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PINIÃO
CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE MARÇODE 2013
PARABÓLICA
Josianne Ritz *
* Com a colaboração dos editores do
Jornal do Estado
.
EM ALTA
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R
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MARCELO BLAY
Seguros: tendências e
expectativas para 2013
Dos 2,6 milhões de
microempresários
individuais
(formalizados), 9,3%
são oriundos do
BOLSA FAMÍLIA
.
"O empreendedorismo
é uma porta de saída",
afirma Luiz Barretto,
presidente do Sebrae.
"Se o negócio não der
certo, ele tem priorida-
de para retornar e
receber o benefício",
completou.
J
ORNAL DO
E
STADO
EM BAIXA
Os brasileiros ficaram,
emmédia, mais de 18
horas sem
ENERGIA
ELÉTRICA
em 2012,
ou seja, quase três
horas a mais do que a
Aneel estabelece como
limite por ano. Além de
ter ficado mais tempo
no escuro, o consumi-
dor ficou, também, mais
vezes sem luz: 13,18
vezes, emmédia,
quando o permitido
seria 11,10 vezes.
Grampos
AVara Criminal de Campo Largo, na Região Metropoli-
tana de Curitiba, condenou o policial civil Delcio Augusto
Rasera a 20 anos e nove meses de prisão, além da perda do
cargo, pelos crimes de quadrilha e diversas escutas ilegais.
Rasera havia sido preso no início de setembro de 2006 por
uma equipe da Promotoria de Investigação Criminal (PIC),
atual Gaeco, durante o período eleitoral, sob a suspeita de
executar escutas ilegais (os chamados “grampos”) e de portar
armas ilegalmente. Na época, ele ocupava um cargo de asses-
sor na chefia da Casa Civil do governo Requião. A oposição
chegou a acusar Requião de usar os serviços do policial para
“grampear” adversários políticos, o que o peemedebista sem-
pre negou.
Interceptações
Segundo o Ministério Público, o esquema teria como
mentor Rasera, que mantinha uma empresa de investigação
particular, onde atuavam dois de seus filhos. As investiga-
ções apontam que a quadrilha, além de fazer interceptações
clandestinas de telefones, obtinha extratos de ligações clan-
destinas e dados pessoais de titulares, para o fim de inter-
ceptações junto a pessoas que trabalhavam em empresas de
telefonia. Foram apreendidos equipamentos eletrônicos, gra-
vações e e-mails que comprovaram as interceptações peran-
te a Justiça.
Banda larga
As empresas que fornecem serviços de internet banda lar-
ga em Curitiba serão chamadas pela Comissão de Defesa do
Consumidor daAssembleia Legislativa para debater a quali-
dade do sinal ofertado aos consumidores da capital. Segundo
o presidente da comissão, deputado Leonaldo Paranhos (PSC),
são cada vez maiores e mais constantes as reclamações sobre a
péssima qualidade do sinal. “Os problemas se avolumam e as
operadoras parecem não estar preocupadas em atender aos
consumidores, mas apenas em garantir maior margem de lu-
cro”, comenta.
Sinal
Num primeiro momento, os diretores das empresas que
fornecem internet em banda larga serão convidados a prestar
esclarecimentos em audiência com a presença de representan-
tes do Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB-PR), Tribunal de Justiça, Procon e Delegacia de Defe-
sa do Consumidor. Entre os problemas mais frequentes está a
queda do sinal e a não entrega da velocidade contratada. “E
nem é preciso ir longe. Aqui mesmo no Centro Cívico a pre-
cariedade do serviço oferecido pela NET (uma das principais
operadoras da cidade) já se arrasta por meses”, diz o presi-
dente da Comissão. “Se não encontrarmos boa vontade por
parte das empresas, vamos à Justiça para garantir que os con-
sumidores tenham seus direitos respeitados”, afirmou.
O ano apenas inicia e,
como de costume, começamos
a pensar nas tendências futuras.
No mercado de seguros, sabe-
mos que o que deve acontecer
ao longo de 2013 está ligado
ao desempenho da economia
brasileira, especialmente ao
consumo que engloba os segu-
ros de vida, de saúde e odonto-
lógicos. Esses são os mais pro-
curados quando o nível de em-
prego é maior – caso atual do
Brasil, que teve em 2012 a
menor taxa de desemprego re-
gistrada na sua história. Além
disso, os seguros habitacionais
e de automóveis, em particu-
lar, possuem clara relação com
a compra e venda desses itens.
Então, vale refletirmos sobre o
quanto esse segmento compõe
nossa economia e analisarmos
o que deve acontecer antes de
avaliarmos as expectativas para
o ano no mercado de seguros.
