[email protected] Cidades 4 Curitiba, quinta-feira, 15 de julho de 2021 ## SÃO JOSÉ DOS PINHAIS Secretaria faz investigação dos contatos da mulher de 46 anos, contaminada em junho, e que veio a óbito A Secretaria da Saúde do Paraná con- firmou, ontem, o oitavo caso da varian - te delta no Estado. Trata-se de uma mu - lher, de 46 anos, residente em São José dos Pinhais (2ª Regional de Saúde), na RegiãoMetropolitana deCuritiba.Como os sete anteriores, este caso da variante B.1.617.2 tambémfoi confirmadopor se - quenciamento genômico realizado pe - la Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Amulher apresentou sintomas de Co - vid-19 em 15 de junho, realizou RT-PCR no dia 16 de junho, foi internada, mas não resistiu e foi a óbito no dia 18 de ju - nho.Comessenovo caso,sãoquatroóbi - tos confirmados de contaminados pela variante. A Regional Metropolitana de Saúde fará uma investigação epidemio - lógica dos contatos. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, ainda não há transmissão comu - nitária porque os casos são isolados em cinco municípios diferentes. A confir - mação acontece em paralelo ao traba - lho de investigação epidemiológica da variante no Paraná, em parceria com o Ministério da Saúde. É possível que ha - ja investigação também sobre São José dos Pinhais. O primeiro caso confirmado da va - riante delta no Paraná foi em 2 de ju - nho, em Apucarana, em uma mulher de 71 anos. Ela detectou a Covid-19 na se - gunda quinzena de abril, chegou a ser in - ternada, mas teve alta no início de maio e está bem. Na sequência, outros três ca - sos envolveram pessoas do mesmo gru - po familiar ou contatos próximos. Dois morreram. No dia 8 de julho foram confirmados outros três casos. Pela ordem de confir - mação: um homem de 60 anos em Fran - cisco Beltrão, que teve alta e está bem; um homem de 28 anos em Mandaguari, que foi a óbito; e uma mulher de 59 anos de Rolândia, que está bem. Saúde confirma oitavo caso da variante delta. Desta vez, na RMC Primeiro caso identificado no Paraná foi no dia 2 de junho MÉDIAS MÓVEIS E TAXAS DE CADA ESTADO Unidades da federação com maior média móvel de novos casos por 100 mil habitantes Roraima: 43,65 Mato Grosso: 35,42 Santa Catarina: 31,30 Paraná: 28,35 Tocantins: 27,28 Unidades da federação com maior média móvel de óbitos por 100 mil habitantes Paraná: 1,48 Mato Grosso do Sul: 0,89 São Paulo: 0,79 Tocantins: 0,74 Roraima, Minas Gerais e Mato Grosso : 0,68 Unidades da federação com maior taxa de contágio Roraima: 1,01 Maranhão: 1,00 Alagoas: 1,00 Distrito Federal: 0,96 Amazonas: 0,96 Fonte: Coronacidades – Farol Covid. Dados extraídos em 14/07/21 ## SEMANA PASSADA Paraná teve a mais alta taxa de mortes por Covid Rodolfo Luis Kowalski Mesmo tendo regis - trado nos últimos sete dias reduções no núme - ro de casos novos de Co - vid-19 e também na ta - xa de contágio da doen - ça, o Paraná ainda é o estado com a maior mé - dia móvel de mortes por 100 mil habitantes en - tre todas as unidades da federação. Segundo dados do Fa - rol Covid, extraídos on - tem, o estado havia re - gistrado nos últimos 7 dias uma média móvel de óbitos por 100 mil habitantes de 1,48, bem acima da média verifi - cada no Mato Grosso do Sul (0,89) e em São Pau - lo (0,79). Na última semana, entre 7 e 13 de julho, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) divulgou um total de 1.261 faleci - mentos em decorrência de complicações causa - das pela doença pandê - mica. Na semana ante - rior (entre 30 de junho e 6 de julho), haviam sido divulgados 1.180 óbitos. Quanto aos casos no - vos, a média móvel (úl - timos sete dias) por 100 mil habitantes foi de 28,35 no Paraná, a quarta maior taxa do pa - ís. Ainda assim, trata-se de um número menor do que o verificado na se - mana anterior aqui no estado (38,81 casos no - vos por 100 mil habitan - tes). Em números abso - lutos, numa semana a Sesa divulgou 22.164 novas contaminações pelo novo coronavírus e, na outra, 29.435. Por fim, o estado tam - bém teve uma queda na taxa de contágio, que passou de 1,44 para 0,84, o que significa uma ten - dência de arrefecimen - to da pandemia, com re - dução na quantidade de novas contaminações. Se na última semana (dia 7) o estado apresentava a segunda maior taxa de contágio do país, hoje já fica na 20ª posição. José Fernando Ogura/AEN Cepa que causou colapso na Índia já se espalhou por mais de 100 países Desde o início da pandemia, emmar - ço de 2020, o Paraná já registrou a cir - culação de pelo menos 24 linhagens de SARS-CoV-2. A delta no momento é a de maior interesse, já que provocou o colapso no sistema de saúde da Índia, sua origem. Ela seria mais transmissí - vel que outras variantes. Ela já estaria presente em mais de 100 países e, nos Estados Unidos, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), já re - presentaria 52% dos casos. Desde a semana passada, três muni - cípios paranaenses dos quatro que con - firmaram casos da variante delta foram visitados pelas equipes do Programa de Treinamento em Epidemiologia Apli - cada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSus), do Ministério da Saúde. As equipes do EpiSUS ainda não têm data definida para o fim da investigação no Paraná, o tempo médio de uma pes - quisa deste porte é de 20 dias, podendo variar conforme a coleta de informações. Alguns estados estão adiantando a se - gunda dose da AstraZeneca para garan - tir uma proteção maior contra a varian - te, depois de recomendações de organi - zações de saúde sobre a efetividade de apenas uma dose.