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41 ícones do futebol 2 Ademir Alcântara Ademir Bernardes de Alcântara nasceu emMandaguaçu (PR) em 1962. Co- meçou no Pinheiros, em 1979, aos 17 anos de idade. Ajudou a forjar uma ge- ração de ouro do clube fundado em 1971 e que ganharia o título estadual em 1984. Em 82, o meia Ademir já brilhava nos gramados curitibanos conquis- tando a segunda divisão. Em 84, não ficou para erguer o troféu da primeira divisão e praticou uma façanha no Rio Grande do Sul. Foi artilheiro do Campeonato Gaúcho com 21 gols, jogando pelo Pelotas. Nessa época, estava claro que o Pinheiros havia formado um craque com todos os requisitos para a camisa 10: racionício rápido, visão de jogo, habili - dade formidável e facilidade para marcar gols. O Internacional não perdeu tempo e contratou o meia, que se destacou por duas temporadas em Porto Alegre até chamar a atenção dos europeus. Em 1986, foi contratado pelo Vitória de Guimarães, onde brilhou com 23 gols em 79 jogos. Em 1988, chegou ao gigante Benfica. Conquistou o título nacional e a Supercopa de Portugal. E fez parte do elenco do vice da Liga dos Campe - ões da Europa de 1990— a derrota na final foi para o Milan de Maldini, Bare - si, Gullit, Van Basten e Rijkaard. Ainda defendeu Boavista e Marítimo, deixando o futebol português com um total de 56 gols em 217 jogos em solo europeu durante oito temporadas. Voltou ao Brasil em 1994, aos 32 anos, para defender o Mogi Mirim. E foi decisivo em 1995, levando o Coritiba de novo à primeira divisão, com o vice da Série B. Na época, virou uma espécie de mentor do garoto Alex, então com 17 anos. Encerrou a carreira em 1996, no Coxa, aos 34 anos. Quarenta e um craques em quarenta e um anos Ele surgiu na várzea, nos campinhos com mais ter- ra que grama. Suou, sangrou e lutou desde pequeno pelo sonho de ter o futebol como profissão. E conseguiu. No entanto, não foi da noi - te para o dia. Com o tempo, trocou o kichute surrado pe- la chuteira de couro. E de- pois, com mais esforço e per- severança, substituiu o medo, a ansiedade e a insegurança por títulos, gols e conquistas. Essa é uma história muito co- nhecida. E poderia ser o resu- mo da jornada de um grande craque do futebol paranaen- se. Mas não é. Não de ape - nas um. Essa é a odisséia de 41 deles. Alex, Kleberson e Ricardinho entram em campo, acompa- nhados por mais 38 ídolos, nesse caderno especial pa- ra homenagear os 41 anos do Bem Paraná. É o retrato de um futebol pa- ranaense recheado de ídolos, guerreiros e artistas da bola. EXPEDIENTE Textos: Silvio Rauth Filho Diagramação: Lycio Vello - zo Ribas Coordenação: Josianne Ritz Ademir Alcântara (foto: Luis Pedruco)

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