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PINIÃO
CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 28 DE MARÇODE 2013
PARABÓLICA
Josianne Ritz *
* Com a colaboração dos editores do
Jornal do Estado
.
EM ALTA
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R
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Secretário de redação
ATENDIMENTO AO ASSINANTE
0800 643 1934
A diretoria da Agência
Nacional de Aviação
Civil (Anac) propôs a
criação de
NOVAS
REGRASPARA
BAGAGENS.
Entre as
novidades está o
pagamento de ajuda de
custo de R$ 301 para
passageiros que tiverem
sua mala extraviada pela
empresa aérea e que
esteja fora do seu
domicílio.
J
ORNAL DO
E
STADO
EM BAIXA
O diretor da Agência
Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) José
Agenor Álvares da Silva
afirmou ontem que a
UNILEVER,
fabricante
do suco Ades, não
avisou o órgão sobre a
falha que provocou o
envasamento de soda
cáustica no lugar de
suco, embora tenha
ressalvado que a
empresa não era
obrigada a fazê-lo.
PEDRO PAULO
Copa 2014: desafios e
legado para Curitiba
A Embratur promoveu em
Londres a 10ª edição do Goal to
Brasil,onde estive representando
a Câmara Municipal de
Curitiba. O evento, realizado
no London FilmMuseum, serviu
para apresentar ao mundo os ro-
teiros turísticos das cidades brasi-
leiras que sediarão os jogos da
Copa do Mundo FIFA 2014. Se-
gundo a Embratur, a Inglaterra
ocupa a 11ª posição no ranking
dos principais emissores de turis-
tas para o Brasil. Em 2011, foram
149.564 mil turistas ingleses visi-
tando o Brasil.
Curitiba (e o Paraná) recebeu
o destaque nesta edição e a opor-
tunidade de mostrar a jornalistas,
operadores do turismo e outros
convidados as qualidades e atrati-
vos da cidade que se organiza para
receber os milhares de turistas es-
trangeiros que se dirigirão ao Bra-
sil ansiosos por bons jogos e curi-
osos por conhecer mais do povo
brasileiro, natureza e cultura.
Tenho acompanhado o coti-
diano dos preparativos de Curiti-
ba para a Copa e, desde o início,
reforçado a certeza de que a reali-
zação deste evento émais uma das
grandes oportunidades para inves-
timentos públicos e privados (que
já estão em andamento na área da
mobilidade urbana principalmen-
te) e o desenvolvimento de políti-
cas públicas para o povo brasilei-
ro.
Sou otimista em relação a re-
alização da Copa mas desde o iní-
cio destaquei que é preciso con-
centração total do poder público
e o diálogo permanente com a po-
pulação neste processo. Falo isso
porque nem sempre o noticiário
tem fomentado o debate sobre o
chamado “legado”, a herança po-
sitiva que será deixada pela Copa.
Ainda não debatemos com pro-
fundidade, por exemplo, a chama-
da educação desportiva e como
consolidar a prática do esporte nas
redes de educação pública e pri-
vada.
Logicamente que o otimismo
não deve diminuir a nossa vigi-
lância no tocante aos desafios e as
dificuldades reais que têm o Bra-
sil tem neste estágio preparatório.
Desafios estes que são positivos
até porque o Brasil, entrou defini-
tivamente no roteiro dos grandes
eventos internacionais e já cons-
titui o seu know how para a orga-
nização dos mesmos.
Além da Copa, a realização
da Jornada Mundial da Juventu-
de (JMJ), a vinda do Papa Francis-
co e a Copa das Confederações
neste ano e as Olimpíadas em
2016, serão eventos de grande
porte e que mostrarão ao planeta
as belezas naturais e o jeito brasi-
leiro de acolher carinhosamente os
seus visitantes.
O diálogo que tive com bra-
sileiros durante o Goal to Brasil,
que vivem e trabalham em Lon-
dres, confirma a grande expectati-
va do mundo com a realização da
Copa doMundoFIFA2014. ”Bra-
sil é o país do momento, muito se
fala nisso aqui”, me disse a jorna-
lista Ana Luisa Toledo, editora-
chefe do Brazilian Post, uma pu-
blicação bilíngue local.
