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CURITIBA, SEXTA-FEIRA, 7 DE JUNHODE 2013
Saúde confirma primeira morte
POR GRIPE H1N1 EM CURITIBA
Vítima foi uma criança de seis meses que faleceu no dia 31 de maio. Casos mais agudos começam a aumentar na Capital
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J
ORNAL DO
E
STADO
A Secretaria Municipal
da Saúde confirmou no final
da tarde de ontem, a ocorrên-
cia de uma morte por gripe
A (H1N1) em Curitiba. De
acordo com a secretaria, o
óbito, de uma criança de 6
meses, ocorreu no dia 31 de
maio. Verificou-se que me-
didas adequadas foram toma-
das em ambiente hospitalar,
porém infelizmente a crian-
ça não resistiu.
O diretor do Centro de
Epidemiologia, Moacir Pires
Ramos, informa que desde o
início do ano foram registra-
dos em Curitiba 266 casos de
síndrome res-
piratória aguda
grave por di-
versos agentes
i n f e c c i o s o s ,
frequência que
está dentro do
padrão epide-
miológico es-
perado para o
per íodo do
ano. Destes ,
quatro casos foram de influ-
enza (gripe), sendo dois pelo
vírus H1N1.
“Estamos numa época do
ano em que ocorre aumento da
ocorrência de doenças respira-
tórias”, afirma Moacir Pires
Ramos. De acordo com ele,
nos dois primeiros meses do
ano, 8% dos atendimentos na
rede pública municipal de saú-
de estão relacionados a esse
tipo de doença. O percentual
vai subindo gradativamente,
conforme o frio se aproxima,
e atualmente é de 21%. “São
percentuais esperados para
uma cidade como Curitiba e
que estão dentro da média his-
tórica”, afirma o diretor.
A orientação é para que
qualquer pessoa que apresen-
te sintomas de gripe procure
Amanhã é o Dia D de va-
cinação contra a poliomielite
em todo o País. Nos 115 mil
postos de saúde, além de pon-
tos itinerantes,são aguardadas
12,2 milhões de crianças para
vacinação, o que corresponde
a 95% da população alvo, que
é de 12,9 milhões de crianças
entre seis meses e cinco anos
de idade em todo o País. Para
chamar a atenção da campanha,
neste ano o Ministério da Saú-
de resgata o personagem Zé
Gotinha na campanha na TV.
Como desde o ano passado
a campanha tem apenas uma
dose da vacina oral — antes
eram duas doses no ano — o
Ministério quer reforçar a im-
portância de se levar as crian-
ças menores de cinco anos para
serem imunizadas. O período
de vacinação vai de sábado até
o dia 21 de junho.
“O filme é mais moderno e
jovial em relação às recentes
campanhas de vacinação infan-
til. Resgatamos o Zé Gotinha,
personagemmarcante criado em
1986 mas que, pela primeira
vez, interage com as crianças
cantando e dançando de forma
bastante ágil edescontraída, cha-
mando atenção tanto das crian-
ças como dos adultos”, revela o
publicitário Agnelo Pacheco,
responsável pela peça.
Curitiba
—Ameta emCu-
ritiba é vacinar até 21 de junho,
quandoterminaacampanha, pelo
menos98mil crianças comidade
entre seismeses e 5 anos, núme-
roquecorrespondea95%dascri-
ançasdessa faixaetária.Nosába-
do, DiaDdemobilização, as go-
tinhas da vacina estarão disponí-
veis das 8 às 17 horas em 108
unidades de saúde, em escolas,
igrejas eoutros espaços comerci-
aiseaindaemduasbarracasmon-
tadas naBocaMaldita enaPraça
Tiradentes, no Centro de Curiti-
ba.Curitiba temhoje103.309cri-
ançasnessa faixaetária.NoPara-
ná apopulaçãoalvoéde cercade
750mil crianças.
Zé Gotinha
volta a estrelar
campanha
de vacinação
rapidamente um serviço de
saúde. Os sinais de alerta são
febre acima de 38 graus, de
início agudo (que já começa
alta), tosse ou dor de gargan-
ta. Dor muscular e articular,
diarreia e coriza podem apa-
recer associadas a esse quadro.
Crianças muito pequenas po-
dem eventualmente apresen-
tar dificuldade respiratória e
menos febre. Em idosos – que
também podem apresentar
pouca febre –, outro sinal
pode ser confusão mental.
Para os médicos, a orien-
tação é para que prescrevam
o remédio Oseltamivir — co-
m e r c i a l -
mente co-
n h e c i d o
como Tami-
flu — para o
t ratamento
de todos os
quadros gri-
pais.
