Política 4 [email protected] ## ATENTADO Explosão na Colômbia deixa mortos e feridos Um carro explodiu dentro da academia de polícia Es- colaGeneral Santander,emBogotá,naColômbia,nama- nhã de ontem, deixando pelomenos nove mortos e mais de vinte feridos, segundo informações dos jornais co- lombianos El Tiempo e El Espectador. As autoridades suspeitam que tenha sido um atentado terrorista com carro-bomba. O veículo que explodiu estava dentro da escola, que forma os oficiais da Polícia Nacional da Co- lômbia, por volta das 9h48 do horário local. Imagens mostraram o carro em chamas. Ambulâncias e helicóp- teros estãono local.Testemunhas disseramque ouviram uma explosão que destruiu as janelas de prédios próxi- mos da escola. O presidente Ivan Duque classificou o episódio como “um ataque miserável” e falou que a Co- lômbia não irá se curvar à violência. “Todos os colom- bianos rejeitamos o terrorismo e estamos unidos para combatê-lo”, publicou em rede social. Autoridades não sabem quem foi o autor do ataque. Recentemente, re- beldes da guerrilha de extrema esquerda do Exército de Libertação Nacional (ELN) têm aumentado os ataques em alvos de polícia. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na tarde de ontem divulgar a íntegra da decisão que suspendeu a investigação sobre mo- vimentações financeiras atípicas de Fabrício Quei- roz, ex-assessor do sena- dor eleito Flávio Bolsonaro (PSL), e de outros assesso- res da Assembleia Legisla- tiva do Rio (Alerj). Fux de- cidiu que caberá ao relator do caso, ministro Marco Aurélio, analisar o pedido de Flávio Bolsonaro para que as provas coletadas na investigação sejam decla- radas ilegais. A decisão foi tomada por Fux,vice-presidente do Su- premo, na quarta-feira, 16, horas depois de o pedido ser protocolado na Corte. Fux está exercendo interi- namente a presidência da Corte por conta das férias do ministro Dias Toffoli e será responsável pelo plan- tão do Supremo durante o período de recesso. Um ministro do STF ou- vido reservadamente con- siderouumerroestratégico opedidodeFlávioBolsona- ro. Para esse integrante da Corte, que pediu para não ser identificado, Flávio vai forçar a Procuradoria-Ge- ral da República (PGR) a in- vestigar o senador eleito e eventualmente até mesmo o presidente Jair Bolsonaro ao levar o caso para o STF Foro - O entendimento do STF sobre o alcance do foro privilegiado pesou na decisão de Fux de suspen- der a apuração sobre Quei- roz. “O reclamante (Flávio Bolsonaro) foi diploma- do no cargo do senador da República, o qual lhe con- fere prerrogativa de foro perante o Supremo Tribu- nal Federal. À luz do pre- cedente firmado, compete ao Supremo Tribunal Fe- deral o processo e julga- mento dos parlamentares por atos praticados duran- te o exercício domandato e a ele relacionados”, obser- vou Fux. A informação de que o ministro havia suspendido o procedimento investiga- tório criminal foi divulga- da pelo Ministério Público do Rio de Janeiro ontem. O relatório do Coaf, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em dezembro do ano passado, foi enviado aoMi- nistério Público Federal do Rio no âmbito da Operação Furna da Onça, que em no- vembro prendeu dez depu- tados estaduais suspeitos de receberem propina. Ao todo, 75 servidores são ci- tados no documento, mas nem todos seguem o mes- mo padrão de movimenta- ção financeira. Queiroz e Flávio Bolsonaro não fo- ram alvo da operação. Sigilo - Fux apontou ain- da que foram solicitados ao Coaf informações sobre da- dos bancários de natureza sigilosa de Flávio Bolso- naro, “abrangendo perío- do posterior à confirmação de sua eleição para o cargo de senador da República”. “Simultaneamente, o prin- cípio da Kompetenz-Kom- petenz (sobre um tribunal decidir quanto à extensão da sua própria competên- cia) incumbe ao Supremo Tribunal Federal a decisão, caso a caso, acerca da inci- dência ou não da sua com- petência originária”, pon- derou o ministro. ## COAF STF suspende investigação sobre caso Fabrício Queiroz Ministro atendeu pedido de senador eleito Flávio Bolsonaro, filho do presidente ## ALEMANHA Banimento A Alemanha está con- siderando a possibilida- de de banir o uso de equi- pamentos da gigante chinesa de telecomuni- cações Huawei Techno- logies