos do curso é formar os jovens para que se tornem multiplicadores sociais, re- tornando às suas comunidades pa- ra empreender no setor de alimen- tação, gerando mais empregos nes- ses locais. Em outros casos, recebem ofertas de emprego de restaurantes parceiros do projeto para iniciarem suas carreiras. Para participar das aulas, contudo, é preciso passar por um processo se- letivo e atender a alguns requisitos, como ter entre 17 e 35 anos de idade; renda familiar de até 3 salários mí- nimos; e Ensino Médio em curso ou completo. No curso, os alunos trata- rão de assuntos como ecogastrono- mia (para compreender a cadeia de valor do alimento) e empreendedo- rismo (ára que os participantes criem seu próprio plano de carreira). As inscrições podem ser feitas pe- lo site da Gastromotiva (http://gas- tromotiva.org/cursos-gratuitos/ ). São três opções de curso, um voltado para profissionais que querem atuar como auxiliar de cozinha, outro para quem deseja empreender ou já em- preende no meio gastronômico e um terceiro, ofertado exclusivamente no Rio de Janeiro, para cozinheiro pro- fissional. As inscrições ficam abertas durante todo o ano,mas a abertura de novas turmas depende da demanda e do calendário específico de cada ci- dade onde a organização social atua. Gastronomia para ajudar a transformar a sociedade Criada em 2006 por David Hertz, a Gastromotiva combate a desigualdade social SERVIÇO Gastromotiva/Gastronomia social O que é: Focada no lema “Comida que Transforma”, a Gastromotiva é uma orga- nização sem fins lucrativos que capacita jovens de baixa renda na área gastro- nômica e os ajuda ea encontrar em espaço no mercado de trabalho. Em 12 anos, mais de 5 mil pessoas já foram capacitadas. Atuação: Desde 2016 em Curitiba, onde conta com a parceria da Universidade Positivo (UP), a organização tem ofertado dois cursos por ano na cidade (um em cada semestre), com vagas para 50 pessoas. Além da Capital, outros municípios brasileiros e mesmo do exterior (em países como México, África do Sul e El Sal- vador) já contam com a presença e o apoio da Gastromotiva Como ajudar: para servir mais pessoas nos jantares sociais, atender mais jovens em situação de vulnerabilidade social e ampliar as ações de conscientização, a Gastromotiva pede a ajuda da sociedade, que pode fazer doações financeiras pe- la internet. Acesse a página http://gastromotiva.org/faca-uma-doacao/ para ver as opções disponíveis. Inscrições: Podem ser feitas pelo site da Gastromotiva (http://gastromotiva.org/ cursos-gratuitos/). Para participar, é preciso ter entre 17 e 35 anos, estar cursan- do ou já ter terminado o Ensino Médio, além de renda familiar de até três salá- rios mínimos. Site: http://gastromotiva.org/ Mais informações: (41) 99891-5260 Projeto apoiou Hackaton UP Gastronomia em Curitiba em agosto Nos dias 25 e 26 de agosto de 2018, a Gastromotiva realizou umevento inédito emparceria com a Universidade Positivo: o Hackaton UP Gastromotiva, que contou com a participação de mais de 85 alunos da UP de diferentes cursos. Eles forma- ram grupos para criar soluções tecnolo- gicas para quatro desafios relacionados à projetos da organização: a Super-Liga da Comida, o curso Empreenda: Faça e Ven- da, o Negócio Social e o Relacionamento com a Rede de Restaurantes. Ao todo, 17 grupos participaram da ação e passaram cerca de 36 horas na maratona tecnoló- gica, contando com o auxílio de profes- sores da UP e da equipe da Gastromotiva. Projeto usa a gastronomia para inserir e capacitar jovens de baixa renda no mercado Divulgação Gastromotiva Em 2019 você pode contribuir com o planeta O término de um ano permite a todos um balanço dos erros e acertos. Isso para que, no novo ano que se inicia, possamos fa- zer ainda mais e melhor. Este pensamento também se encaixa para a questão ambiental. Muito se fala sobre sustentabilidade e sobre o papel do ser hu- mano na manutenção da qualidade da vida no planeta. No en- tanto, todos nós pensamos em fazer algo para ajudar e, muitas vezes, acabamos não priorizando esta contribuição tão impor- tante da forma que gostaríamos. Por isso, aproveite este início de ano e inclua nas suas reflexões o que é possível fazer para que em suas atividades diárias, vo- cê possa ser um pouco mais “sustentável”. Ir de bicicleta para o trabalho, reduzir o consumo de água e energia, ampliar a reci- clagem dos resíduos que produz, comprar localmente, priorizar o consumo de alimentos orgânicos em suas refeições, estão en- tre algumas pequenas ações que trarão uma importante contri- buição para o coletivo nos próximos 365 dias do ano. E lembre- -se: não crie metas irreais e nem estabeleça prazos impossíveis de serem alcançados. Trace suas metas e tenha um Feliz 2019. Retomada à caça de baleias no Japão é retrocesso Governos de vários países, entre eles, Brasil e Austrália, estão considerando como “grande retrocesso no cenário global” a de- cisão anunciada pelo governo do Japão de retomar a caça das baleias e deixar Comissão Internacional da Baleia (CIB). Em no- ta, o Ministério do Meio Ambiente informou que, no Brasil, há um esforço para garantir a preservação de várias espécies. “Pro- tegemos as baleias jubarte e franca, os golfinhos, as tartaru- gas e manejamos a pesca de espécies comerciais para garan- tir a sobrevivência das espécies mais exploradas. Além disso, ampliamos as unidades de conservação costeiras marinhas de 1,5% para 26%, para preservar os hábitats da fauna marinha.” O governo da Austrália também lamentou a decisão das autorida- des japonesas e apelou para que revisem a medida e abando- nem a iniciativa de retomar a caça comercial de baleias a par- tir de julho de 2019. Casa bioclimática aproveita água da chuva, luz solar e materiais naturais Um projeto que mescla técnicas passivas para tirar do papel um projeto de residência bioclimática com orçamento reduzido resultou na Casa Esparza, construída em San Rafael, na Costa Rica. Os arquitetos responsáveis pelo Projetos Yuso garantiram conforto aos moradores mesmo estando numa zona úmida tro- pical caracterizada por temperaturas e umidade elevada. Tam- bém optou-se pelo uso de materiais com pegada de baixo car- bono, como a madeira, e ainda foram instalados sistemas pa- ra captar e reutilizar água da chuva, assim como um sistema de águas residuais que separam os resíduos orgânicos. Senado aprova criação de usinas eólicas e solares no mar O Plenário do Senado aprovou, na última semana de 2018, um projeto de lei que autoriza a implantação de usinas maríti- mas para a geração de energia elétrica a partir de fontes eóli- ca e solar. As plataformas podem ser instaladas no mar territo- rial (até 22 quilômetros da costa) e na zona econômica exclu- siva (até 370 quilômetros). A matéria segue para a Câmara dos Deputados. Outra mudança diz respeito aos repasses feitos pelas empre- sas que utilizam áreas da União para explorar o serviço. O tex- to original liberava 45% dos recursos tanto para estados quan- to para municípios confrontantes. A União ficava com os 10% restantes. No atual projeto, foram mantidos os repasses de 45% para estados e municípios. Mas não apenas os confrontantes. C onteúdo S ustentável Ceres Battistelli | [email protected]

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