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Política 4 [email protected] ## MURO Trump cancela viagem a Davos e ataca democratas O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou pelo Twitter que decidiu cancelar a viagem prevista a Davos, na Suíça, onde participaria do Fórum Econômico Mun- dial (WEF, na sigla em inglês), que acontece de 22 a 25 de janeiro. “Por causa da intransigência democrata na segurança de fronteira e da grande importância da segu- rança para nossa Nação, estou respeitosamente cance- lando minha viagemmuito importante a Davos, na Suí- ça, para o Fórum Econômico Mundial. Meus mais since- ros cumprimentos e desculpas ao@WEF!”,disseTrump. Aquestãoda fronteira comoMéxico,que envolve a cons- trução de um muro exigida por Trump e barrada pelos democratas, tem sido o ponto de impasse para a apro- vação do orçamento público americano Devido à falta de recursos, parte das atividades do governo federal es- tão suspensas desde 21 de dezembro. Trump também disso ontem que sem um acordo para o financiamen- to da construção do muro, poderia declarar emergên- cia nacional. “Provavelmente farei isso, talvez definiti- vamente”, afirmou, quando questionado sobre a possi- bilidade de usar o recurso para erguer a barreira física. O Ministério Público do Rio confirmou que o sena- dor eleito e deputado es- tadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) pediu, ontem có- pia integral da investigação sobre asmovimentações fi- nanceiras atípicas detecta- das pelo Conselho de Con- trole de Atividades Finan- ceiras (Coaf) na conta do ex-assessor Fabrício Quei- roz. De acordo com a Pro- curadoria, o deputado es- tadual, valendo-se de sua prerrogativa parlamentar, “esclareceu ao MP que in- formará local e data para prestar os devidos esclare- cimentos que porventura forem necessários”. O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) faltou ao depoimen- to que estavamarcado para ontemnoMinistério Públi- co. Em nota publicada em seu perfil no Facebook, Flá- vio justificou sua ausência: disse que não é investiga- do e ainda não tivera aces- so ao procedimento aberto pelo MP. O parlamentar ar- gumentou ainda que só foi notificado sobre o convite do MP para depor na tarde do último dia 7. O MP ha- via divulgado em 21 de de- zembro nota sobre a cha- mada para depoimento de ontem. “Reafirmo que não posso ser responsabilizado por atos de terceiros, co- mo parte da grande mídia tenta, a todo custo, indu- zir a opinião pública”, de- clarou o deputado, emnota divulgada por sua assesso- ria. “No intuito de melhor ajudar a esclarecer os fa- tos, pedi agora uma cópia do mesmo para que eu to- me ciência de seu inteiro teor”, justificou o senador eleito na nota. Assim como nas outras notas divulgadas anterior- mente por sua assessoria de imprensa, Flávio reafir- mou que pretende prestar esclarecimentos sobre o ca- so, mas em uma nova data. “Ato contínuo, comprome- to-me a agendar dia e ho- rário para apresentar os es- clarecimentos, devidamen- te fundamentados, ao MP/ RJ para que não restem dú- vidas sobre minha conduta. Depósitos - Também fal- taram a depoimentos no MP para falar sobre o caso o ex- -assessor Queiroz, a mulher dele, Marcia Aguiar, e as fi- lhas e Nathalia e Evelyn Me- lo de Queiroz. Eles alegaram problemasde saúdedeQuei- roz, que se trata de um cân- cer, para não ir à audiência. As movimentações atí- picas detectadas pelo Coaf na conta de Queiroz inclu- íram depósitos de assesso- res de Flávio naAssembleia Legislativa do Rio (Alerj).A maioria deles ocorreu em datas próximas aos dias de pagamento no Legislativo fluminense. Segundo o relatório, Fa- brício Queiroz movimen- tou R$ 1,2 milhão entre ja- neiro de 2016 e janeiro de 2017.De acordo comoCoaf, as transações são “incom- patíveis com o patrimô- nio, a atividade econômica ou ocupação profissional” do ex-assessor. Em 2016, Queiroz fez 176 saques em espécie. O policial chegou a realizar cinco saques no mesmo dia, somando mais deR$ 18mil.No total,as re- tiradas chegaram a mais de R$ 300 mil. ## COAF Flávio Bolsonaro não depõe sobre caso de ex-motorista Deputado alega que não é investigado e que não teve acesso a procedimento Tânia Rêgo/Agência Brasil Flávio Bolsonaro prometeu agendar outro dia ## VENEZUELA Posse O presidente da Vene- zuela, Nicolás