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PINIÃO
CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 13 DE FEVEREIRODE 2013
PARABÓLICA
Josianne Ritz *
* Com a colaboração dos editores do
Jornal do Estado
.
EM ALTA
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ATENDIMENTO AO ASSINANTE
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CARLOS PIRES
Go West
No ano em que a
explosão do foguete
VLS-1 V03 na Base de
Alcântara completa
10 anos, o país divulga
o seu quarto
PROGRA-
MA ESPACIAL
. O
desafio é lançar até
2021 um satélite
desenvolvido no Brasil,
acoplado a um foguete
nacional, a partir de um
centro de lançamento
próprio.
O antigo lema dos pionei-
ros da colonização dos Esta-
dos Unidos pode muito bem
ser adaptado e incorporado
por aqueles que pretendem
buscar boas oportunidades no
mercado do varejo brasileiro.
Assim como o inexplorado
Oeste norte-americano de ou-
trora, o Brasil tem hoje inú-
meras localidades com gran-
de potencial de gerar bons
negócios para os que preten-
dem atuar em vendas ao con-
sumidor.
E o lema não precisa li-
mitar-se a “GoWest” (vá para
o Oeste), pois, apesar de esta
região reunir inúmeros poten-
ciais novos “Eldorados” para
o varejo, as oportunidades es-
palham-se por todas as dire-
ções pelo País. Segundo as
Estimativas da PopulaçãoBra-
sileira de julho deste ano, ela-
boradas pelo IBGE, quase
95% dos nossos municípios
têm hoje até 100 mil habitan-
tes. Reduzindo o corte, para
cidades com população abai-
xo das 50 mil pessoas, o per-
centual pouco muda, recuan-
do para quase 90% do total.
É sabido que essas peque-
nas localidades são raramente
assistidas pelas tradicionais
redes, ou mesmo por empre-
sas de varejo mais estrutura-
das. No geral, são atendidas
por estabelecimentos comer-
ciais locais, com estruturas
muitas vezes aquémdas neces-
sidades e demandas.
Percebemos que as popu-
lações de pequenas cidades
acabam tendo de recorrer a
lojas e prestadores de cidades
vizinhas, de maior porte,
quando necessitam de certos
produtos ou serviços. Mesmo
naquilo que está disponível
para compra em sua própria
cidade, muitas vezes os pre-
ços, a qualidade ou a disponi-
bilidade deixam a desejar.
A ascensão social dos bra-
sileiros nos últimos anos foi
J
ORNAL DO
E
STADO
mais marcante nas localidades
com população composta por
grande proporção de pessoas
que estavam excluídas do con-
sumo. Elas acabaramvendo vul-
tosos contingentes de cidadãos
passarem a compor a chamada
nova classe média brasileira.
Aampliação da renda, a par-
tir dos programas sociais gover-
namentais, do aumento real do
salário mínimo e, por consequ-
ência, das pensões e aposenta-
dorias e do crescimento natural
são fatores que permitirama for-
mação de uma população ávida
por bens e serviços. Estar pró-
ximo a esse contingente com
grande potencial de consumo
pode ser um diferencial para a
penetração nomercado nacional.
É evidente que característi-
cas marcantes e específicas do
Brasil devem ser ponderadas na
prospecção de novos mercados.
As longas distâncias que sepa-
ram os principais centros pro-
dutores e distribuidores dessas
localidades, a precariedade das
infraestruturas nacionais e as
restrições de oferta de serviços
de apoio ao varejo (como a ofer-
ta de crédito) são fatores com-
plicadores na hora da deci-
são pelo investimento em pon-
tos de varejo em pequenas cida-
des. Uma alternativa seria inves-
tir emmarketing de divulgação
de serviços de venda on-line
para esses verdadeiros rincões de
nosso País.
Porém, não há dúvida de que
hoje há um contingente forma-
do por milhões de brasileiros
com bom potencial de consumo
que está praticamente isolado e
distante das oportunidades ofe-
recidas pelo varejo. Analisar a
aproximação a essas pessoas
deve, com certeza, estar nos pla-
nos dos agentes de mercado
como grande prioridade.
Carlos Pires é sócio-líder
da área de Mercados de Consumo da
KPMG no Brasil
EM BAIXA
Quase uma década
depois da explosão do
foguete VLS-1 V03, no
Centro de Lançamento
de
ALCÂNTARA
, no
Maranhão— acidente
que matou 21 técnicos
civis e destruiu a torre
—, a infraestrutura da
base ainda não está
100% recuperada. A
expectativa é que só em
dois anos o trabalho
esteja concluído.
