[email protected] Cidades 4 Curitiba, quinta-feira, 6 de maio de 2021 Rodolfo Luis Kowalski No próximo domingo, quando se cele- bra o Dia das Mães, Curitiba estará aber- ta.De formaexcepcional,aSecretariaMu- nicipal da Saúde (SMS) autorizou que co- mércios,shoppings,restaurantes eoutros serviçoseatividades consideradasnãoes- senciais atendam o público presencial- mente no dia 9 de maio. Segundo a secretária Márcia Huçulak, é uma oportunidade para que filhos e mães celebrem a data – desde que respeitando a segurança dos protocolos sanitários, é claro. Já para o setor gastronômico, se- rá uma chance de ao menos mitigar os efeitos econômicos causados pela impo- sição de medidas mais restritivas duran- te os 23 dias de vigência da bandeira ver- melha na capital paranaense, entre mar- ço e abril,quando estabelecimentos como restaurantes e lanchonetes funcionaram em horário restrito de segunda a sábado, atendendo apenas na modalidade deli- very (medidaque foi seguidapelosdemais municípios da Região Metropolitana). Tradicionalmente, o Dia das Mães é uma das datas mais movimentadas para a gastronomia paranaense, competindo com outras celebrações como o Dia dos Namorados e o Reveillon. Neste ano, po- rém, diante da necessidade de distancia- mento social e da imposição de limite de pessoas nos estabelecimentos (uma pes- soa para cada 9m² em Curitiba e 50% da lotação máxima nos municípios metro- politanos), alguns cuidados estão sendo tomados. Um deles é pedir aos clientes que fa- çam reservas antecipadamente, até para que se evite aglomerações do lado de fo- ra dos estabelecimentos e para que os res- taurantes possam atender de forma mais organizada e segura aos clientes. Em al- guns locais,inclusive,estão sendofixados limite de lugares para reserva, numa situ- ação à qual as famílias já estão se adap- tando, conforme relata Marcelo Stebner Campos, sócio-proprietário do Terrazza 40, localizado no Bigorrilho. “Final de semana passado já teve gente comemorando o Dia das Mães adiantado, para sábado também temos mais reserva do que o tradicional. As famílias estão fa- zendo reuniões menores e, para não jun- tar muita gente, comemora um dia com a família da esposa, outro com a família do marido e já começa a celebrar a data antes”, afirma o empresário, comentan- do que a expectativa é de um bom movi- mento no domingo. “Vamos usar os dois andares [do espaço] e esperamos ter umbomnúmero de clien- tes. Vai ser muito bom para recuperar os 40 dias fechados. Para vários restaurantes vai ser uma salvaguarda, vai ajudar a co- locar uma ou outra conta atrasada em dia. No nosso caso, vai servir para recuperar um pouco do faturamento, principalmen- te pros colaboradores, que vão ter taxa de serviço. Vai ser uma data para ajudar a re- cuperar operíodo fechado”,complementa. Dia das Mães ajuda restaurantes a amenizar prejuízo com bandeira vermelha Estabelecimentos, que ficaram fechados durante a maior parte de março, foram autorizados abrir neste domingo # RETOMADA Franklin de Freitas Via de regra, movimento será bem menor que o normal No Terrazza 40, Marcelo Ste- bner Campos comenta que dois andares foram reservados para o almoço, o que deve garantir um movimento de Dia das Mães pró- ximo do que se registra em perí- odos de ‘normalidade’. Para a maioria dos restauran- tes, porém, a necessidade de dis- tanciamento social e a obrigato- riedadede se seguir os protocolos sanitários deve significar ummo- vimento consideravelmente me- nor do que o normal para a data. “Geralmente, o Dia das Mães era um Natal para a gente, uma sexta-feira extra para nós, quando o movimento explo- dia, subia 100%, era o dobro da movimentação. Agora, com essas restrições todas, vamos trabalhar com 40% a mais do movimento, e 40% a mais em relação ao movimen- to que já temos dentro da pan- demia”, diz Fabio Aguayo, presi- dente da Abrabar. NaChácaraDomHenrique,por exemplo, Edson Santana comen- ta que, fora da pandemia, uma data comoadopróximodomingo levaria de 300 a 350 pessoas para o local. “Nessa domingo espera- mos, em média, pela rotativida- de, umas 200 pessoas, no máxi- mo, por causa do distanciamen- to, todos os protocolos. Mas é uma data importante para man- ter a imagem da casa, estar pre- sente na mente das pessoas.” Na RMC, estabelecimentos com espaço aberto são o destaque Se em Curitiba os restaurantes estão auto- rizados a funcionar no domingo excepcional- mente, nos demais municípios metropolita- nos o Governo do Estado já havia permitido desde 30 de abril o funcionamento de ativida- des não essenciais no último dia do final de se- mana. E nesses locais, um dos principais des- taques têm sido estabelecimentos como chá- caras, que oferecem um bom espaço ao ar livre e opções diferenciadas de lazer, como andar a cavalo ou passear em pedalinho. “Tanto é que quem vai estar na frente de Curitiba é a RegiãoMetropolitana, comas chá- caras-restaurantes, que são locais abertos, que cativaram muitos clientes enquanto a capital não pôde ficar aberto”, diz Fabio Aguayo, pre- sidente da Abrabar, comentando ainda que em Curitiba também já está começando ummovi- mento, por parte dos empresários, de procura por espaços abertos, mais ventilados. “Quere- mos que o município incentive lugares aber- tos, como estacionamentos e jardins”. EmAraucária, umdos estabelecimentos que terá programação especial para a data será a Chácara Dom Henrique, que terá até mesmo música ao vivo.No cardápio, a costela no chão, porco pururuca e buffet campeiro completo. “Está boa a procura. Hoje (ontem), já esta- mos com um bom número de reservas e vamos fechar tudo até sexta-feira (amanhã), até para ter controle no acesso. Muitos clientes novos estão vindo, pessoas que estão buscando, re- almente, esse diferencial de ter um espaço ao ar livre, respirar um ar puro”, diz Edson Santa- na, gerente do estabelecimento cujo proprie- tário é Fernando Froguel.