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[email protected] Cidades 10 Curitiba, quarta-feira, 23 de outubro de 2019 ## GENTE DE BEM C onteúdo S ustentável Ceres Battistelli | [email protected] Projeto na RMCensina crianças vulneráveis a fazer arte Toto Lopes descobriu-se artista em projetos sociais e criou o “Fazendo Arte” RÁPIDA Fazendo Arte O que é: Um projeto desenvolvido no Jardim Meliane, em Campo Largo, que tem como objetivo levar e ensinar a arte para crianças e adoles- centes em situação de vulnerabilidade social. Como funciona: Com patrocínio da Cocel e duração prevista para seis meses, a iniciativa atende 80 crianças em situação de vulnerabilidade. Neste primeiro momento, os jovens estão aprendendo a fazer arte em shapes de skate, com o objetivo até de lhes mostrar a possibilidade de fazer renda por meio da arte no futuro. Página do projeto no Facebook: @fazendoarteprojeto Mais sobre o trabalho e projetos sociais do Toto Lopes: www.totoartes. com.br Rodolfo Luis Kowalski Nascido em Campo Largo, na Região Metro- politana de Curitiba (RMC), Tanielton Lopes Pe- reira é uma prova do poder transformador da ar- te. Oriundo de uma família humilde, teve seus primeiros contatos com o mundo artístico ain- da na infância, participando de projetos sociais. Ali, viu o que queria ser quando crescesse. A ar- te corria em suas veias. E hoje é a sua vida –uma vida dedicada a fazer o bem, ajudar o próximo. Uma vida para fazer arte. Aos 39 anos, Toto Lopes, como é conhecido, dedica-se há mais de 15 a desenvolver projetos sociais em que a arte sirva como instrumento de transformação social para crianças e adolescen- tes que vivem em regiões carentes da RMC. Um desses projetos é o “Fazendo Arte”, que aten- de 80 crianças na região do Jardim Meliane, em Campo Largo, numa oficina de artes plásticas patrocinada pela Companhia Campolarguense de Energia (Cocel). “O que me motiva é que eu fui menino de pro- jeto, e ali a minha vida mudou. Trabalhei já em comércio, mas sempre levei a arte em paralelo e graças a Deus consegui usar a arte como ferra- menta social e também como ganha pão”, conta o artista plástico. “Hoje sou uma pessoa muito feliz por fazer o que eu gosto de fazer e princi- palmente por ajudar as pessoas, que é o quemais me agrada. Sempre fui voluntário porque na mi- nha vida sempre fui ajudado por outras pessoas, e hoje eu tento retribuir tudo o queme foi dado.” O projeto “Fazendo Arte” é desenvolvido no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Jardim Meliane e atende crianças na faixa etária de 7 até 14 anos de idade. No pro- jeto, inicialmente previsto para durar seis me- ses, os jovens estão aprendendo a fazer arte em shapes de skate. A ideia, explica Toto, é mostrar uma possibilidade de futuro para essas crianças e adolescentes, até porque há em Campo Largo duas fábricas de shape. “Fiz o projeto já pensando na região, que é bem precária em todos os sentidos. As crianças precisam muito desse aconchego, de trazer al- go inovador, que chame a atenção delas e pos- sa ajudar até na questão do futuro. A gente vê a arte como uma ferramenta de transformação so- cial, então a ideia é trazer as crianças do bairro e mostrar para eles que omundo pode ser diferen- te, que a gente pode fazer um mundo melhor”, afirma Toto. Coordenadora do Cras Jardim Me- liane e há 15 anos funcionária da Prefeitura de Campo Largo, Fernanda Bathke, 37 anos, é tes- temunha da força transformadora da iniciativa. “Traz um impacto muito positivo no sentido de colaboração, respeito com os colegas. Aqui eles veem e vivem coisas diferentes. Estamos numa região bem violenta, que convive com o tráfico de drogas, e trazemos as oficinas para eles po- derem vivenciar outras coisas. Ajuda na escola, no comportamento deles.” Museu recebe exposição do ‘Fazendo Arte’ em novembro Entre