VAGNER JAIME RODRIGUES
Contabilidade em prol
do empreendedorismo
Apesquisa/2012doSebrae
Nacional sobre empreendedo-
rismo mostrou que a propor-
ção dos brasileiros que almeja
ter um negócio próprio é de
43,5%da população economi-
camente ativa. Éumíndice sig-
nificativamente maior do que
os 24,7% que desejam fazer
carreiras como funcionários de
outras organizações.Nãoé sem
razão, portanto, que, em um
ranking de 67 países, o Brasil
ocupe o quarto lugar quanto ao
número de empreendedores.
São 37milhões de pessoas que
já possuemumnegócio ou rea-
lizaram alguma ação, nos me-
ses anteriores àpesquisa, visan-
do ao desenvolvimento de uma
empresa própria. Em 2012,
30,2%
da
população
adulta,entre 18 e 64 anos, esta-
vam envolvidos na criação ou
administração de um negócio.
Entre 2002 e 2012, essa taxa
apresentou aumento de 44%,
saltando de 20,9%para 30,2%.
Trata-se, sem dúvida, de
um ótimo sintoma para a eco-
nomia nacional, na qual asmi-
cro e pequenas empresas são
aproximadamente97%de todo
o parque corporativo e empre-
gam praticamente metade da
mão de obra nacional. A lon-
gevidade dessas organizações,
contudo, está longe de ser uma
regra geral para amaioria nos-
primeiros cinco anos de sua
vida. Para garantir o sucesso
dessesempreendimentos,como,
aliás, dequalquer outro, umdos
principais requisitos é manter
contabilidade e gestão eficien-
tes. Semesse equilíbrio, ficadi-
fícilmanter o foco e, portanto,
o sucesso do negócio.
Por essa razão, é fundamen-
talqueessasempresascontemcom
serviço de contabilidade e gestão
especializado e especificamente
concebido para seu perfil.Afinal,
não se pode dar os mesmos trata-
mentos tributário, de fluxo de-
caixa, obrigações acessórias e ou-
tras questões alusivas à adminis-
tração genericamente oferecidos
a organizações de maior porte.
Suaspeculiaridades, que represen-
tamconquistas legislativas impor-
tantes ao longo do tempo, exigem
conhecimentoepersonalizaçãono
atendimento às suas demandas.
Assim, um serviço eficiente
de gestão, contabilidade e consul-
toria tributária para as pequenas e
microempresas deve incluir diag-
nóstico geral sobre o seumodelo
de administração empresa e pro-
posição de soluções, adequadas.
Nessa fase inicial, é realizada uma
análise crítica das práticas contá-
beisvigentes e treinamentodeatu-
alização para os novos modelos.
Também são necessários treina-
mento para a mudança e defini-
ção de indicadores de desempe-
nho.
Obviamente, tais serviços são
melhor realizados por empresas e
profissionais conhecedores da re-
alidade das pequenas emicroem-
presas, com expertise nos tema.
É fundamentalmanter o foco cor-
reto.Comcerteza, serviçosdecon-
tabilidade e gestão altamente es-
pecializados nas pequenas e mi-
croempresas são essenciaispara o
seu sucesso, crescimento e longe-
vidade.
Vagner Jaime Rodrigues é mestre em
contabilidade e sócio da Trevisan
Gestão & Consultoria.
Interiorização
A primeira sessão de interiorização deste ano daAssem-
bleia será realizada no dia 27 deste mês em Apucarana, na
região Centro-Norte. Será a sétima desta Legislatura. E dá
prosseguimento ao projeto que começou a ser desenvolvido
em 2011, com reuniões do Parlamento já realizadas nas cida-
des de Londrina, Cascavel, Ponta Grossa, Francisco Beltrão,
Foz do Iguaçu e Maringá.
Homenagem
Durante o encontro emApucarana, aAssembleia Legisla-
tiva fará a entrega do título de Cidadão Benemérito do Paraná
ao jornalista Baltazar Eustáquio de Oliveira e prestará home-
nagens a ex-deputados estaduais da região. Taquinho, como é
conhecido, é diretor superintendente do Grupo Tribuna de
Comunicação, composto pelos jornais
Tribuna do Norte
, de
Apucarana, e
Jornal da Manhã
, de Ponta Grossa, pela Grafi-
norte, uma das principais gráficas do Paraná, pela Rádio Tri-
buna FM e pelos sites JM News e TN Online.
Manual
A Diretoria Legislativa daAssembleia concluiu a elabo-
ração de um manual técnico contendo modelos de proposi-
ções que podem ser apresentadas pelos deputados. Esse mate-
rial deve ser distribuído aos parlamentares nas próximas se-
manas, com o objetivo de subsidiar assessores dos seus gabi-
netes na confecção dessas propostas. Segundo a direção da
Casa, a ideia é contribuir e dar maior agilidade à tramitação
dos projetos, conferindo-lhes uniformidade e mais perfeita
adequação às normas regimentais.
