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4 [email protected] Cidades Curitiba, terça-feira, 7 de fevereiro de 2023 Valquir Aureliano Mesmo com passagens até 28% mais caras, número de viajantes cresce em Curitiba MAIS Hospedagem também fica mais salgada Além do custo com as passagens, os viajantes também tiveram de suportar em 2022 uma alta nos custos com hospedagem. Enquanto a inflação (ín - dice geral) avançou 5,26% na RMC ao longo do ano passado, o custo com hospedagem em Curitiba cresceu 21,79%. Já os curitibanos que vão para outros lugares irão se deparar com alta média de 18,21% nas diárias em hotéis pelo país, sendo que a variação chegou a ser de 26,4% em outras lo - calidades (caso de Porto Alegre-RS). Já quem vai adquirir pacotes turísticos em Curitiba pagará um valor 5,37% mais caro do que em outros tempos. No Brasil, entretanto, a alta média desse item foi de 17,16%, com variação recorde de 31,01% registrada em Brasília (DF). # TRANSPORTE RODOVIÁRIO E AÉREO Quantidade de passageiros embarcando ou desembarcando no Aeroporto Afonso Pena teve alta de 65% no ano passado, enquanto movimentação na Rodoviária de Curitiba havia crescido 54% até novembro Rodolfo Luis Kowalski Viajar ficou mais caro em 2022. Bem mais caro, aliás, dependendo do modal utilizado.Masmesmo assimonúmerode viajantes saindo ou chegando na Grande Curitiba cresceu de maneira expressiva, tanto na rodoviária da capital paranen - se quanto noAeroportoAfonso Pena, em São José dos Pinhais, o que evidencia a retomada do turismo após dois anos em que o setor foi fortemente impactado pe - la pandemia do novo coronavírus. De acordo como IPCA(ÍndiceNacional de Preços ao Consumidor Amplo), divul - gado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ao longo do ano passado o aumento no preço das passa - gens para viajar de ônibus ou de avião fi - cou bem acima da inflação. Enquanto o índice geral teve alta de 5,26% na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o pre - ço das passagens de ônibus subiram en - tre 6,74% (transporte intermunicipal) e 13,34% (transporte interestadual). A al - ta mais expressiva, entretanto, foi reser - vada às passagens áreas, comvariação de +28,37%. Ainda assim, o setor aéreo foi o que te - veomaior aumentonofluxodepassagei - ros. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), 4.930.198 passageiros passaram pelo terminal na Grande Curi - tiba, o que representa uma alta de 65% em relação a 2021, quando 2.986.788 passageiros embarcaram ou desembar - caram no Afonso Pena. O aeroporto pa - ranaense, inclusive, foi o 12º mais movi - mentado em todo o país, ainda que amo - vimentação esteja distante doperíodode pré-pandemia: em 2019, 6.532.995 pas - sageiros haviam embarcado ou desem - barcado no terminal, 32,5% a mais que no ano passado. Já a rodoviária de Curitiba registrou al - ta de 54% na saída ou chegada de via - jantes. Entre janeiro e novembro do ano passado, segundo dados da Urbs, foi re - gistrada a movimentação de aproxima - damente 4,14 milhões de passageiros no terminal, com os meses de janeiro (491 mil passageiros) e julho (450 mil) regis - trando os maiores movimentos ao longo do ano. No mesmo período do ano ante - rior,2,69milhões de pessoas haviamem - barcado ou desembarcado no terminal, quando os meses de outubro (343 mil) e novembro (350 mil) tiveram os maio - res fluxos. Alta do diesel e desvalorização do real explicam passagens caras O principal fator que explica o au - mento do transporte rodoviário é o preço do diesel, que representava cerca de 30% dos custos do setor. No ano passado, o litro subiu em média 22,87% no país e 27,06% apenas na Região Metropolitana de Curitiba, se - gundo o IBGE. Com isso, em empresas como a Expresso Itamarati e a Viação Águia Branca, o peso do combustível no custo da operação subiu, passando de 31% para 38% e de 25% para 40%, respectivamente, revelou reportagem divulgada no domingo pelo Estadão. Além da alta do combustível, a des - valorização do real também tem pres - sionado o preço das passagens. Gran - de parte das peças usadas na fabrica - ção dos chassis e das carrocerias vem da China e tem preços dolarizados, o que elevou o valor dos ônibus, segun - do a Associação Brasileira das Empre - sas de Transporte Terrestre de Passa - geiros (Abrati). A boa notícia, por ou - tro lado, é que a associação afirma não acreditar na possibilidade de os preços continuarem avançando nes - te ano. Transporte coletivo começa o Ano Novo em alta na Capital O começo de 2023 registra cres - cimento no número de usuários do transporte público de Curitiba. Se - gundo o Painel Interativo de Passa - geiros, da Urbs, desde 1º de janeiro até ontem 13,7 milhões de passagei - ros utilizaram os famosos busões da cidade: foram 11,8 milhões de usuá - rios no primeiro mês do ano e 1,9 mi - lhão nos primeiros dias de fevereiro. Para se ter uma dimensão do que isso representa, em 2022, no mesmo período, 12,3 milhões de usuários ha - viam utilizado o sistema, valor 11,4% inferior ao registrado no ano corren - te. Já em 2021, também entre 1º de ja - neiro e 6 de fevereiro, 10,2 milhões de passageiros haviam sido transporta - dos, 34,3% a menos do que neste co - meço de ano. Esse movimento indica a perma - nência de um movimento de retoma - da na utilização do transporte públi - co curitibano. Em 2022, por exemplo, 153,1 milhões de usuários utiliza - ram o serviço, número 35,2% supe - rior ao registrado no ano anterior. O mês com mais passageiros transpor - tados no ano passado foi agosto (14,4 milhões), enquanto janeiro foi o mês com menos usuários (10,1 milhões). A rodoviária de Curitiba registrou alta de 54% na saída ou chegada de viajantes no ano passado

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