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BEM
PARANÁ
19
CURITIBA,QUARTA-FEIRA, 12 DE MARÇO DE 2014
Paula Fernandes
&
arte
Cinemateca
Anzolini abre
temporada da OSP
MAIS
Outras informações
www.bemparana.com.br
Músico respeitado
Banda cristã
de metal
se apresenta
em Curitiba
Ricky Martin veio ao País
para gravar o clipe da canção
que venceu um projeto aber-
to a 29 países, em parceria
com a Fifa, chamado Super-
Song. Desde que a Sony Mu-
sic o anunciou, em dezembro
do ano passado, 1.600 aspi-
rantes a músicos enviaram
canções que tinham a Copa
como tema. Depois de uma
peneira com três fases, o pró-
prio Ricky ajudou a escolher
o norte-americano da Flórida,
Elijah King, como vencedor
com Vida. A produção em es-
túdio será de Salaam Remi. A
previsão é de que os dois, Ri-
cky e Elijah, gravem o vídeo
hoje no Rio. A direção será de
Kátia Lund.
Setenta milhões de discos
vendidos e uma missão, se-
gundo ele mesmo. “A música
é só um veículo”, diz Ricky
Martin sorridente em uma
sala no primeiro andar do
Hotel Fasano, no Rio. O por-
to-riquenho recebeu na se-
gunda-feira o jornal
O Estado
de S.Paulo
para uma conversa
sem assuntos proibidos.
Quando uma assessora ten-
tou barrar o tema de sua ho-
mossexualidade, assumida
em 2010, o próprio artista pe-
diu: "Não, por favor, ele está
perguntando uma coisa im-
po r t an t e " .
A "missão" oficial de Ricky
é divulgar e gravar um clipe
para a música
Vida
, que esta-
rá no disco oficial da Copa do
Mundo, com Elijah King.
Reprodução
“Viva semmedo”, dirá
Ricky Martin na Copa
Astro veio ao País para gravar o clipe da canção que venceu um projeto aberto a 29 países
O que o faz, depois de 70
milhões de discos vendidos,
estar em um projeto como
esse andando pelo mundo
com um artista desconheci-
do?
Ricky Martin —
Quando
você recebe uma ligação da
Fifa, tem que dizer sim. Eles
uniram forças com a Sony,
algo bom tinha que sair.
O fato de você estar em
um projeto sobre a Copa sem
ser brasileiro emumpaís com
tanta riqueza cultural trouxe
um incômodo sobretudo em
parte da classe musical. Mui-
tos prefeririam um brasileiro
neste posto.
Ricky Martin —
Não vou
levar o nome do Brasil, mas o
da música com o esporte. Só
posso gradecer que o Brasil
siga me abrindo as portas. Mi-
nha música foi influenciada
por ritmos brasileiros e só es-
tou aqui aprendendo. Conhe-
ço a riqueza cultural de vocês,
conheço Carlinhos Brown.
O futebol é um ambiente
intolerante com relação à se-
xualidade. Eles jamais assu-
mem ser homossexuais sob
pena de represálias de torci-
das e demissões dos clubes.
Acredita que poderia ser di-
ferente?
Ricky Martin —
Não é
algo cultural do Brasil. Não é
algo de famílias latinas. Acon-
tece na Alemanha, acontece
no Canadá, onde existe mui-
ta homofobia. A religião não
ajuda. É triste, mas a religião
me fez pensar que aquilo que
eu sentia
(por outros homens)
era coisa do diabo. O proble-
ma não é do esporte, é da so-
ciedade que vem martelando
esse preconceitos por séculos.
Só posso dizer que minha
vida é maravilhosa.
(A asses-
sora da gravadora interrompe, pe-
dindo que o repórter faça outra
pergunta)
Não, deixe ele per-
guntar porque isso é muito
importante.
Ok. O que você diria para
esses jogadores que não as-
sumem suas condições?
Ricky Martin —
Que a
vida é maravilhosa quando
você vive com transparência
e os medos só estão em nos-
sas cabeças. A repressão nun-
ca é justificada.
Mesmo que eles paguem
o preço sendo demitidos dos
clubes?
