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8 [email protected] Esportes Curitiba, terça-feira, 7 de fevereiro de 2023 Punição para violência no Atletiba deve ficar para 2024 Se a Justiça Desportiva repetir o trâmite de 2022, decisão final será após o Estadual # VEXAME NA ARENA Silvio Rauth Filho A pancadaria no Atletiba do último domingo provavel- mente vai terminar com pu- nições severas na Justiça Des- portiva. No entanto, é igual- mente provável que as penas só sejam cumpridas em 2024. É possível afirmar isso com base no histórico recente dos julgamentos e decisões do Tribunal de Justiça Despor- tiva do Paraná (TJD-PR) e do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O primeiro passo é dado pela procuradoria do TJD-PR, que vai analisar a súmula do árbitro, o relatório do delega- do da partida e as imagens do jogo.Emseguida,vai formular a denúncia com base nessas informações. A denúncia se- rá entregue ao presidente do TJD-PR, que vai decidir quan- do o caso será julgado. O caso Atletiba será pri- meiro julgado por uma das Comissões Disciplinares do TJD-PR, que são formadas por cinco auditores. Essa é a primeira instância da Justiça Desportiva. Os auditores não são remunerados. A sede do TJD-PR fica em Curitiba. Com base no Atletiba da primeira fase do Campeona- to Paranaense de 2022, todo o processovai demorar trêsme- ses.A competição termina em 9 de abril.Ou seja, a tendência é que as punições do Atletiba de 2023 fiquempara o campe - onato estadual de 2024. Em 2022,Athletico e Coriti- ba forampunidos coma perda de mando de campo por briga de torcedores no Couto Perei- ra em 16 de fevereiro. O jul- gamento do caso no TJD-PR ocorreu em 14 de março. E o processo só foi acabar em 19 de maio, com a decisão final do STJD. Como a competição já tinha terminado e a puni- ção vale apenas para compe- tições organizadas pela Fede- ração Paranaense de Futebol, a pena foi cumprida no início de 2023. Instâncias Após o julgamento na Co- missão Disciplinar (1ª ins- tância), as partes envolvidas (clubes, jogadores e Procura- doria do TJD-PR) podem en- trar com recurso e levar o ca- so para uma instância acima, no caso, o Pleno do TJD-PR. Quem for punido pode pedir o efeito suspensivo, medida que suspende provisoriamen- te a pena até que o recurso se- ja julgado.Depois do Pleno do TJD-PR, ainda há a instância máxima da Justiça Desportiva no Brasil, o STJD, com sede no Rio de Janeiro. Punições O procurador-geral do TJD- -PR, Pedro Feitosa, avisou, em entrevista para a rádio Transa- mérica, que pretende denun- ciar os jogadores envolvidos na briganoartigo254-AdoCó- digo Brasileiro de Justiça Des- portiva (CBJD), que trata sobre ‘praticar agressão física duran- te a partida’ e prevê ‘suspensão de quatro a 12 partidas’. Os auditores podem dis- cordar da procuradoria e mu- dar para outros artigos do CB- JD com punições mais leves. No entanto, como a briga no Atletiba ganhou repercussão nacional, a tendência é que o TJD-PR tente dar uma ‘puni- ção exemplar’. Oito jogadores foram cita- dos na súmula redigida pelo árbitro do Atletiba, José Men- donça da Silva Júnior: cin- co do Athletico (Thiago He- leno, Pedro Henrique, Chris- tian, Pedrinho e Terans) e quatro pelo Coritiba (Fabrí- cio Daniel, Alef Manga e Már- cio Silva). Outros jogadores também podem ser denunciados pe- la procuradoria, com base em imagens (vídeos e fotos). Punição para o clube Responsável pela seguran- ça do Atletiba na Arena da Baixada, o Athletico pode ser punido com a perda de man- do de campo, com base no ar- tigo 213 do CBJD, que pune as agremiações por “deixar de tomar providências capa- zes de prevenir e reprimir” desordens. “Quando a desor- dem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gra- vidade ou causar prejuízo ao andamentodo eventodespor- tivo, a entidade de prática po- derá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas”, diz o texto da legislação. No Atletiba, a súmula rela- ta que o gramado foi invadido por um torcedor com a cami- sa do Athletico. A partida, ali- ás, teve o sistema de ‘torcida única’,semsetor para visitan- tes. A medida foi um acordo entre os clubes e já foi adota- da nos clássicos do Brasilei- rão de 2022. A súmula do jogo também relata que torcedores arre- messaram objetos no campo. A Justiça Desportiva constu- ma absolver os clubes quando os torcedores envolvidos são identificados. Foi o que ocor - reu domingo na Arena da Bai- xada, segundo informações da Demafe (Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos) publicas pelo GE. No entanto,para escapar daperda demando, oAthletico terá que provar isso no TJD-PR. Súmula relata nove expulsões A súmula do jogo Athletico 1x1 Co- ritiba, do último domingo, escrita pe- lo árbitro José Mendonça da Silva Jú- nior, relata nove cartões vermelhos. O documento cita as expulsões de cinco jogadores do Athletico: Thiago Heleno, PedroHenrique, Christian, Pedrinho e Terans. E de três do Coritiba: Fabrício Daniel, Alef Manga e Márcio Silva. O técnico António Oliveira, do Coritiba, também recebeu vermelho. A equipe de arbitragem precisou re- correr às imagens da transmissão pa- ra redigir a súmula e punir os envolvi- dos na briga generalizada que tomou o gramado da Arena da Baixada no do- mingo. Não há VAR no Campeonato Paranaense. A pancadaria começou nos acrésci- mos do 2º tempo, com a troca de em- purrões entre Marcio Silva e Terans. “Com a bola fora de jogo, este atleta passa a mão na nuca do seu adversá- rio de número 10 (Miguel David Terans Perez) de forma provocativa e isso de- sencadeia um desentendimento entre ambos. Ato contínuo desfere um tapa atingindo-o na nuca. Relato que não foi possível apresentar o cartão vermelho devido a animosidade do momento”, escreveu o árbitro. O goleiro Gabriel, capitão do Coriti- ba, e o ponta Cuello, do Athletico, ten- taram separar a briga, mas Alef Man- ga entrou na confusão e deu uma coto- velada nas costas de Terans. “O senhor Alef Mangueira Severino Pereira corre em direção a ambos e atinge com um empurrão e socos seu adversário de número 10. Necessitou ser contido por companheiros e seguranças”, relatou a súmula. Terans revidou com um soco, pouco antes de Thiago Heleno dar um soco ainda mais forte e derrubar Man- ga no chão. A súmula também iden- tificou agressões de Pedro Henrique, Christian e Pedrinho contra Alef Man- ga. Outro jogador punido foi Fabrício Daniel, do Coritiba, que trocou socos com Pedro Henrique. O técnico Paulo Turra foi expulso por reclamar da arbi- tragem, e António Oliveira por colocar o dedo em riste e dizer ao árbitro: “Isso é tudo culpa de vocês, os erros de vocês causaram tudo isso”. CONHEÇA AS GARANTIDORAS AFILIADAS AOS CONDOMÍNIOS GARANTIDOS DO BRASIL NO PORTAL VIVA O CONDOMÍNIO vivaocondominio.com.br/condominios-garantidos COBRANÇA DE TAXAS DE CONDOMÍNIO COM GARANTIA DE RECEITA BOM PARA O CONDOMÍNIO. BOM PARA TODOS. Robson Mafra’ Briga generalizada no Atletiba na Arena da Baixada

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