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[email protected] 5 Mundo Curitiba, segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019 Milhares de espanhóis se juntaram a uma manifes- tação de direita na capital da Espanha, Madri, ontem, para exigir que o primeiro- -ministro socialista, Pedro Sanchez, renuncie, após oferecer aos separatistas da Catalunha a chance de uma mesa redonda para negociações. A direita considera a oferta uma traição e entre- ga. Os separatistas rejeita- ram a oferta de qualquer maneira. Os protestos fo- ram convocados pelo Par- tido Popular (PP) e Ciuda- danos (Cidadãos). Como a direita,os socialistas domi- nantes também se opõem à independência catalã. Grupos de extrema-di- reita, incluindo o partido Vox, tambémestão presen- tes no protesto, realizado sob o slogan “Por uma Es- panha unida. Eleições ago- ra!”. Amaior parte dos ma- nifestantes se reuniu na Plaza de Cólon, com carta- zes e palavras de ordempe- la renúncia de Sanchez. “O tempo do governo de Sanchez acabou”, dis- se o presidente do Parti- do Popular, Pablo Casado, que pediu aos eleitores pa- ra punir os socialistas de Sanchez nas próximas elei- ções europeias, locais e re- gionais em maio. Julgamento - As ten- sões políticas ocorrem an- tes de um julgamento alta- mente sensível no Supre- mo Tribunal da Espanha, que começa amanhã con- tra 12 separatistas cata- lães que enfrentam acusa- ções, incluindo de rebelião, em uma tentativa fracas- sada de secessão em 2017. Sanchez herdou a crise ca- talã do ex-primeiro-minis- tro Mariano Rajoy, o então líder do Partido Popular, depois que Rajoy não con- seguiu parar o apoio para a secessão na Catalunha. ## CONFRONTO Espanhóis pedem nas ruas renúncia de premiê Manifestação exige saída de Pedro Sanchez após oferta de diálogo com separatistas da Catalunha antes de julgamento Andrea Comas/Associated Press/Estadão Conteúdo Espanhóis tomam as ruas de Madri em protesto ## CASA BRANCA Governo Trump não descarta nova paralisação O chefe de gabinete interino da Ca- sa Branca, Mick Mulvaney, não descar- tou a possibilidade de uma nova parali- saçãodogoverno americanonofimdesta semana caso republicanos e democratas não cheguem a um acordo orçamentário que destine verba para a construção de um muro na fronteira dos Estados Uni- dos com o México. “Não se pode absolutamente descar- tar a chance de uma nova paralisação do governo no fim desta semana. Os demo- cratas “hardcore” prevalecem nas dis- cussões e insistem em colocar na mesa do presidente um projeto que tem zero dinheiro para o muro ou apenas US$ 800 milhões, um número absurdamente bai- xo”, disse Mulvaney. O chefe de gabinete do governo Trump comentou, ainda, que o presidente não assinará “de boa fé” um projeto que não contenha verba para o muro ou que des- tine um valor muito abaixo do exigido pelo governo. Trump deseja US$ 5,7 bi- lhões para a construção da barreira fron- teiriça, mas não detém apoio no Con- gresso para aprovar verba para o muro. ## JAPÃO Governo decide reduzir uso de plástico em repartições oficiais Ogoverno japonês decidiu cortar o uso de produtos de plásticos em cafeterias e lojas em cerca de 200 órgãos e institui- ções ligadas ao governo, como universi- dades, a partir do início em abril. A deci- são tem como objetivo reduzir a quanti- dade de dejetos de plástico nos oceanos. Ela foi tomada quando as diretrizes para a assinatura de contratos entre o gover- no e operadoras de cafeterias e lojas es- tavam sendo revisadas. Serápedidoàsoperadorasdecafeterias que evitem o uso de talheres e recipien- tes descartáveis de plástico. A exceção é para serviços a portadores de deficiên- cias. Os donos de lojas de conveniência e demais varejistas serão orientados a dei- xar de fornecer sacolas plásticas, alémde canudos e colheres de plástico. O governo afirma que só irá assinar contratos com entidades capazes de atender aos novos padrões. O minis- tro do Meio Ambiente, Yoshiaki Hara- da, afirmou acreditar que a campanha incentive autoridades provinciais, mu- nicipais e diversos setores industriais a adotar a medida. ## MILITARES Coreia do Sul e EUA assinam acordo Coreia do Sul e os Estados Unidos assi- naramumnovoacordoontemque aumen- ta a contribuição de Seul para o custo da presença militar americana em seu terri- tório para US$ 924 milhões, informou o Ministério das Relações Exteriores de Seul em comunicado. A Coreia do Sul forne- ceu no ano passado cerca de US$ 830 mi- lhões, cobrindo cerca de 40% do custo da implantação de 28.500 soldados dos EUA cuja presença se entende para impedir a agressão da Coreia do Norte. O presiden- te americano Donald Trump vinha pres- sionando a Coreia do Sul para pagar mais. O comunicado disse que os dois países reafirmaram a necessidade da permanên- cia dos EUA em meio à “mudança rápida da situação na península coreana”. O mi- nistério disse que os EUA asseguraram à Coreia do Sul que é comprometida com a aliança enão templanos para ajustar onú- merode suas tropas.ACoreiadoSul come- çou a pagar pela implantação militar dos EUA no início dos anos 90, depois de re- construir sua economia da devastação da Guerra da Coreia de 1950-1953. BREXIT May negocia mais tempo com parlamentares Com a saída do Reino Unido da União Europeia (conhecida como Brexit) em 47 dias, o governo bri- tânico pediu aos legisladores para dar a primeira-ministra, Theresa May, mais tempo para retraba- lhar o plano de divórcio com o bloco. O secretário de Comunidades, James Brokenshire, disse nes- te domingo que o Parlamento deve julgar o plano do Brexit de May “até 27 de fevereiro”. A afirmati- va é uma tentativa de evitar um confronto na quinta-feira, quando o Parlamento vota os próximos movimentos do processo Brexit. Alguns legisladores querem tentar orientar o país em direção a uma saída mais suave do bloco. Os britânicos devem deixar a UE em 29 de março, mas o Parlamen- to rejeitou a proposta, levando a primeira-ministra a buscar mudanças com uma UE resistente.

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