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VIRGÍNIA SOARES DE SOUZA
se apresenta ao Tribunal do Júri
Determinação é que médica acusada de mortes em UTI do Evangélico compareça uma vez por mês diante da Justiça
Agência Estado
A médica e ex-chefe da
Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) Geral do Hospital Evan-
gélico de Curitiba, Virgínia
Soares de Souza, de 56 anos,
se apresentou ontem, ao Car-
tório Judicial da 2ª Vara do
Tribunal de Júri da Capital do
Paraná para cumprir uma obri-
gação de comparecimentomen-
sal que lhe foi imposta pelo juiz
Daniel Surdi de Avelar, res-
ponsável pela liberação dela no
dia 20 de março, depois de ter
sido presa em 19 de fevereiro.
Vigínia é acusada de homicí-
dio qualificado e formação de
quadrilha.
O Ministério Público
(MP) paranaense, porém, en-
trou com recurso para que Vir-
gínia — acusada, com mais
sete pessoas, de matar pacien-
tes em uma UTI do Hospital
Evangélico—volte para a pri-
são. Mas de acordo com o ad-
vogado da médica, Elias Mat-
tar Assad, a apresentação foi
realizada nesta quarta-feira
(ontem) por precaução. "Esta
apresentação referente ao mês
de março foi feita nesta quar-
ta-feira por cautela da defesa,
pois, após as 18 horas, inicia-
se o recesso judiciário de feri-
ado de Páscoa. Feita a apre-
sentação e extraída a certidão,
encerrou-se a cerimônia judi-
cial", afirmou, em nota.
O MP também pediu ao
Núcleo de Repressão aos Cri-
mes Contra a Saúde (Nucri-
sa) a instauração de um inqu-
érito para investigar os ex-di-
retores do Hospital Evangé-
lico. A entidade alegou não
ter sido comunicada oficial-
mente e não se pronunciou a
respeito do novo processo.
Além das sete mortes que
originaram o indiciamento de
Virgínia e mais sete pessoas,
a médica é suspeita de ter pro-
vocado a morte de mais 21
pessoas, cujos prontuários es-
tão sendo analisados. Na ter-
ça-feira, o presidente da As-
sociação de Medicina Inten-
siva (Amib), José Mario Tel-
les, disse, por meio de nota,
que a situação deveria ter
“uma avaliação ou declaração
de um especialista em medi-
cina intensiva independente,
solicitada pelo juiz, pela pro-
motora ou pela auditoria do
Ministério da Saúde, que ti-
vesse uma visão completa dos
casos”, concluiu.
Na terça-feira o Conselho
regional de Medicina no Pa-
raná (CRM-PR), também
emitiu nota, onde diz que es-
pera a conclusão das audito-
rias iniciadas pela Secretaria
Municipal de Saúde em par-
ceria com o Ministério da
Saúde. Só então a entidade
vai se manifestar oficialmen-
te sobre o caso. Na nota, o
CRM diz que não quer emitir
juízo de valores nem éticos
enquanto as investigações es-
tão em curso.
De uma tacada só, 415 são presos
OPERAÇÃO LIBERDADE
Dados da operação foram divulgados por delegados
Foto: Arnaldo Alves/AN-PR
A Polícia Civil desenca-
deou, ontem, mais uma etapa
da Operação Liberdade, em
todo o Paraná. Quatrocentas e
quinze pessoas foram presas.
Destas, 194 são suspeitas de
envolvimentocomo tráficode
drogas e os demais por outros
crimes. Foramapreendidos 49
armas de fogo, 59 quilos de
maconha, 13 quilos de cocaí-
na e 2,8 quilos de crack.
A Operação teve a parti-
cipação de 374 policiais civis
da Divisão Policial do Interi-
or (DPI) e da Divisão Esta-
dual de Narcóticos (Denarc),
além do apoio de policiais
militares. “Esta nova etapa da
OperaçãoLiberdade demons-
tra uma Polícia Civil atuante
que, em parceria com a Polí-
cia Militar, identificou e ti-
rou das ruas diversos trafican-
tes”, afirmou o secretário de
Estado da Segurança Pública,
CidVasques.
“É um golpe muito for-
te contra os marginais de
todo o Estado”, disse o dele-
gado-geral da Polícia Civil,
Marcus Vinícius da Costa
Michelotto. Segundo o dele-
gado-titular da DPI, Julio
Reis, operações como esta
que vem sendo feitas desde
o início do Programa Para-
ná Seguro, e têm atingido
resultados progressivos.
“Eles estão crescendo não só
em quantidade, mas princi-
palmente na qualidade das
investigações”, disse.
O delegado titular da
Denarc, Riad Farhat, disse
que as prisões dos pequenos
traficantes ajudam em mui-
to no combate aos crimes
contra a vida, que são prio-
ridade para o Departamento
da Polícia Civil.
Já foram realizadas duas
etapas da operação. A pri-
meira delas em 31 de agosto
de 2011 prendeu 251 pesso-
as, além da apreensão de 250
quilos de maconha, 30 qui-
los de crack, armas e muni-
ções. No dia 31 de maio do
ano passado, outra etapa es-
tadual da Operação Liberda-
de prendeu 346 pessoas. Hou-
ve apreensão de 298 quilos
de drogas e 46 armas.
RÁPIDAS
Crack
Uma força-tarefa
composta por policiais
militares e federais
apreendeu 30 quilos de
crack, na noite de terça-
feira, no bairro Umbará,
em Curitiba. A droga
estava escondida em dois
carros, em um posto de
gasolina, localizado às
margens do Contorno
Leste. Dois homens
foram presos em flagran-
te. “É a maior apreensão
do ano, desse tipo de
droga na região”, afirma
o comandante da força-
tarefa, capitão Alexandre
Lopes Dias. Segundo ele,
a polícia recebeu
informações anônimas
sobre uma suposta venda
de crack naquele local.
Pichadores
Cinco pessoas, entre as
quais umadolescente,
foramdetidas em flagrante
na tarde de terça-feira pela
Guarda Municipal de
Curitiba. Eles estavam
pichando ummuro de
propriedade particular, na
esquina das ruas Manoel
Gustavo Schier e José
Gusso, no bairro Portão.
Comeles foramaprendi-
dos dois galões de 18
litros de tinta. O flagrante
aconteceu após denúncia
feita para o fone 153 da
GuardaMunicipal. O
adolescente foi encaminha-
do à Delegacia do
Adolescente.Os outros
foram conduzidos à
Delegacia do Meio
Ambiente. A pichação é
umcrime que estabelece
multa administrativa de R$
714,20 em caso de
flagrante.
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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 28 DE MARÇODE 2013
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ORNAL DO
E
STADO