Opinião 2 [email protected] Curitiba, terça-feira, 17 de abril de 2018 ## EM ALTA A Copel investiu R$ 2,5 bilhões em 2017. O principal programa da em- presa no Paraná é o Mais CLIC RU- RAL que aplica R$ 500 milhões na melhoria da rede elétrica de áreas rurais do Estado, principalmente onde se concentram as produções de frango, leite, suínos e fumo. É o maior programa de eletrificação rural do Brasil. ## EM BAIXA O índice de inadimplência apurado pela MultiCrédito, em março, apon- tou variações nas taxas de paga- mentos honrados e não efetuados. A análise do cenário é o aumen- to de 2,0% de inadimplência no CREDIÁRIO . O aumento da inadim- plência do crediário pode estar re- lacionado com a alta do desem- prego no Brasil. ## TOP FIVE As cinco mais acessadas ontem no site 1 POLÍTICA Quanto custa e quem paga as despesas dos acampados pró-Lula em Curitiba 2 POLÍTICA Acampamento pró-Lula provoca choque de realidades em Curitiba 3 ATLÉTICO PARANAENSE Atlético muda meio time, goleia a Cha- pecoense e lidera o Brasileirão 4 CRISE Após derrota na estreia da Série B, Co- ritiba demite o técnico Sandro Forner 5 PARANÁ Colisão entre duas carretas deixa ho- mem gravemente ferido na Lapa ## PLANTÃO DE POLÍCIA Colisão entre duas carretas deixa homem gravemente ferido na Lapa Uma acidente com duas carretas no início da noite de domingo (15) deixou um homem gravemente ferido, na BR-476. na Lapa, Re- gião Metropolitana de Curitiba. Equipes da Autopista e bombeiros trabalham no local para retirar o motorista que ficou preso entre as ferragens. A rodovia ficou bloqueada e a fi- la chegou a 5 quilômetros. ## COLISÃO Acidente envolve dois carros e um Ligeirinho no Capão Raso Dois carros e um ônibus Ligeirinho bateram na Avenida Winston Churchill, esquina com a Rua Vereador Adeodato Volpi, segundo in- formações da Setran. O trânsito ficou parcial- mente bloqueado no local para atendimen- to feito pelo Siate. O socorro ainda mobilizou um veículo de resgate dos bombeiros além do socorro médico. BLOG DO TUPAN Datafolha O desempenho de Joaquim Barbosa (PSB) no Datafolha chamou a atenção de expoentes da esquerda e da direita. Ele tinha alcançado até 10% das intenções de votos sem nem sequer ter se declara- do candidato ao Planalto. + em ww.bemparana.com.br/blog/tupan PEOPLE S/A Fake News Daniel Nascimento, consultor em se- gurança digital, CEO da DNPontocom, foi convidado para apresentar o proje- to Fake News Autentica para senadores e uma comissão de membros de outras entidades públicas. + em www.bemparana.com.br/blog/peoplesa COMER E CURTIR Produtos para perder peso Com diversas opções de dietas para quem deseja perder peso, manter o pon- teiro da balança no mesmo lugar ou apenas ingerir refeições saudáveis em seu dia a dia, a Vida Leve acaba de lan- çar a linha “Tudo Leve”. + em www.bemparana.com.br/blog/comerecurtir REPRESENTANTE PARANÁ/PR - RDP- Redes Diários do Paraná S/A Rua Marechal Hermes, 990, Juvevê, Curitiba, CEP 80.530-230, fone (41) 3019-3500 BRASILIA - REDEPAR/IBIS&ZMC Comunicações SCLN 311 - Bloco D - Sala 111 -ASA NORTE - BRASILIA- DF (61) 3349-5061/9986-2467- CEP 70.757-540 PORTO ALEGRE - REDEPAR/JC COMUNICAÇÕES Av.Venâncio Alves, 1191 - Cj. 82 - Bonfim - PORTO ALEGRE - RGS (51) 3332-3994/8445-8566 - CEP 90 040 - 193 SÃO PAULO / RIO DE JANEIRO / FLORIANOPOLIS - REDEPAR/Paraná Rua Marechal Hermes, 990 - CURITIBA/Pr.- CEP 80.530-230 (41)3019-3500 / 9972-3735 - [email protected] REDAÇÃO,ADMINISTRAÇÃO E COMERCIAL R. 