Enfim, as múltiplas oportuni-
dades e desafios deste processo
exigem todo esforço e trabalho,
que serão agora enfrentados
pela Comissão Executiva da Copa
2014, criada pelo prefeito Gusta-
vo Fruet. Terá ela, dentre outras, a
responsabilidade de manter a sin-
tonia fina e a unidade do conjun-
to de ações públicas e privadas em
andamento.
Além dos investimentos pú-
blicos que resultarão emmelhori-
as para a vida do nosso povo, a
expectativa é que o Brasil seja
palco de belos jogos e do encon-
tro fraterno de pessoas, aqui aco-
lhidos pelo povo brasileiro, den-
tre todos um dos mais carinhosos
do planeta.
Ao trabalho, Curitiba!
Pedro Paulo (PT) é vereador e líder
do governo na Câmara Municipal de
Curitiba e membro da Comissão
Especial da Câmara e da Comissão
Executiva da Copa 2014
Voltando atrás
A Câmara Municipal de Colombo (região metropolitana de Curitiba)
aprovou ontem, por 15 votos a 3, a anulação de um decreto aprovado pela
própria Casa, em 2009, que desaprovava as contas da prefeita
Beti Pavin
(PSDB) relativas ao exercício de 2001. Com a medida, Pavin poderá se
livrar de processo de cassação de sua candidatura que tramita no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), que tem como base justamente a rejeição de suas
contas pelos vereadores. A votação foi viabilizada graças à decisão do pre-
sidente do Tribunal de Justiça (TJ), desembargador Cleyton Camargo, que
cassou uma liminar concedida em fereveiro à vereadora Professora Miche-
le (PT).
Divulgação
Domésticas
O senador Roberto Requião
(PMDB) apresentou projeto que per-
mite o que salário pago às emprega-
das domésticas registradas seja de-
duzido da base de cálculo do Impos-
to de Renda do empregador. A me-
dida, segundo ele, pode ajudar a evi-
tar demissões diante da nova legis-
lação aprovada pelo Congresso para
a categoria. O projeto já foi aprova-
do por unanimidade na Comissão de
Assuntos Econômicos do Senado e
está parado na Comissão de Assun-
tos Sociais. O relator do projeto será
o senador Paulo Paim (PT/RS). “Te-
mos que garantir que o fim da es-
cravidão não seja o fim do emprego
de ummilhão e meio de trabalhado-
res domésticos pelo medo dos em-
pregadores em arcar com as leis so-
ciais”, afirmou o peemedebista.
Radares
O vereador Tico Kuzma (PSB)
apresentou requerimento pedindo
cópia de documentos do atual con-
trato do município com a Consilux,
empresa que faz a manutenção dos
radares. Prefeitura e empresa fecha-
ram acordo recentemente e concor-
daram em reduzir de R$ 737,4 mil
para R$ 464 mil o pagamento men-
sal feito à Consilux. “Não houve
notícia nos jornais sobre reunião do
grupo técnico e nós precisaríamos
saber se os estudos indicam a reali-
zação de uma nova licitação ou a
permanência da Consilux”, disse
Kuzma. O líder do prefeito na Casa,
Pedro Paulo (PT), esclareceu que
os estudos estão em andamento.
Crack
Um projeto apresentado pelo
vereador Helio Wirbiski, líder da
bancada do PPS na Câmara de Cu-
ritiba, pretende permitir que a pre-
feitura e os clubes de futebol ama-
dor da capital se tornem parceiros
no combate ao crack e outras dro-
gas. O vereador explica que a mai-
oria dos mais de 30 clubes amado-
res de Curitiba funciona em terre-
nos da prefeitura, no sistema de
comodato. E muitos não têm recur-
sos para manter as sedes e os cam-
pos. “A ideia é que a prefeitura aju-
de financeiramente na manutenção
e, em contrapartida, os clubes per-
mitam a instalação de academias de
ginástica para a terceira idade, es-
paços de convivência comunitária e
ainda a criação de escolinhas de fu-
tebol no contraturno escolar. Tudo
com a supervisão de estagiários de
educação física e a coordenação de
ex-atletas profissionais”, afirmou.
