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9 [email protected] Cidades Curitiba, quinta-feira, 10 de janeiro de 2019 ## TRÂNSITO De cada três carros parados em blitze, um acaba multado Balanço da Setran mostra que falta de licenciamento é a principal irregularidade ## BRIGA DE VIZINHOS Tribunal do Júri tem primeira audiência do caso Junckes Acontece hoje a audiência do caso Douglas Regis Junckes, jovem morto no dia 20 de maio, no Juvevê, depois de uma discussão com um vizinho por causa do som alto. Junckes levou três tiros e mor- reu no local. A audiência acontece sete meses após o crime, e se trata da instru- ção da primeira fase do procedimento na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba. Serão ouvidas testemunhas indicadas pela acusação, pela defesa e se encer- ra com o interrogatório do réu. Poste- riormente a esta audiência, o Ministério Público, assistentes de acusação e defe- sa, tentarão demonstrar por intermédio das provas nos autos, a verdade dos fa- tos e suas teses. O crime aconteceu numa tarde de do- mingo e tirou para sempre a tranquili- dade de todos os moradores do até en- tão tranquilo e seguro condomínio. O vizinho que atirou em Junckes, irritado como volume do somdo vizinho,foi tirar satisfações já armado. Depois de atirar, ele foi encontrado pela polícia no Hos- pital Cajuru, onde foi buscar atendimen- to após o incidente. Dentro do seu car- ro, os policiais acharam a arma utiliza- da no crime. Ele recebeu voz de prisão e foi levado para a Central de Flagrantes. Família Afamíliade Junckes,que resideemBlu- menau-SC, cidade natal da vítima, vive uma lutapessoal diariamenteparaconse- guirminimizar a dor da perda e a indigna- ção com a impunidade do crime. “Temos feito homenagens e eventos pela memó- ria do Douglas, mas ao término sempre fica aquele vazio, aquela saudade que nunca mais terá término, aquela ausên- cia que nada preenche.” diz Kalinka Ma- ronez Moura, amiga da vítima. “Manter meus pais vivos após a morte do meu ir- mão temsidomeumaior desafio”,lamen- ta Eduardo Junckes, irmão de Douglas. Aproximadamente um terço dos mo- toristas abordados em fiscalizações de trânsito em Curitiba são autuados por algum tipo de irregularidade. Balanço da Superintendência de Trânsito (Se- tran) mostra que, em2018, amaioria das multas aplicadas em blitze foi de natu- reza gravíssima e que a principal irre- gularidade foi a falta de licenciamento do veículo. Além da perda de sete pontos na car- teira de habilitação, correspondente à infração gravíssima, a falta de licencia- mento provoca multa de R$ 293,47 e re- moção do veículo até que todas as pen- dências sejam regularizadas, conforme prevê artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Desde 2016, o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) dei- xou de ser documento de porte obrigató- rio aos motoristas. Mas o licenciamento precisa estar em dia. “Nas blitze o agen- te ou guarda consegue checar pelo siste- ma on-line se veículo tem restrições pa- ra transitar”, alerta o secretário da Defe- sa Social e Trânsito, Guilherme Rangel. Alémdessas,foramregistradas 331 in- frações de natureza grave, 476 média e 227 leve, numa soma de 4.133 autuações para um total de 11.475 veículos abor- dados. “Fiscalização de trânsito é uma forma de educar e de proteger o bom motorista. A partir desses resultados, conseguimos perceber comportamen- tos e tendências do motorista curitiba- no”, observa Rangel. Foram feitos ainda 538 exames etilométricos com motoris- tas, dos quais 68 apresentaram altera- ção no teste. Setran intensificou as blitze em Curitiba no ano passado RÁPIDA Caminhoneiro descontrolado Um caso de grande repercussão nesta semana foi a do caminhoneiro que dirigia supostamente de- pois de consumido cocaína e que acabou preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) após perse- guição de mais de 60 km pela BR-116, em Campina Grande do Sul. Enquanto fugia dos policiais, o motorista fazia zigue-zagues, jogava o caminhão contra a viatura da PRF e só parou em um blo- queio montado pela PRF e pela PM em frente à Unidade Operacional Taquari, no quilômetro 56 da rodovia. Aos policias ele teria confirmado que usou cocaína.“Totalmente fora de si, alegou ape- nas que alguém estaria tentando roubá-lo – provavelmente um efeito do entorpecente”, informou a PRF. O homem transportava uma carga de batatas. Ele saiu do Rio Grande do Sul, com destino à São Paulo (SP). Ele foi levado para a Delegacai de Campina Grande do Sul. A Justiça no município estipulou uma fiança de R$ 8 mil para o caminhoneiro. Divulgação/Setran

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