Ricky Martin —
Mas isso
nunca aconteceu. Esse é o
medo de que estou falando!
Acham que vai acontecer e
não fazem. Aconteceu comi-
go. Eu pensava que iria per-
der tudo, e não sabia o que ia
ser da minha carreira se me
assumisse. Depois que assu-
mi foi melhor ainda.
Você cuida de crianças ví-
timas da escravidão sexual.
Quantas crianças sua institui-
ção já conseguiu tirar da situ-
ação de exploração sexual no
mundo?
Ricky Martin —
Trabalhei
em um orfanato com 167 me-
ninas e agora estou abrindo
um centro emPorto Rico, com
mais 100 meninos e meninas
que poderiam entrar no mun-
do da escravidão sexual.
Suas fase de Menudos pa-
rece ter sido um fardo pra
você, com 12 anos de idade e
todas aquelas pressões do
show biz?
RickyMartin—
Menudos
foi um fenômeno. Começa-
mos a turnê no Brasil, em Be-
lém, para 90 mil pessoas, e
terminamos em São Paulo
para 100 mil. Aquilo marcou
uma geração.
Mas aquele momento não
traz a você as melhores lem-
branças, certo?
RickyMartin—
Ninguém
tem as melhores lembranças
da juventude. Você não sabe
quem é, suas mãos são gran-
des, as orelhas também, é
uma loucura. Mas se tivesse
que voltar, faria tudo igual.
Aos 12 anos, dei a volta ao
mundo. Com 15, estava no
palco com Michael Jackson.
Cantei com Luciano Pavarot-
ti, Sting, Bono. Estou bem,
não?
E quando essa vida fica
ruim?
RickyMartin—
Longe dos
meus filhos.
Ricky Martin: “A vida é maravilhosa quando você vive com transparência e os medos só estão em nossas cabeças”
Divulgação
Há 40 anos, Moraes Mo-
reira tomou uma decisão: sair
do sítio onde morava com
seus companheiros de Novos
Baianos no Rio. Casado e com
dois filhos, achou que era hora
de conquistar um espaço
para si e sua família, continu-
ando no grupo. Os outros
membros recusaram.
Com um pouco de medo,
tristeza e algumas músicas no
bolso, Moraes decidiu seguir
seu caminho. Os primeiros
passos dessa jornada estão
documentados no box Mora-
es Moreira Anos 70, com os
quatro álbuns iniciais de sua
carreira. Lançados original-
mente entre 1975 e 1979, evi-
denciam a formação da per-
sonalidade do cantor e com-
positor como artista solo.
"Foi umrecomeço difícil. As
pessoas com quem eu fazia
música ficarampara trás. A so-
lução era mostrar a minha
cara", lembra Moraes, que in-
corporou em seu trabalho pi-
tadas de Luiz Gonzaga e Jack-
son do Pandeiro, ídolos ouvi-
dos quando criança em Itua-
çu, no sertão baiano. A cidade
onde Gilberto Gil passou par-
te da infância e juventude, be-
bendo da mesma fonte.
Moraes decidiu fazer uma
"declaração de afirmação"
logo em seu primeiro disco
solo, que chegou às lojas em
1975. Não por coincidência, o
primeiro disco deMoraes leva
apenas seu nome. Os outros
são
Cara e Coração
(1977),
Alto
Falante
(1978) e
Lá Vem o Brasil
Descendo a Ladeira
(1979)—dos
quatro, o que obteve maior
repercussão.
Moraes Moreira relança discos dos anos 70
A renomada banda
norte-americana POD
(Payable On Death) de-
sembarca em Curitiba no
dia 12 de março (sábado),
para show exclusivo no
Curitiba Master Hall.
Alémdesse show, a produ-
tora Showmaster agendou
mais duas apresentações
com a banda no Brasil:
Porto Alegre (11/03 – Opi-
nião) e São Paulo (14/03 –
Carioca Club).
Formada em 1992, em
San Diego, a banda cristã
de metal alternativo pos-
sui uma explosiva carrei-
ra, vendendo milhões de
discos ao redor doMundo.
