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[email protected] Cidades 4 Curitiba, terça-feira, 5 de outubro de 2021 # NAS RODOVIAS # MUDANÇA Prefeitura retira 26 lombadas eletrônicas das ruas da Capital José Marcos Lopes, especial para o Bem Paraná A prefeitura de Curitiba re- tirou 26 lombadas eletrônicas que atuavam como redutores de velocidade e vai realizar es- tudos para substituir os equipa- mentos por radares ou traves- sias elevadas para pedestres. Os equipamentos pertencem à empresa Consilux e eram ope- rados pela Secretaria Munici- pal de Defesa Social e Trânsito. Outras 30 lombadas eletrônicas ainda estão em operação na ci- dade com base em outro contra- to, com a empresa Perkons, que faz a manutenção e a atualiza- ção dos equipamentos. Segundo a superintendente de Trânsito de Curitiba, Rosangela Battistella,foi dadooprazodefi - nal de setembro deste ano para a retirada dos equipamentos da Consilux—o contrato coma em- presa foi rompido em 2011. Des- de então, a prefeitura assumiu a operação das lombadas eletrô- nicas que pertencem à empresa. Rosangela Battistella explica que nem todos os locais recebe- rão novas lombadas eletrônicas. Um exemplo é a rua Fagundes Varela, no bairro Jardim Social, onde a lombada foi substituída por uma travessia elevada. Pa- ra os demais locais, a prefeitura deverá abrir uma licitação, de- pois que os estudos forem con- cluídos. “Vamos estudar caso a caso, essas lombadas já estão há muito tempo nesses locais, tem local em que o polo gerador de tráfego não existe mais”. Outramudança poderá ser ne- cessária apartir de2023,comba- se em uma resolução do Conse- lho Nacional de Trânsito que es- tabelece uma série de condições para a instalação de equipamen- tos de controle de velocidade. Foram retiradas as lomba- das das ruas Rua Brasilino Mou- ra (Ahú), José Casagrande (Vis- ta Alegre), Nilo Peçanha (Pilar- zinho), Raphael Papa (Tarumã), João Gava (Abranches), José de Oliveira Franco (Bairro Alto), LuizFrançaeJoséRietmeyer(Ca- juru, a última com dois equipa- mentos), Roberto Cichon (Capão da Imbuia), Agamenon Maga- lhães (Cristo Rei), Desembarga- dor Westphalen (Centro), Hugo SImas (BomRetiro),ViaVêneto e José Valle (Santa Felicidade), Ni- lo Brandão (São Lourenço), Fre- dolin Wolf (Pilarzinho), David Tows e Tijucas do Sul (Sítio Cer- cado, a última com dois equipa- mentos) e Rua dos Funcionários (Cabral),Avenida Nossa Senhora da Luz (Jardim Social, dois equi- pamentos), Avenida da Integra- ção (Bairro Alto), Nilo Brandão (São Lourenço) e Avenida Mon- teiro Tourinho (Tingui). Zé Marcos Lopes especial para o Bem Paraná O Paraná vive um surto de roubo de cargas de óleo ve- getal nas rodovias. Segun- do a Federação das Empre- sas de Transporte de Cargas doEstadodoParaná (Fetrans- par), o número de roubos des- se tipo de carga disparou em 2020 e vem sendo registrado um aumento neste ano, com base em informações repas- sadas pelas transportadoras. Os números oficiais de 2021 ainda não foram repassados à entidade. De acordo com a Fetrans- par,combase emdados repas- sados pela Secretaria de Esta- do da Segurança Pública, no ano passado foram registra- das 237 ocorrências de roubos de cargas de alimentos no es- tado – o produto já é mais vi- sado que equipamentos de te- lecomunicação (153 casos em 2020) e de cargas de cigarros (102). As cidades com mais casos em 2020 foram Curiti- ba (155), São José dos Pinhais (51) e Colombo (24); Neste ano, os locais com os maiores números de roubos desse tipo de carga, de acordo com o presidente da Fetrans- par,SérgioMalucelli,sãoaBR- 277, entre Paranaguá e Curiti- ba, e a região de Guarapuava. A carga geralmente segue de produtores dos estados do Pa- raná, do Mato Grosso do Sul, de São Paulo e do Rio Gran- de do Sul para o Porto de Pa- ranaguá, onde é exportada. A Fetranspar avalia que a carga é repassada para comercian- tes que vendem o produto de forma clandestina, sem pagar os impostos devidos. “São dois locais em que o número de roubos aumentou. Nas outras regiões os núme- ros semantêmestáveis”,disse SérgioMalucelli.“Muitasqua- drilhas de São Paulo migram para o Paraná quando a segu- rança pública aperta por lá. Precisamosplanejaraçõespa- ra evitar esse tipo de roubo’”. Aforma de atuaçãodas qua- drilhas é parecida, de acor- do com Malucelli. “Violência sempre há, eles retêm o mo- torista e roubam a carga. De- pois omotorista é deixado em algum local”, afirmou o pre - sidente da Fetranspar. Segun- do ele, o número de roubos de produtos eletrônicos nas ro- dovias diminuiu porque as transportadoras optaram por contratar escolas armadas. “Esse tipo de transporte ge- ralmente tem rastreamen- to conta com escolta de se- gurança privada. Hoje, entre 10% e 11% dos custos das em- presas de transporte são com a prevenção, o rastreamento e o gerenciamento de risco”. A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil do Paranápara checar sehá algum levantamento do número de casos de roubo de óleo vegetal registrados neste ano, ou se há alguma operação especial pa- ra combater esse tipo de crime, mas não houve resposta até o fechamento desta reportagem. “Precisamos que a Secreta- ria da Segurança Pública nos passe ou torne públicos es- ses dados e desvios de cargas. Hoje, temos os dados das cor- retoras de seguros, que nem sempre retratam a realidade”, disse Sérgio Malucelli. Em março deste ano, uma ação conjunta das Polícias Militares do Paraná e de São Paulo resultou na prisão de uma quadrilha na região de Presidente Prudente, no oes- te de São Paulo. A PM do Pa- raná monitorava umgrupo na PR-317, perto do município de Santo Inácio, no norte do estado. A quadrilha percebeu que estava sendo monitorada e tentou fugir para o estado vizinho. A carga foi recupera- da e o motorista foi libertado. Em julho, a Polícia Militar localizou na PR-151, em Pon- ta Grossa, na região dos Cam- pos Gerais, um caminhão car- regado com óleo vegetal que havia sido tomado de assalto na noite anterior.Omotorista do caminhão foi mantido re- fém em um matagal. No caso mais recente, em agosto des- te ano, a Polícia Civil recupe- rou uma carga de óleo vege- tal em um barracão na Cida- de Industrial de Curitiba. De acordo comos policiais,no lo- cal havia equipamentos para descarregar a carga. Paraná vive ‘surto’ de roubo de cargas de óleo vegetal; quadrilhas migram de SP Federação das Empresas de Transporte de Cargas informa que desde 2020 casos estão em alta no Estado Quadrilhas muitas vezes estão bem armadas e equipadas para cometer os crimes Reprodução SESP Lombadas serão trocadas por novos equipamentos ou por travessias elevadas Franklin de Freitas

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