Maduro, prestou juramento para seu segundo mandato à frente do país ontem em uma sessão no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Diante de 30 juízes e um pequeno grupo de líde- res regionais composto pelos presidentes de Bo- lívia, Cuba, El Salvador e Nicarágua, Maduro jurou a Constituição emumsa- lão nobre do Tribunal. É a primeira vez que um pre- sidente toma posse dian- te do Judiciário e não do Parlamento, que teve competências cassadas logo após a oposição to- mar a maioria da Assem- bleia Nacional. ## TERRAS Justiça O governo federal dos EUA começou a levantar as cartas topográficas dos terrenos na frontei- ra do Texas com o Méxi- co e anunciou planos pa- ra começar a construção do muro prometido por Trump já em fevereiro. Os proprietários de algu- mas dessas terras prome- tem rechaçar as ofertas de compra e se preparam para disputas na Justiça. “Poderiamme dar um bi- lhão de dólares e eu não aceitaria”, diz Eloisa Ca- vazos, que tem um pro- priedade às margens do Rio Bravo, que no lado dos EUA é chamado Rio Grande, e separa os dois países. ## EUROPA Impasse A Europa alertou que a decisãodeNicolásMadu- ro de seguir adiante com sua posse afasta a pos- sibilidade de um acordo negociado. Mas Bruxelas rejeita qualquer tipo de intervenção e insiste que apenas um entendimen- to entre as partes. A che- fe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, dis- se que o bloco “lamenta profundamente que seu pedidopornovaseleições presidenciais de acordo com padrões democráti- cos reconhecidos inter- nacionalmente foi igno- rado e que Maduro está iniciando um novo man- dato com base em elei- ções não-democráticas”. ## CHINA Impostos A China prometeu re- duzir impostos e outras taxas que incidem sobre a indústria manufaturei- ra, em sua última tenta- tiva de reduzir a carga fi- nanceira de empresas locais em dificuldades e impulsionar a economia. O governo chinês irá en- corajar governos locais a reduzir os custos de em- presas, de acordo com o ministro da Indústria e Tecnologia da Informa- ção, Miao Wei. Ele reite- rouocompromissode se- guir diante com reformas voltadas para os merca- dos. Na quarta-feira, o gabinete anunciou me- didas similares para pe- quenas empresas. M undo ## QUALIFICADO Mourão volta a defender cargo para filho O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que, se pu- desse, levaria o filho An- tônio Hamilton Rossell Mourão para trabalhar ao seu lado no Palácio do Planalto. A promoção do filho do general para as- sessor especial da presi- dência do Banco do Bra- sil, com um salário de R$ 36,3 mil - o triplo do atu- al -, causou polêmica no governo. “Eu não tive nada a ver com isso, o presidente do banco (Rubem Nova- es) o convidou para ser assessor. Aí, é óbvio que lá dentro o sindicalismo bancário se revolta. São coisas da vida”, afirmou Mourão, ao lembrar que Rossell Mourão comple- tará 19 anos no banco. Questionado sobre al- gum tipo de constrangi- mento, o general respon- deu: “Paramim, não.Não é por ser meu filho, mas ele é um profissional ex- tremamente qualifica- do. Se eu pudesse, o teria aqui na minha equipe”. Mourão admitiu pro- blemas na comunicação do governo, mas disse que as divergências es- tão superadas. Curitiba, sexta-feira, 11 de janeiro de 2019 ## HISTÓRIA Bolsonaro propõe revisão sobre ditadura Após o Ministério da Educação anular um po- lêmico edital de livros didáticos, o presiden- te, Jair Bolsonaro (PSL), e seu filho deputado fe- deral, Eduardo (PSL-SP), fizeram publicações nas redes sociais em que atacam supostas doutri- nações de esquerda na educação e em materiais escolares. O presidente compar- tilhou mensagem de um usuário citando que há “picuinhas com as deci- sões” do presidente so- bre educação enquanto publica imagens de ma- teriais que tratariam o socialismo de forma po- sitiva. Já o filho propõe revisionismo histórico sobre ditadura e chama ex-combatentes de es- querda de assassinos. Bolsonaro já defendeu a tortura e disse que o re- gime militar entre 1964- 1985 no Brasil não foi uma ditadura, o que con- traria os fatos históricos. Opresidente apoia omo- vimento Escola sem Par- tido que tem entre su- as premissas mostrar os supostos dois lados dos conteúdos ensinados na escola.

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