em futuras redes móveis 5G a serem cons- truídas no país, segundo umfuncionáriodo gover- no, em meio a preocupa- ções dos Estados Unidos com questões de segu- rança. O governo alemão estuda endurecer as exi- gências de segurança pa- ra a construção de redes 5G de forma que torne impossível que operado- ras locais utilizem equi- pamentos da Huawei, disse a fonte ao The Wall Street Journal. ## TRUMP Muro O presidente dos Es- tados Unidos, Donald Trump, voltou a se uti- lizar de suas aparições públicas para defender a construção de um mu- ro na fronteira comoMé- xico. De acordo com ele, seu governo conseguirá, de alguma forma, o fi- nanciamento para a obra que, de acordo comele, já deveria ter sido feita por governos anteriores. “É só uma questão de tem- po para que consigamos construir muro em to- da a fronteira”, afirmou. Trump fez novas críticas à presidente da Câma- ra dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi (Califórnia). ## SÍRIA Dúvidas Um ataque suicida ocorrido na quarta-feira, no norte da Síria, reivin- dicado pelo Estado Islâ- mico, matou 15 pessoas, entre elas 2 soldados e 2 civis americanos, segun- do o Pentágono. A ação pôs em xeque a vitória sobre o grupo terroris- ta anunciada em dezem- bro pelo presidente Do- nald Trump, que deu ordens para retirar as tropas americanas do pa- ís. “Dois militares ame- ricanos, um civil do De- partamento da Defesa e um (funcionário) tercei- rizado de apoio ao de- partamento foram mor- tos. Três militares fica- ram feridos. ## EUA Antimísseis O presidente dos EUA, Donald Trump, revelará uma nova estratégia de defesa antimísseis, pen- sada para enfrentar a ameaça representada pe- los novos armamentos da China, da Rússia, do Irã e da Coreia do Norte. Os detalhes serão revelados em visita ao Pentágo- no junto com membros do alto escalão de Defe- sa dos EUA. O documen- to, compilado desde 2010 e encomendado em 2017, conclui que, para prote- ger o território america- no, é preciso investir em defesa espacial e usar es- ses sistemas para detec- tar, rastrear e eliminar ameaças de mísseis. M undo ## REAÇÃO PT, PSOL e MBL condenam decisão A decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender as investi- gações sobre movimen- tações financeiras atípi- cas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e de outros as- sessores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), foi criticada no Twitter por parlamentares mem- bros do PT, do PSOL e do Movimento Brasil Livre (MBL). O pedido foi soli- citado pela defesa de Flá- vio, filho do presidente Jair Bolsonaro “Muito grave a notícia de que o Supremo sus- pendeu a investigação sobre o caso. Os pesos e medidas são muito dife- rentes. Para Lula, basta convicção, para os Bol- sonaros nem documento público é considerado”, afirmou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Kim Kataguiri, uma dos principais líderes do MBL, escreveu que o pe- dido “cheira muito mal”. “Entrar com pedido pa- ra ser investigado em fo- ro especial é, no mínimo, suspeito”, afirmou o de- putado federal eleito. Tânia Rêgo/Agência Brasil Flávio Bolsonaro: pedido de anulação de provas Curitiba, sexta-feira, 18 de janeiro de 2019 ## ARMAS Presidente rebate críticas a decreto O presidente Jair Bol- sonaro disse ontem, em sua conta no Twitter, que “muitas falácias” estão sendo usadas “a respeito da posse de armas”. Ele assinou decreto que fle- xibiliza a posse de armas de fogo no país na terça- -feira, em cerimônia no Palácio do Planalto. “Muitas falácias sendo usadas a respeito da pos- se de armas. A pior delas conclui que a iniciativa não resolve o problema da segurança pública. Ig- norando o principal pro- pósito, que é “iniciar ” o processo de assegurar o direito inviolável à legí- tima defesa”, escreveu. De acordo com Bolso- naro, medidas para se- gurança pública ainda serão tomadas e propos- tas. “Para a infelicida- de dos que torcem con- tra, medidas eficientes para segurança pública ainda serão tomadas e propostas. Os problemas são profundos, princi- palmente pelo abandono dos governos anteriores. Mal dá pra resolver tudo em 4 anos, quem dirá em 15 dias de governo”, afir- mou o presidente na re- de social.

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