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9 [email protected] Cidades Curitiba, terça-feira, 12 de fevereiro de 2019 Histórias mudam sua vida? Nestes dois últimos meses eu estive desenvolvendo e ministrando muitos trabalhos em diversas cidades, alguns para a área de vendas, outros para outras áreas. Estes trabalhos mesclaram temas motivacionais, vendas e bastante criatividade, item que comentei em semanas passadas. Eu estou meio assustado com algumas atitudes que pude observar na maioria dos vendedores e até nos profissionais que não são vendedores e que tive contato nestes dias. Sempre que estou fazendo, seja um treinamento ou palestra, procuro contar histórias de pessoas que alcançaram o sucesso, aplicando determinados princípios no seu dia-a-dia. Todas estas histórias são reais, nunca dei um exemplo ou contei uma história de que não tivesse certeza da sua veracidade. O que pude observar é que todos adoram as histórias e ficam totalmente ligados quando se conta uma delas, os olhos de alguns brilham, e sinto que consegui, através de um bom exemplo, passar uma mensagem de um bom aprendizado. O mais incrível vem depois, alguns não conheciam a história, mas já conheciam, muitas vezes há anos, o princípio e ensinamento que ela trás. Isto é o mais importante. Eles já ouviram histórias parecidas em outras oportunidades, contadas por outros palestrantes, durante seus cursos. Um dos participantes me disse: “a gente ouve a história, identifica o princípio que deve aplicar no trabalho, aplica-o por um determinado tempo, que para a grande maioria não passa de uma semana, e depois volta à rotina normal, engavetando aquele princípio até a próxima palestra, para aí, se alguém der o toque novamente, usá-lo por mais uma semana.” Eu sempre brinco com o pessoal, dizendo que para nós palestrantes isto é muito bom, porque nunca nos faltará trabalho. Por melhor que sejam as histórias que contamos, e comprovadamente eficaz o princípio que ela transmita, a maioria dos ouvintes não vai usá-lo por mais de uma semana. Isto vale para tudo na vida. Para se destacar da maioria, apenas precisamos fazer constantemente o que a maioria faz inconstantemente. Um grande abraço, boa semana e Deus te abençoe. #treinamentoscomjogosdenegocios&palestrasdemetasevendas Desmar Milléo Junior,Autor do Livro:“Apenas Boas Intenções Não Bastam”, Palestrante nas áreas motivacional, comportamental e vendas. Treinamentos com Jogos de Negócios & Simuladores. SITES: www.milleo.com.br   & M inuto E stímulo Desmar Milléo Júnior | [email protected] | www.milleo.com.br ## COMBINAÇÃO INUSITADA Conheça Ari, o policial que também é costureiro Filho de alfaiate e irmão de delegado, ele resolveu unir as paixões da família Rodolfo Luis Kowalski Investigador de primeira classe da Po- lícia Civil e, nas horas vagas, costurei- ro. Esse é Arielson Nery do Prado, o Ari, um jandaiense de 53 anos que há 19 atua como policial. A arte da costura, o ofí- cio de alfaiate, porém, vem desde mui- to antes (está no sangue, praticamen- te), quando Ari era apenas uma criança e vivia com a família em Jandaia do Sul, no norte do Paraná. Naquela época (meados dos anos 1970), conta o investigador, era comum os pais ajudarem os filhos em seus tra- balhos. E como o pai de Ari era alfaia- te, logo ele foi apresentado ao mundo da costura.