No Brasil, o gasto das fa-
mílias situa-se ao redor de 62%
da economia, percentual razo-
avelmente alto numa compara-
ção global e que se vem man-
tendo estável nos últimos anos.
No entanto, ainda é um pata-
mar abaixo do registrado em
países mais ricos – os Estados
Unidos, por exemplo, tem no
consumo cerca de 70% de seu
PIB.
Essa estabilidade deu-se
apesar do aumento do volume
de crédito e do endividamento
bancário da população. O cré-
dito com recursos direcionados
para habitação, por exemplo,
praticamente dobrou nos últi-
mos 24 meses, passando de R$
130 bilhões para R$ 250 bi-
lhões. Esses dados dão uma
ideia da velocidade com que o
mercado imobiliário vem cres-
cendo e mostram como os se-
guros para residência precisam
correr atrás para se desenvol-
verem ainda mais no País.
Com base nessas conside-
rações, questionamos o seguin-
te: quais as perspectivas para o
ano? No último relatório
Fo-
cus,
do Banco Central do Bra-
sil, as projeções para 2013 são
de um crescimento do PIB de
3,2%, perspectiva que denota
o reaquecimento da economia,
mas coloca em questão desafi-
os para que se efetive o aumen-
to para os próximos anos, con-
siderando que o PIB potencial,
aquilo que o país pode crescer
na média em um período mais
longo sem pressionar a infla-
ção, ainda possa ser incremen-
tado.
Mas, mesmo nessa conjun-
tura de crescimento total da
economia mais baixo, em par-
te puxado pelos investimentos
mais fracos no ano que passou,
espera-se que as vendas no va-
rejo apresentemnovamente um
bom desempenho em 2013. O
rendimento médio do trabalha-
dor deve continuar aumentan-
do, ainda que abaixo do ritmo
em que cresceu nos últimos
anos.Além disso, o desempre-
go deve manter a média de
5,5%, a mesma do ano passa-
do, e impulsionar o consumo
das famílias.
Finalmente, teremos o im-
pacto da queda de juros – a
SELIC começou 2011 em11%
e fechou 2012 em 7,25%, uma
redução substancial da nossa
taxa básica. Considerando o
tempo que a economia leva
para responder a esse estímulo
monetário, certamente o efeito
sobre o consumo será mais for-
te neste ano do que no passa-
do. Assim, com forte estímulo
financeiro, pleno emprego e
renda de trabalho aumentando
acima da inflação, o que, de
quebra, gera um efeito de con-
fiança para o trabalhador, é es-
perado que o consumo das fa-
mílias apresente um bom de-
sempenho, algo próximo de
8% ou 9%, mesmo com o ce-
nário de crise externa.
As projeções para o seg-
mento brasileiro de automóveis
também são otimistas e ajuda-
rão a incrementar os números.
AAnfavea (Associação Nacio-
nal dos Fabricantes de Veícu-
losAutomotores) estima alta de
3,5% a 4,5% nas vendas de
carros em 2013. Mesmo com a
volta do IPI para veículos de
maneira gradual, já a partir de
janeiro, a Associação espera
que as vendas cheguem a 4 mi-
lhões de unidades neste ano.
Ainda este ano, também são
esperadas novidades de segu-
ros mais acessíveis para auto-
móveis, que vão gerar um vo-
lume potencial de seguros con-
tratados – para veículos novos
ou usados, que antes não dis-
punham de seguro.
No setor de planos de saú-
de, o cenário também é de ex-
pansão. A ANS (Agência Na-
cional de Saúde Suplementar)
registrou que, entre 2000 e
2011, o número de planos
odontológicos oumédicos cres-
ceu de 31 milhões para 48 mi-
lhões, um aumento de mais de
50% no decênio, diante de um
crescimento da população bem
menor, de 13%. A FenaSaúde
(Federação Nacional de Saúde
Suplementar) alerta sobre o
fato de que o segmento médi-
co deverá manter uma tendên-
cia de redução da demanda,
como consequência da menor
expansão da atividade econô-
mica do País. Isso não inclui o
setor de serviços, maior com-
prador de planos e seguros de
saúde.
Já na área odontológica, a
queda na taxa de crescimento
pode ser maior após três anos
seguidos de incorporação inten-
siva de beneficiários. O gran-
de desafio decorre da inflação
no setor médico, que veio mais
forte em 2012, em virtude da
busca de recomposição das
margens de preços por parte
dos prestadores de serviços,
como hospitais e laboratórios.
