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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2013
J
ORNAL DO
E
STADO
ALMIR SATER MOSTRA SUA
música de raiz para Curitiba
O cantor e compositor
sulmatogrossense volta
à Curitiba para sua
tradicional apresentação,
que acontece amanhã,
no Teatro Guaíra
O cantor e compositor sulmato-
grossense Almir Sater faz show ama-
nhã, no Teatro Guaíra, em Curitiba.
Figura ímpar no cenário musical bra-
sileiro, um dos principais expoentes
da chamada música de “raiz”, Almir
estará cantando seus principais suces-
sos como
Tocando em Frente
,
Cha-
lana
,
Trem do Pantanal
, etc.
Almir Sater nasceu em Campo
Grande, Mato Grosso do Sul, em 14
de novembro de 1956. Seu contato
com a cidade grande veio muitos anos
depois, quando, já
adulto, foi para o
Rio de Janeiro estu-
dar direito na Facul-
dade Cândido Men-
des e em menos de
três anos, Almir des-
cobriu que, definiti-
vamente, não seria
advogado.
Um dia, por
acaso, passando pelo
Largo do Machado,
reduto nordestino do
Rio de Janeiro, Al-
mir, ao ouvir as du-
plas regionalistas
que se apresentavam,
percebeu o que realmente importava
na sua vida; não teve outra atitude, a
não ser voltar para Campo Grande.
O contato com a gente da terra
favoreceu a pesquisa de novos ritmos,
novos sons da viola. Almir tornou-se
um dos responsáveis pelo resgate da
viola de 10 cordas, mais conhecida
como viola caipira, base de criação
da música caipira. Suas composições
refletem o popular e o erudito de
maneira impar, como jamais se ouviu
na MPB.
Sua produção é intensa e apaixo-
nada. A música flui de dentro do co-
ração, do interior da alma. Mesmo
tendo chegado a excelência técnica,
Almir é um músico que jamais dei-
xou a emoção de lado. Por isso, o
público, ao sair do show, tem a im-
pressão de ter estado na sala de visitas
do cantor, completamente a vontade.
Almir Sater não despreza a técni-
Curitiba e Berlim em um só lugar
Duas origens destintas em uma só
exposição. Inaugura hoje, na SIM
Galeria a mostra de Katinka Pilscheur
e Tony Caramago, batizada de 25º
25’S 49º 15’ W / 52º 30’ N 5º 56’ W,
que nada mais é do que as coordena-
das geográficas das cidades de Curiti-
ba e Berlim.
A curadoria é da própria galeria e
o texto crítico é do curador e crítico
de arte Agnaldo Farias. Em seu cur-
rículo, Farias coleciona atuações em
importantes instituições culturais bra-
sileiras, como a 29ª Bienal de São
Paulo, o Museu de Arte Moderna do
Rio de Janeiro (MAM/RJ), o Museu
de Arte Contemporânea da Universi-
dade de São Paulo (MAC/USP), o
Museu Oscar Niemeyer (MON), de
Curitiba, entre outros.
Em 25º 25’S 49º 15’ W / 52º 30’
N 5º 56’ W, Katinka Pilscheur apre-
senta pintura, escultura e instalação;
Tony Camargo, pintura, fotografia,
cinema e performance. “Os dados que
compõem as poéticas dos dois artistas
reforçam a ideia, cara a esse encon-
tro, da importância de se trabalhar sob
o signo da ruptura”, completa Farias.