os dias 18 e 30 de no- vembro o Museu Histórico de Campo Largo fará uma expo- sição com os trabalhos das crianças que participam do projeto “Fazendo Arte”, dan- do a oportunidade de cada um dos 80 participantes do pro- jeto apresentarem suas artes em shapes de skate. Segun- do Toto Lopes, essa prova- velmente será a primeira ex- posição desse tipo, com ar- tes em shapes de skate, a ser realizada. “Eles estão muito empolga- das, primeiro porque a maio- ria nunca viu uma exposioção e segundo porque a maioria nem sabe o que é uma expo- sição direito. Tendo essa ex- periência, para eles isso vai ser muito marcante. São essas pequenas coisas que marcam na vida deles e que transfor- mama vida da gente.Comcer- teza vão levar isso pro resto da vida, essa exposição, o senti- mento de estar sendo visto... E lá eles vão ter bastante vi- sibilidade,muita gente vai ver a exposição”, comenta Toto. Toto Lopes ‘fazendo arte’ com um de seus alunos Franklin de Freitas CONTEÚDO SUSTENTÁVEL | Nome Colunis ta colunista@bem parana.com.br Contratação de energia renovável  aumenta no último Leilão de Energia As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) representaram 15,39% dos contratos adquiridos no último Leilão de Geração de Energia (A-6), realizado no dia 18 de outubro e que movimentou ao todo R$ 44 bilhões em contratação de energia ou 250.148.822 MWh. Para o presidente da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (ABRAPCH), Paulo Arbex, o resultado do Leilão é uma vitórias para as pequenas hidrelétricas que possuem baixo impacto e contribuem para a preservação ambiental. Balanço Ao final das negociações, foram contratados 91 empreendimentos de geração, sendo 27 hídricos, 44 usinas eólicas, 11 usinas solares fotovoltaicas e 9 usinas térmicas, sendo 6 movidas a biomassa e 3 a gás natural, o que soma 1.155 MW médios de energia contratada. O número de PCHS e CGHs contratadas é 400 % maior do que o contratado no último Leilão A- 4, quando apenas 5 pequenas hidrelétricas foram contratadas. Do total, 25 foram PCHs, 6 foram de CGHs e duas Usinas Hidrelétricas (UHE), sendo uma localizada em Santa Catarina – a São Roque e outra no Paraná, a Tibagi Montante.  Os resultados completos estão disponíveis no site da CCEE (http://leilaopublico.ccee.org.br/A6/RelatorioFinal.as Jovens mexicanos criam couro de cactos  Dois jovens mexicanos, Adrián López Velarde e Marte Cázarez, da cidade de Zacatecas, capital do estado de mesmo nome, acabam de criar um tecido feito de pele de cacto orgânica, livre de ftalatos e livre de PVC. O produto é resistente e tem durabilidade mínima de 10 anos. Ainda pode ser personalizado de acordo com o gosto e as necessidades de cada cliente em espessura, cores, texturas, suportes, resistência ao rasgo e à tração, flexibilidade, entre outras exigências do mercado. “É uma família de cactos que não precisa de irrigação, possui espinhos muito pequenos e é resistente ao frio, o que nos permite garantir uma produção contínua de matéria-prima ao longo do ano”, afirma Adrián López. Rede pela Restauração da Mata Atlântica Foi realizado entre os dias 17 e 19 de outubro, em Foz do Iguaçu, a reunião da Rede Trinacional pela Restauração da Mata Atlântica – durante o III Seminário do Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná e do I Seminário do Corredor de Biodiversidade das Araucárias. O evento teve como objetivo debater  desafios, oportunidades e perspectivas da restauração ecológica da Mata Atlântica, envolvendo corredores de biodiversidade do Rio Paraná e de Araucárias, no Brasil, Argentina e Paraguai.  A seleção de áreas prioritárias para restauração e a articulação em rede são os principais aspectos do projeto, segundo o presidente do Mater Natura, Paulo Pizzi. MAIS bemparana.com.br/colunistas

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