Código de barra
Também está em fase de testes naquela diretoria a utili-
zação de códigos de barra para identificação das proposi-
ções, o que também vai contribuir consideravelmente para
facilitar a consulta e para agilizar o trânsito das matérias. O
manual abrange projetos de lei, emendas, indicações e re-
querimentos de dispensa de redação final, regime de urgên-
cia, preferência para discussão e votação, retirada de proje-
to de lei, entre outras solicitações. Em qualquer desses ca-
sos, um erro formal demanda correção, o que acaba retar-
dando a tramitação da proposta. Com a melhor padroniza-
ção dos procedimentos, a expectativa é que isso não mais
ocorra, ou ocorra muito menos, permitindo maior fluidez
ao processo legislativo.
TV Câmara
O presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Sa-
lamuni (PV), reuniu-se na quinta-feira com o Comitê Ges-
tor de TV Digital da Câmara dos Deputados, em Brasília.
E aproveitou para retomar os procedimentos de instalação
da TV Câmara de Curitiba. Salamuni consultou o comitê
sobre a participação da Câmara de Curitiba na Rede Legis-
lativa de TVDigital, que garante transmissão em sinal aberto
para os parlamentos do País. Essa característica, na opi-
nião do vereador, é essencial ao aumento da transparência
na instituição.
Cargos para o MP
Dois projetos de lei que propõem a criação e a
transformação de cargos na estrutura do Ministério
Público do Estado serão analisados e votados pelos
deputados na sessão ordinária da próxima segunda-fei-
ra, da
Assembleia Legislativa
. As duas propostas fo-
ram encaminhadas à Casa no final do ano passado, mas
acabaram não tendo sua votação concluída por falta de
acordo. Pela primeira proposta, que está em segunda
discussão, o MP cria, no quadro dos seus servidores, 85
cargos de provimento efetivo e mais 69 cargos de pro-
vimento em comissão, bem como transforma 34 cargos
de provimento efetivo e dá outras providências. A pre-
visão de impacto financeiro aos cofres públicos será de
quase R$ 5,9 milhões ao ano. O procurador-geral Gil-
berto Giacoia alega que a proposta visa “suprir as ne-
cessidades decorrentes da defasagem dos cargos do Mi-
nistério Público em relação ao Poder Judiciário, a
par da implementação de mais uma nova etapa da re-
modelação e ampliação da estrutura organizacional da
Procuradoria-Geral de Justiça”.
Convênio
Ao ser informado pela presidente do comitê, Sueli
Navarro Garcia, que a Câmara Federal já possui um canal
de TV em Curitiba que poderia ser compartilhado pelos
vereadores, aAssembleia Legislativa e o Congresso Naci-
onal, Salamuni disse que vai iniciar um diálogo com o
deputado Valdir Rossoni (PSDB), presidente da Assem-
bleia, para firmar um convênio que viabilize esta progra-
mação. A iniciativa permitirá a todos os moradores de
Curitiba acompanharem em tempo real os debates em ple-
nário, no momento transmitidos somente na internet pela
Rádio Online.
Reforma casa
Caso o novo presidente da Câmara, Henrique Eduar-
do Alves (PMDB-RN), libere recursos para reformar os
nove prédios de apartamentos funcionais ainda não sub-
metidos a obras, o custo global de conservação e remode-
lação dos imóveis desde 2003 pode chegar a R$ 460 mi-
lhões.A estimativa oficial é que os gastos adicionais supe-
rem R$ 170 milhões nos próximos anos. A Câmara dos
Deputados gastou, nos últimos dez anos, R$ 290 milhões
em reformas e conservação dos 432 apartamentos funcio-
nais colocados à disposição dos parlamentares, conforme
revelou reportagem em 12 de janeiro.
Favela
O valor a ser gasto pela Câmara supera o orçamento do
projeto de reurbanização da terceira maior favela de São
Paulo, a Gleba São Francisco. A transformação da favela
paulistana embairro deve custar R$ 260milhões. Lá vivem
cerca de 29 mil pessoas, segundo a Prefeitura da cidade. O
valor se refere a obras de saneamento básico, canalização
de córregos, contenção de encostas, urbanização de vias,
construção de parques e entrega de cerca de 1.400 aparta-
mentos. Entre 2003 e 2006, a média anual de gastos das
reformas da Câmara foi de poucomenos de R$ 13milhões.
A partir de 2007, porém, o volume de dinheiro liberado
para obras nos imóveis funcionais triplicou, chegando a uma
média próxima de R$ 39 milhões por ano.
NA ASSEMBLÉIA
Franklin Freitas