Da Redação
Um dos maiores projetos
brasileiros de recepção, arma-
zenamento e transporte de car-
gas frigorificadas e contêineres
foi inaugurado, no último dia
14, em Cascavel, com o início
da operação do novo Terminal
Ferroviário da Cotriguaçu Co-
operativa Central. A estrutura,
que conta com quase R$ 60
milhões em financiamentos do
Banco Regional de Desenvol-
vimento do Extremo Sul
(BRDE), está localizada junto
ao Terminal da Ferroeste, e
temcapacidade para armazenar
cerca de 360 mil toneladas.
Nesta primeira etapa, foi
inaugurada uma Central de
ArmazenagemFrigorificada. A
câmara movimenta o equiva-
lente a 22mil toneladas de con-
gelados por mês. O valor do
investimento é de R$ 34,2 mi-
lhões – sendo R$ 20,3 milhões
financiados pelo BRDE. Se-
gundo a cooperativa, devemser
gerados 90 empregos diretos e
outros 280 indiretos.
Segundo o presidente da
Cotriguaçu, Irineo da Costa
Rodrigues, que comandou a
inauguração ao lado do gover-
nador Beto Richa, o complexo
reduzirá custos com armazena-
mento e transporte. O objeti-
vo, explica ele, é elevar a com-
petitividade dos produtos do
Oeste no concorrido mercado
mundial. “É uma largada para
resolver o nó logístico que te-
mos. Mais uma prova do quan-
to confiamos no processo de
expansão desta região, uma das
que mais crescem no País.”,
afirma Rodrigues.
O Terminal da Cotriguaçu
será construído em etapas. O
empreendimento está localiza-
do em área total de 170 mil
metros quadrados, junto ao
Terminal da Ferroeste. Duran-
te a solenidade, também foi lan-
çada a Pedra Fundamental do
Complexo Graneleiro, projeto
que visa a implantação de um
complexo de armazéns para
grãos com capacidade de 120
mil toneladas. Este projeto tam-
bém conta com R$ 39,4 mi-
lhões financiados pelo BRDE.
“O BRDE é parceiro das
cooperativas desde os anos 70 e
demonstra, hoje, que o banco
não perdeu seu foco e continua
do lado do homem do campo”,
afirmouDilvoGrolli, presiden-
te da Coopavel, de Cascavel.
Alémda Coopavel, a Cotrigua-
çu é composta pelas cooperati-
vas C. Vale, Copacol e Lar.
O governador Beto Richa
destacou a importância do pro-
jeto para o desenvolvimento da
região Oeste, e da parceria en-
tre o governo e a Cotriguaçu.
“Uma demonstração inequívo-
ca da força do nosso Estado e
o verdadeiro testemunho das
importantes parcerias com as
cooperativas”, afirmou Richa,
apontando a importância do
projeto para a competitividade
da economia do Paraná.
NOVO TERMINAL DA COTRIGUAÇU
impulsiona economia doOestedoPR
Complexo é um dos maiores projetos de armazenamento e transporte de cargas frigoríficas e contêiners do País
Durante a inauguração
do novo Terminal Ferroviá-
rio da Cotriguaçu, o gover-
nador Beto Richa anunciou
também a ampliação do Cen-
tro Logístico da Ferroeste,
em Cascavel. Serão arrenda-
das mais oito áreas do com-
plexo, num total de 34 hec-
tares. A medida vai represen-
tar um aporte de R$ 20 mi-
lhões para a Ferroeste. So-
mente com o arrendamento,
a empresa espera arrecadar
R$ 5 milhões.
No contrato de arrenda-
mento, as empresas terão de
adquirir seis locomotivas e
111 vagões, investindo cerca
de R$ 15 milhões. Quando
todos estes equipamentos es-
tiverem em funcionamento, a
frota de locomotivas da Fer-
roeste será duplicada e tripli-
cada a frota de vagões. Com
isto, será triplicada, também,
a capacidade de tração da
empresa.
“Há tempos a ferrovia
não rodava com mais de cin-
co locomotivas. Em quatro
anos, vamos triplicar sua fro-
ta e triplicar sua atuação”, en-
fatizou o presidente da Fer-
roeste, João Vicente Breso-
lin Araújo. Ele adiantou que
em breve a empresa vai ope-
rar até Ponta Grossa, em um
acordo com a ALL que está
na fase final de negociação.
Esta medida vai ampliar em
30% a capacidade de opera-
ção da empresa.
Atualmente, o Centro Lo-
gístico da Ferroeste de Cas-
cavel conta com empresas
como a Cotriguaçu, Coopavel,
Bunge, Cargill, AB Insumos.
Centro de
Logística da
Ferroeste terá
ampliação
12
E
CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 28 DE MARÇODE 2013
J
ORNAL DO
E
STADO
A Cotriguaçu é uma coo-
perativa formada pelas coope-
rativas agroindustriais C. Vale,
Copacol, Lar e Coopavel. Seu
objetivo é otimizar a estrutura
logística das quatro empresas,
possuindo um terminal de ar-
mazenagem no Porto de Para-
naguá que presta serviços de re-
cepção, armazenagem e expe-
dição de granéis sólidos - soja,
milho, sorgo, trigo, farelos em
geral e produtos segregados -
para suas sócias e outros clien-
tes. ACotriguaçu tambémpos-
sui um moinho de trigo em
Palotina, com capacidade de
beneficiamento de 400 tonela-
das por dia.
No ano passado, a coope-
rativa inaugurou novas instala-
ções que ampliaram sua capa-
cidade de armazenamento no
Porto de Paranaguá. O novo ar-
mazém de grãos, que suporta
até 60 mil toneladas, elevou o
potencial de armazenagem da
cooperativa de 150 mil tonela-
das para 210mil toneladas. Até
2020, a meta é investir R$ 200
milhões para melhorar a logís-
tica de transporte, com ênfase
O governador Beto Richa, com dirigentes da Cotriguaçu, durante inauguração: parceria
Investimento de R$ 200 milhões
no setor ferroviário.
O investimento total orça-
do do projeto foi R$ 23 mi-
lhões. O Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo
Sul (BRDE) participou atra-
vés de contrato de financia-
mento com R$ 16 milhões, ou
seja, aproximadamente 70%
do total dos investimentos. O
BRDE temapoiado a Cotrigua-
çu desde o início de sua histó-
ria, quando concedeu apoio
técnico e financeiro à implan-
tação do projeto em Parana-
guá na década de 70.
Foto: Divulgação