“Desde
2009, quan-
do ocorreu a
epidemia de gripe no Brasil,
Curitiba adotou a prescrição
do Oseltamivir como medida
terapêutica precoce. Essa ini-
ciativa faz toda a diferença
porque percebemos que a mai-
oria dos óbitos por problemas
respiratórios decorre de gri-
pes não tratadas ou tratadas
tardiamente”, diz Moacir Pi-
res Ramos.
De acordo com ele, o me-
dicamento está disponível em
todas as unidades básicas de
saúde e nas unidades de pron-
to atendimento de Curitiba e é
distribuído gratuitamente à
população. Para retirar o me-
dicamento gratuitamente, é
necessário apenas uma receita
médica simples (receita bran-
ca) – mesmo quando prescrito
por médico particular.
INFLUENZA
Estoque de tamiflu foram enviados para todas as regionais do Estado no mês passado
VeniltonKuchler/Sesa
ROTAS DO PINHÃO
Mercado Municipal abre festival
O 1º Festival de Lazer e
Gastronomia Rotas do Pinhão
será lançado neste final de se-
mana, no Mercado Municipal
de Curitiba, com degustação
gratuita de pratos e aulas-show
com os chefs de cozinha Lean-
dro Coutinho e Pierre Moriso-
ta. O evento envolve 15 empre-
endimentos das áreas de lazer
e turismo da Região Metropo-
litana de Curitiba (RMC) que
fazem parte de uma rede para
fortalecer o turismo local.
“É uma ação que oferece
produtos e serviços caracterís-
ticos da região com a identida-
de cultural de cada município.
Também é uma iniciativa que
promove a agregação de valor
aos produtos e serviços, estimu-
la a fixação da população na
área rural e ainda promove a
geração de renda”, afirma o
diretor de feiras e mercados da
Secretaria Municipal deAbas-
tecimento, NivaldoVasconce-
llos.
O pinhão, semente da
Araucária – árvore símbolo do
Estado –, será utilizado como
principal ingrediente em uma
série de pratos que foram for-
mulados especialmente para o
festival. Quem passar pelo
MercadoMunicipal no final de
semana vai poder provar as re-
ceitas gratuitamente, amanhã
entre 10 e 15 horas, e domingo
das 9 às 13 horas. O visitante
também poderá acompanhar a
preparação dos pratos em au-
las-show, que serãoministradas
de meia em meia hora.
O “HomemPinhão” será o
‘promotor’ do Festival, que ter-
mina apenas em agosto.Até lá,
os locais participantes — res-
taurantes, pousadas e spa—, te-
rão em seu cardápio comidas
preparadas com o ingrediente
típico da região. As receitas
também ficarão disponíveis
a´te o final de agosto.
Nos dois meses do
ano, 8% dos
atendimentos na
rede pública era
por síndromes
respiratórias.
Agora é 21%
Estado garante estoque de tamiflu
O Governo do Paraná já
distribuiu para a rede pública
de saúde do Estado medica-
mento contra a gripe (antivi-
ral Oseltamivir) suficientes
para tratar 40 mil pessoas até
o final de maio. Além disso, o
Centro de Medicamentos do
Paraná (Cemepar) mantém es-
toque suficiente para atender
mais 172 mil pacientes.
A diretora de Assistência
Farmacêutica da Secretaria
Estadual da Saúde, Deise Re-
gina Pontarolli, explica que
a quantidade de medicamen-
tos existente no Estado é su-
ficiente para suprir a deman-
da de hospitais, prontos-so-
corros e unidades de saúde de
referência para o tratamento
em todos os municípios do
Paraná. “Estamos preparados
para o enfrentamento da gri-
pe”, destaca.
Para receber o antiviral
gratuitamente pelo SUS, bas-
ta o paciente apresentar pres-
crição médica válida em uma
das unidades de referência. A
recomendação também vale
para os pacientes que busca-
ram tratamento na rede parti-
cular de saúde. “Todos os mé-
dicos estão orientados a pres-
crever o medicamento para
todos os casos suspeitos de gri-
pe, mesmo sem confirmação
laboratorial ou agravamento
do quadro clínico”, afirma o
superintendente de Vigilância
em Saúde, Sezifredo Paz.
O protocolo de atendimen-
to recomendado pela Secreta-
ria da Saúde do Paraná é mais
abrangente do que o indicado
pelo Ministério da Saúde. De
acordo com o documento do
Ministério, o medicamento
deve ser prescrito apenas para
pacientes com suspeita de gri-
pe e que fazem parte dos gru-
pos de risco, ou quando o caso
já é grave.
De acordo com Sezifredo,
a mudança no protocolo possi-
bilita que o tratamento seja ini-
ciado já nas primeiras 48 horas
após o início dos sintomas, pe-
ríodo em que o medicamento é
mais eficaz. “Por isso, todos
devem estar atentos aos sinto-
mas. Apessoa deve buscar aten-
dimentomédico assimque per-
ceba os primeiros sinais da do-
ença”, explicou.
POLIOMIELITE