Hits como
Alive
,
Youth of the
Nation
,
Boom
,
Southtown
,
Total Request Live,
Rock the
Party (Off the Hook )
e
Goo-
dbye for Now
(com partici-
pação de Katy Perry) inva-
diram as rádios e creden-
ciaram o POD nos mais
importantes festivais dos
EUA como OzzFest, além
de participar da trilha so-
nora do filme
Matrix Reloa-
ded
. Neste momento,
Sonny Sandoval (vocal),
Marcos Curiel (guitarra),
Traa Daniels (baixo) e Wuv
Bernardo (bateria) estão
em plena turnê promocio-
nal do álbum
Murdered
Love
. OCD foi gravado com
o antigo produtor Howard
Benson, que também diri-
giu o álbum "Satellite" e
trabalhou em grandes
lançamentos de sucesso
de bandas como My Che-
mical Romance, 3 Doors
Down, Kelly Clarkson,
Theory of a Madman,
Daughtry e All-American
Rejects.
“Há algumas músicas
realmente pesadas neste
novo disco, mas, nova-
mente, existem alguns be-
los momentos. De certa
forma, é como o POD ter
voltado às raízes. Estamos
tocando o tipo de música
que gostamos e não nos
importamos com que tipo
de música é considerada
quente no momento. Nós
não acompanhamos o que
está no rádio. Estamos fa-
zendo esse tipo de músi-
ca porque amamos tocar
isso ao vivo. É muito sim-
ples”, declarou o front-
man, em entrevista ao No
SERVIÇO:
O que
: P.O.D (abertura
com a banda Inner
Dragon)Quando: hoje:
20h40
Onde
: Curitiba Master
Hall
Quanto
: Disk Ingressos.
Os ingressos custam a
partir de R$36,00
Ingressos de meia
-
entrada
: estudantes,
pessoas acima de 60
anos, doadores de
sangue, professores,
deficientes físicos .
POD; direto dos EUA
A temporada da Or-
questra Sinfônica do Para-
ná deste ano começa em
grande estilo trazendo ao
palco, em março, dois no-
mes internacionais da
música, ambos argentinos.
Os dois concertos serão
regidos pelo maestro con-
vidado Dante Anzolini,
um dos mais respeitados
músicos da atualidade,
com atuação em vários
países da Europa. No pri-
meiro concerto, amanhã
às 20h30, o solista será o
flautista Claudio Barile, in-
tegrante da Filarmônica
de Buenos Aires. A pri-
meira obra do programa
do dia 13, a
Abertura da ópe-
ra La Forza del Destino
, é do
compositor italiano Giuse-
ppe Verdi.
Para encerrar, será
apresentado o
Concerto
para Orquestra
de Béla Bar-
tók. A obra foi escrita em
1943 e estreou um ano de-
pois. O compositor húnga-
ro é conhecido por seus
estudos para pianos e ou-
tros instrumentos, alémda
importante pesquisa que
realizou sobre o folclore
em seu país, publicada no
livro
A Música Folclórica
Húngara
. São dele as obras
O Mandarim Maravilhoso
,
Castelo do Duque Barba Azul
,
entre outras.
Cinemateca
A Vida de Jair
na Cinemateca
Artista plástico
Reprodução
A estreia do filme do-
cumentário
A Vida de Jair
acontece hoje na Cinema-
teca de Curitiba. Com di-
reção e roteiro do cineasta
Guido Viaro, produção e
direção de fotografia de
Max Olsen, a obra é sobre
o trabalho do artista plás-
tico Jair Mendes, que
transpõe para o curta-me-
tragem a força do seu ta-
lento e personalidade, re-
velando em cores e formas
sua paixão pela arte e pela
vida, indissociáveis ao seu
processo criativo. A entra-
da é franca e a classifica-
ção é livre.
Após um ano
Paula
Fernandes
retorna a
Curitiba e traz novidades.
A mineira de Sete Lagoas
traz para a capital
paranaense sua nova turnê
“Um ser amor” Será nos 24
e 25 de abril, no Teatro
Positivo Grande Auditório
(R: Pedro Viriato Parigot de
Souza, 5.300) às 21h30.
Guto Costa/divulgação
Divulgação