Em suma, o setor de segu-
ros, que tem crescido histori-
camente 3% acima do cresci-
mento do PIB, já responde por
5,7%da nossa economia e deve
continuar aumentando essa par-
ticipação. Além dos setores
mais tradicionais destacados,
há mercados novos e incipien-
tes, como o de microsseguros,
com potencial global estimado
em 3 bilhões de pessoas, mas
com apenas 500 milhões con-
tratados atualmente. Isso sem
falar nos seguros garantia e ru-
ral, que apresentam boas pers-
pectivas a médio e longo pra-
zo. Outra questão que influen-
ciará diretamente na comerci-
alização de apólices será a lon-
gevidade do povo brasileiro,
cuja expectativa de vida deve
atingir 80 anos até 2040, fazen-
do-se necessário pensar na es-
tabilidade para pessoas com
idade mais avançada, com pla-
nos complementares de previ-
dência e saúde.
Marcelo Blay é fundador e sócio-
diretor da Minuto Seguros, uma
corretora de seguros on-line de
conceito inovador. O profissional está
no mercado há mais de 20 anos e
trouxe seu know how para montar a
empresa. Blay é formado em
Engenharia pela Escola de Engenharia
Mauá com MBA em Finanças pela
FGV e Columbia University (NY). Foi
vice-presidente do Sindicato das
Seguradoras e professor da FIA (USP)
e da Escola de Direito da FGV.
Trabalhou por uma década na Porto
Seguro Seguros e atuou por seis anos
como vice-presidente da Itaú Seguros.
Para obter mais informações, acesse
este link: www.minutoseguros.com.br.
Humor
OMinistério Público Federal de Foz do
Iguaçu obteve a condenação, por ato de im-
probidade, do cartunista
ZiraldoAlves Pin-
to
, do ex-prefeito de Foz Paulo Mac Donald
Ghisi e do jornalista Rogério Romano Bo-
nato. Eles foram responsáveis pela organi-
zação e execução, em dezembro de 2005, do
3º Festival do Humor Gráfico das Cataratas,
em Foz do Iguaçu. O ação tramitou na 2ª
Vara Federal Cível de Foz do Iguaçu. De
acordo com a sentença, Ghisi e Ziraldo de-
verão ressarcir integralmente o dano, avali-
ado em R$ 200 mil, terão seus direitos polí-
ticos suspensos por oito anos e estão proibi-
dos de contratar com o poder público muni-
cipal, receber benefícios, incentivos fiscais
ou créditos, pelo prazo de cinco anos. Bona-
to teve seus direitos políticos suspensos por
três anos e, pelo mesmo período, também
está proibido de contratar com o poder pú-
blico municipal. Ziraldo e Bonato foram
idealizadores do evento. Com a chancela
administrativa do então prefeito de Foz do
Iguaçu, sem formalização de contrato admi-
nistrativo e com majoração indevida dos
custos, o cartunista foi beneficiado com a
contratação da pessoa jurídica The-Raldo
Estúdio deArtes e Propaganda Ltda, por ele
administrada.
Divulgação
Carga tributária
A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), por meio
do Conselho Temático de Assuntos Tributários, prepara
uma proposta que pretende contribuir para a simplifica-
ção do sistema tributário brasileiro. Odocumento está sendo
elaborado por um grupo de trabalho composto por advo-
gados tributaristas, economistas e outros especialistas no
tema, integrantes do Conselho.A intenção é que a propos-
ta seja finalizada até 25 de maio, data que marca o Dia da
Indústria e o Dia Nacional de Respeito ao Contribuinte. O
empresário José Fernando Dillenburg, coordenador do
Conselho Temático, explica que a elaboração da proposta
representará uma nova fase no movimento “A Sombra do
Imposto”. Lançado pela Fiep em 2010, o movimento tem
o objetivo de conscientizar a população sobre o impacto
negativo da alta carga tributária brasileira e mobilizar a
sociedade para exigir mudanças no sistema de impostos
do País.
Imóveis
A Câmara Municipal de Curitiba vota amanhã pro-
jeto que prevê que imóvel da capital que não respeitar
as normas de limpeza, drenagem, vedação e calçamento
pode perder o direito ao desconto no Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU). A iniciativa é do segundo-
secretário da Casa, vereador Serginho do Posto (PSDB).
As regras de conservação são válidas a terrenos com ou
sem edificação. Se aprovada e sancionada, as condições
para o direito ao desconto no IPTU entrariam em vigor
em 1º de janeiro de 2014. “É grande o número de imó-
veis que se encontram em verdadeiro estado de abando-
no, gerando desconfortos aos vizinhos e à população
em geral”, afirma o autor da proposta.