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[email protected] 7 Cidades Curitiba, quarta-feira, 23 de outubro de 2019 ## PESQUISA CNT Rodolfo Luis Kowalski Apenas 12,6% das estradas que cortam o Paraná são consideradas ótimas - e isso que o porcentual cresceu no último ano. É o que revela um levantamento da Confe- deração Nacional do Transporte (CNT), di- vulgado ontem e que também mostra que 31,3% das rodovias são boas; 33,8% são re- gulares; 19,2% são ruins e 3,2%, péssimas. O levantamento avaliou mais de 6,3 mil quilômetros de rodovias de todo o estado e considerou condições do pavimento, da sinalização e da geometria da via, além de apontar os pontos críticos dos trechos. Ao todo, no Paraná, foram avaliadas 57 rodo- vias, entre estaduais e federais. Dos 6.331 quilômetros de estradas ava- liados pela CNT, 798 são considerados óti- mos, o que aponta para uma alta de 28,9% na comparação com o ano passado, quan- do 619 quilômetros de estrada receberam a avaliaçãomáxima.Já a quilometragemde estradas consideradas em boas condições caiu 7,6%, passando de 2.130 para 1.979. Já o porcentual de estradas classificadas como regulares, ruins ou péssimas man- teve-se praticamente estável, passando de 56,5% para 56,2%. A boa notícia é a redução de24,5%naquilometragemdostrechoscon- sideradospéssimos,quepassaramde249km para 200 km. Os trechos considerados regu- lares caíram de 2.203 para 2.140, enquanto os ruins subiram de 1.129 para 1.214. Com relação ao pavimento e sinalização da estrada, 83,9% e 85,3% dos trechos ava- liados, respectivamente, foram classifica- dos como ótimo, bom ou regular. O gran- de problema,contudo,é a geometria da via, que avalia questões como o tipo de rodo- via (pista simples ou dupla) a presença de faixa adicional de subida (terceira faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigo- sas e de acostamento. Nesse aspecto, ape- nas 4,6%das estradas receberamavaliação ‘ótima’, enquanto 34,2% foram classifica- das como ‘péssimas’. Por fim, a Pesquisa CNT de Rodovias 2019 também aponta ser necessário o in- vestimento de R$ 2,65 bilhões para a re- cuperação do pavimento das estradas pa- ranaenses. A maior fatia do montante (R$ 1,7 bilhão) diz respeito a ações emergen- ciais de recuperação em trechos que so- mamumaextensão total de1.416quilôme- trose apresentamproblemas como trincas, buracos, ondulações e afundamentos, en- quanto outros R$ 946 milhões seriam ne- cessários para a manutenção de 3.073 km de estrada considerados desgastados. No Paraná, 56,2% das estradas estão em condições regulares, ruins ou péssimas Levantamento revela ainda que seriam necessários R$ 2,6 bilhões para recuperar as estradas que cortam o estado Estado tem duas das melhores e duas das piores ligações rodoviárias de todo o País Até o ano passado, a estrada que li- ga Campo Mourão com Guarapuava, am- bos na região central do Estado e passan- do por rodovias diversas (BR-487, PR-460, PR-466/BR-466, PR-487/BR-487), apare- cia no estudo da CNT como uma das 10 piores ligações rodoviárias do país. Neste ano, conseguiu melhorar sua colocação e subiu para o 95º lugar dentre as 109 liga- ções avaliadas.O94º lugar tambémfica no Paraná.Trata-se da ligação entreBarracão e Cascavel, no oeste paranaense, num tre- cho que perpassa rodovias como a BR-163, PR-163, PR 182 e PR-582. Na outra ponta, as melhores ligações existentes no Paraná são aquelas que li- gammunicípios paranaenses comcapitais de outros estados. A melhor coloicação é para a BR-116, que liga Curitiba com São Paulo e aparece na 20ª colocação. Já a es- trada que liga Curitiba com Porto Alegre aparece na 23ª colocação. Essa via inclui quatro rodovias diferentes: BR-101, BR- 280, BR-290 e BR-376. Em 2018, Paraná registrou 22 acidentes e uma morte por dia nas estradas federais O estudo da CNT ainda trouxe dados so- bre acidentes em rodovias federais, com informações sobre 2018. E o número as- susta: apenas em 2018, foi registrada a média de 22 acidentes e uma morte por dia (1,35 óbitos diários em média, mais precisamente). Ao todo, foram registradas 7.934 aci- dentes, dos quais 6.132 foram ocorrên- cias com vítimas. O número de mortes foi de 494 no estado. Já no Brasil inteiro fo- ram registrados nomesmo período 69.206 acidentes, com um total de 5.296 mortes. A estimativa da CNT é que todas essas ocorrências no Paraná tenham gerado um custo total de R$ 1,04 bilhão no ano pas- sado, com a maior parte do bolo (R$ 650 milhões) referente aos acidentes com ví- timas. Outros R$ R$ 337 milhões dizem respeito aos acidentes fatais, enquanto os acidentes sem vítimas tiveram um custo estimado de R$ 52,4 milhões. ESTADO GERAL DAS ESTRADAS NO PARANÁ 2019 Condição da estrada (%) Ótimo 798 (12,6%) Bom 1.979 (31,3%) Regular 2.140 (33,8%) Ruim 1.214 (19,2%) Péssimo 200 (3,2%) Total 6.331 (100%) 2018 Condição da estrada (%) Ótimo 619 (9,8%) Bom 2.130 (33,7%) Regular 2.203 (34,8%) Ruim 1.129 (17,8%) Péssimo 249 (3,9%) Total 6.330 (100%) Franklin de Freitas Trecho de rodovia estadual na Grande Curitiba: buracos e risco elevado

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