As obras de Katinka Pilscheur
foram todas produzidas em Curitiba,
onde a artista morou durante ummês,
especialmente para a exposição na
SIM. De acordo com Agnaldo Fari-
as, a artista constitui um espaço ultra-
complexo. Pilscheur trabalha com
uma grande variedade de materiais
para criar suas instalações, que são
muitas vezes grandes objetos tridimen-
sionais. Para a exposição em Curiti-
ba, ela criou um conjunto de densida-
de variável de barras verticais finas e
roliças, prateadas, apoiadas no chão e
no teto. Agrupamentos que chegam a
entrincheirar os visitantes. Suas escul-
turas também integram o espaço da
EXPOSIÇÃO
exposição e, dependendo da posição
e iluminação, as superfícies monocro-
máticas das pinturas da artista estão
em constante mudança. Segundo um
dos diretores da SIM, Guilherme Si-
mões de Assis, é por isso que a rela-
ção entre a obra e o espaço de exposi-
ção é tão importante quanto o ato de
escolher os objetos.
Tony Camargo enche a mostra
com as cores e ações de seus novos
trabalhos, que pertencemàs séries Pla-
nopinturas, Fotomódulos e Videomó-
dulos. As três são bemdistintas na téc-
nica, mas, fundamentalmente, se re-
lacionam por meio de uma mesma
pesquisa pictórica. O artista estabele-
ce uma íntima relação entre as cama-
das de pintura e as cenas mais banais
fotografadas. A limpeza formal e a
ausência de pincelada em suas obras
contrastam com o excesso de elemen-
tos gráficos dos desenhos e o dado
mais artesanal deles.
SERVIÇO
Mostra 25º 25’S 49º 15’ W / 52º 30’ N
5º 56’ W
Texto crítico: Agnaldo Farias
Artistas: Katinka Pilscheur e Tony
Camargo
Local: SIMGaleria, Al. Presidente
Taunay 130 A, Batel – Curitiba (PR)
Data: 18 de abril a 25 de maio
De terça a sexta das 10h às 19h. Aos
sábados, das 10h às 18h.
Valquir Aureliano
As obras de Katinka Pilscheur foram todas produzidas emCuritiba
Almir Sater é um dos responsáveis pelo resgate da viola de 10 cordas, mais conhecida como viola caipira
ca que se obtém com a eletrônica
moderna e os efeitos dos sons de la-
boratório. Mas quando sobe ao palco,
não existem montagens. Almir pega
na viola e o som flui suave e natural-
mente.
Em 1988, a crítica, na sua unani-
midade, escolheu Almir para partici-
par do Free Jazz Festival, juntamente
com nomes sagrados da música mun-
dial. O sucesso foi tamanho que Al-
mir abriu o evento, no Rio de Janei-
ro, no ano seguinte. Daí para Nashi-
ville-EUA, a meca
da música country
mundial, foi um pas-
so. A liberdade de
ação junto aos músi-
cos americanos foi
rapidamente absorvi-
da, o que resultou no
LP Rasta Bonito,
onde percebe-se cla-
ramente a mistura de
sons, semperder a in-
tegridade do instru-
mentista.
Almir ganhou
dois prêmios Sharp,
comas cançõesMou-
ra e Tocando em
Frente, gravada por Maria Bethania.
Em 1990, seu desempenho na
novela Pantanal, da Rede Manchete,
fez aumentar a publicidade em torno
do já reconhecido músico Almir Sa-
ter. O grande sucesso o fez voltar à
telinha em 1991, como protagonista
da novela Ana Raio e Zé Trovão.
Em 1996, estrelou ao lado de
Antonio Fagundes, a novela ORei do
Gado, convidado pelo próprio autor
Benedito Rui Barbosa, exibida pela
Rede Globo, fazendo o papel de Piri-
lampo.
SERVIÇO
Show Almir Satter
Data:
19/04 (sexta-feira)
Horário:
21 horas
Local:
Teatro Guaíra
Endereço:
Praça Santos Andrade
Ingresos:
de R$ 120 a R$ 180
Informações:
41 3304-7982
O contato com a
gente da terra
favoreceu a
pesquisa de novos
ritmos, novos sons
da viola. Almir
Sater tornou-se um
dos responsáveis
pelo resgate da
viola de 10 cordas,
mais conhecida
como viola caipira
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