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As causas do desenvolvimento e da pobreza no mundo é o seu foco, demonstrando que quando as instituições políticas e econô- micas são capturadas pelos privilégios, a prosperidade de poucos gera a pobreza e a injustiça social. É um caminho seguro para o fracasso. O Brasil é uma realidade em que existe na estrutura do Estado privilégios em larga escala. A legislação é permissiva e garantidora de grandes ab- surdos tributários. Uma agenda bem estruturada e realista, na qual es- sas questões devam ser debatidas, deveria ser ponto central na campa- nha presidencial. O economista PérsioArida, umdos criadores do Plano Real, pensa na mesma direção. “Não faz sentido, em país como o nosso, dar benefício fiscal aos mais ricos.” Ampla reformadoEstadodeveria ser aplataformadeumgoverno com- prometido com o futuro. A pergunta angustiante: haverá entre os presi- denciáveis alguém com coragem de estadista de colocar essas questões no debate público? Os políticos tradicionais, adeptos da alienação elei- toral da sociedade, dizem que, na conquista do voto, debater os proble- mas que serão enfrentados pelo futuro administrador não é relevante. O choque de realidade, por exemplo, do próximo presidente ao as- sumir em janeiro de 2019, começará pela dívida pública atingindo 80% do Produto Interno Bruto. Mesmo enfrentando essa questão com com- petência, ao final dos quatro anos de mandato não conseguirá zerar o rombo. Enfrentará a resistência política na agenda das reformas, des- tacadamente a previdenciária e a tributária. Sem elas os problemas da governabilidade se agravarão. A ausência de sustentabilidade fiscal no longo prazo determinará o desastre político, econômico e social. Uma administração séria e comprometida em reformar para valer a estrutu- ra do Estado enfrentará grande resistência política. A média dos políti- cos brasileiros é alienada da realidade econômica. Sem enfrentamento dessas questões, governar o país, implantando competentes ações de redução do abismo social torna-se impossível.So- mos uma realidade emque uma minoria da sociedade e o Congresso Na- cional são ativos na manutenção dos privilégios. Nomino dois exemplos e não são os únicos: em 2017 a perda da receita em função de “renún- cias fiscais” foi de R$ 280 bilhões. Assim distribuídos: 1 – Simples Na- cional, R$ 80 bilhões; 2 – Entidades sem fins lucrativos, R$ 24 bilhões; 3 – Rendimentos isentos de Impostos de Renda, R$ 23 bilhões; 4 – Zo- na Franca de Manaus, R$ 28 bilhões; 5 – Produtos da cesta básica, R$ 25 bilhões; 6 – Redução de tributos folha de salário, R$ 17 bilhões; 7 – E outras renuncias tributárias, R$ 83 bilhões. É um exemplo do porque as contas nacionais vivem no vermelho. Representa quase duas vezes o déficit das contas públicas no ano. Nosetorfinanceironãoédiferente,comodemonstrouoeconomistaPaulo Feldmann, professor da Faculdade de Economia da USP, em artigo na Folha de S.Paulo (27-2-2018): “Neste 2018, estima-se, numa projeção conserva- dora de minha equipe da USP, que os cinco maiores bancos do Brasil fecha- rão o ano com um lucro líquido de mais de R$ 110 bilhões. A jornalista Mi- riam Leitão em“O Globo” (28-2-2018), demonstra: “Os cinco maiores ban- cos ganharam em tarifas de prestação de serviço R$ 23,2 bilhões em 2017. Não havendo competição no setor bancário, o consumidor é o grande pato.” Observem que, no último ano e meio, o Banco Central reduziu a taxa de juros Selic de 14,25% para 6,5% ao ano. Os clientes do sistema ban- cário não auferiram as vantagens da redução. Os juros para pessoa física são de 55,8% e no cartão de crédito rotativo é de 327,9%. No cartão de crédito parcelado é de 171,5%. Na sua origem está a concentração mo- nopolista do sistema financeiro nacional. Um sistema viciado em privi- légios e com as taxas de juros mais elevadas no mundo. Os candidatos que desejamocupar a curul presidencial, semenfrentar essas e outras distorções na administração pública repetirão a tragédia de governos anteriores na consagração dos privilégios. Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Foi Deputado Federal (1978-1991)

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