“Comecei ajudandomeu pai, era de costume naquela época, e assim fui entrando nomeio da confecção. Com 12 anos comecei a fazer os meus pró- prios trabalhos e já tinha uma cliente- la”, recorda. Em1995,ele deixouonorte paranaen- se e se mudou para a Curitiba. Era um momento difícil para o país, de reces- são, e os municípios interioranos eram os mais castigados pela crise econômi- ca. Na Capital, reencontrou um conhe- cido de infância, Carlos Roberto Massa (mais conhecido como Ratinho), e pas- sou a confeccionar as roupas que ele uti- lizava para apresentar o programa Ca- deia, na CNT. “Ele sempre me chamava no palco e me apresentava como alfaiate dele. A partir daí veio um boom, cheguei a pro- duzir centenas de peças por mês”, con- ta Ari. Avontade de ser policial, porém, sem- pre existiu, até por inspiração no irmão, que é delegado. Em 1997, então, já satu- rado da rotina na costura,que o obrigava a ficar longe da família nos períodos de festas, resolveu mudar de área. Prestou concurso, foi aprovado e em 2000 final- mente acabou sendo chamado. De início, a vida de costureiro havia ficado no passado. “Cheguei a largar (a costura), estava sobrecarregado e não aguentava mais. Mas depois fui sentin- do falta e fui voltando gradativamente, para famílias e clientes fiéis.” Hoje, dedica boa parte do tempo livre ao ofício de alfaiate. Como o serviço po- licial exige dedicação exclusiva, ele usa o que sobra de tempo para confeccionar, geralmente acompanhado do filho, Ar- thur, de cinco anos. “Trabalho sempre uma média de 5 horas no período notur- no e 8 horas nos finais de semana (com a costura). O tempo livre é trabalhando e meu filho está sempre acompanhando.” Franklin de Freitas Ari e seu atelier: 19 anos de polícia e uma vida na costura Roupa de princesa e de herói: especialista em trajes infantis Quando voltou a atuar como costureiro, porém, Ari optou por seguir um caminho diferente da- quele que havia traçado até en- tão no mundo da costura e re- solveu entrar no mercado infan- til, produzindo fantasias e roupas infantis. Hoje, produz uma média de 40 fantasias por mês, transfor- mando o sonho de crianças em realidades. “O lado estressante dapolícia eu descarregava na costura. E aí en- trei no mercado mais infantil, de fantasias, roupas infantis. É gos- toso pegar o sonho de uma criança e transformar em realidade”, con- ta ele, explicando ainda que datas como Carnaval, Páscoa e Hallo- ween são as que costumam trazer maior demanda de serviços. Hoje, quem cuida da agenda de Ari é sua esposa, Fernanda San- ches Nery Prado. “O serviço poli- cial tem de ser dedicação exclusi- va. O que sobra de tempo que uso para confeccionar,por issonão so- brecarregamos de serviço, temos um limite para atender”, explica. Os interessados devem entrar em contato pelo telefone, através do número (41) 98842-5005. Clientes não acreditam. E os colegas policiais, também Durante a conversa com clien- tes, relata Ari, é inevitável que ele não acabe contando que tam- bém é policial. “Tenho de expli- car dos meus horários e aí aca- bo comentando que sou policial. Há até quem fique receoso: ‘se- rá que um policial vai conseguir fazer um vestido de noiva, uma roupa de princesa para minha fi- lha?’Quando veemo resultado, se surpreendem”, conta o policial e costureiro. Para além do receio inicial, há também as reações curiosas. Se- gundo Ari, quem o conhece como policial diz que ele não tem cara de costureiro. Já quem o conhe- ce como costureiro afirma que ele não tem cara de policial. O caso de Gilson Staneh e Lu- ciana Rodrigues, pais de Ema- nuelle, ilustra bem a situação. Os dois são clientes fiéis de Ari, que está fazendo pela quarta vez um trabalho especial para a família, preparando uma roupa de prince- sa para a pequena. A descoberta de que o costureiro era também policial, porém, só veio quando eles viram Ari chegando em ca- sa com uma viatura. “Nem sonhávamos que ele era policial.Mas fomos pegando ami- zade e um dia ele estava com a viatura. Foi aí que descobrimos”, conta Gilson. “A gente nem acre- ditou de início. Policial e costu- reiro... Não é algo muito comum, né?”, complementa Luciana.

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