Sacos plásticos
A Assembléia Legislativa aprovou ontem projeto de lei de autoria do deputado
Stephanes Junior (PMDB) que altera a lei que dispõe sobre a identificação de produ-
tos oriundos de polímeros, derivados do petróleo e matéria plástica. A iniciativa visa
acabar com a exigência de que cada unidade embalada precise apresentar uma série
de informações prevista pela lei, o que acaba por inviabilizar e aumentar o custo da
produção. Stephanes dá como exemplo as embalagens de saquinhos plásticos picota-
dos para uso de supermercados ou mesmo doméstico, as folhas de celofane utiliza-
das para cozinhar alimentos e as caixas de botões plásticos utilizados pela indústria
têxtil. “Se a lei for levada à risca, cada unidade precisa ter impressa o nome do
fabricante, nome do produto, tiragem, número do lote, data de fabricação, validade,
composição química e outras informações que já constam da embalagem principal.
Além de aumentar o custo de produção, algumas peças não teriam nem mesmo
espaço para apresentar esta quantidade de dados”, argumenta.
Equipamento
A iniciativa tem o apoio do Sindicato da Indústria de Material Plástico. Segun-
do a presidente Denize Dybas Dias, mais da metade das empresas paranaenses não
possui o equipamento de impressão necessário para cumprir a legislação. Além dis-
so, o custo de uma máquina varia de R$ 600 mil a R$ 1 milhão e um equipamento
apenas não atenderia uma empresa que tem diversos modelos de plásticos. “Mudaria
todo o processo produtivo, inviabilizando algumas empresas”, explica.
Morosidade uso política
desgastam a Petrobras
REGINALDO GONÇALVES
O sinal de descapitalização
da Petrobrás, assimcomo sua des-
valorização na BM&F Bovespa,
vem sendo acompanhado de per-
to pelos diversos investidores da
empresa, principalmente os de
grande porte. Essa situação com-
prometeu o caixa da estatal e as
perspectivas de novos investi-
mentos, que atravancam seu cres-
cimento.
A sua desvalorização no
mercado traz desconfiança sobre
o seu potencial. O aumento do
endividamento está levando as
agências de avaliação a sinaliza-
rem a redução de sua nota, o que
criaria mais uma dificuldade para
a busca de fontes de recursos com
juros menores. Quanto maior o
risco, mais caro fica o capital.
A Petrobrás, através do go-
verno federal, seu maior acionis-
ta, vem alinhavando parcerias
com a estatal chinesa Sinopec
para agilizar as obras de refinari-
as no Maranhão e no Ceará, que
tem previsão de conclusão para
2018 e que inicialmente deve
produzir diesel, e não gasolina.
Outras experiências estão
sendo analisadas com parceiros
da China e da Coréia do Sul para
expandir novas refinarias e mini-
mizar a dependência das impor-
tações de petróleo.
Segundo a empresa, a produ-
ção de petróleo aumentará dos
atuais 2milhões de barris/dia para
3milhões em2016, podendo atin-
gir 4,2 milhões de barris/dia até
2020. Com isso, alega estar cum-
prindo seus objetivos e já sinali-
za com melhoras a partir da ex-
ploração do pré-sal. Em sete anos,
a Petrobras espera mais que do-
brar o volume produzido, mesmo
com redução de investimentos em
sondas, equipamento essencial
para agilizar a retirada e proces-
samento do óleo.
O fato é que a empresa preci-
sa tornar-se independente para
que consiga tomar medidas mais
eficazes em prol da manutenção
do negócio e da busca pelo cres-
cimento de forma responsável. O
governo já vemdemonstrando di-
ficuldades na gestão de diversos
setores e organizações. Temos
acompanhado diversas áreas em
a parceria público-privada agili-
za e melhora a gestão, mas isso
não se aplica à Petrobras.
Uma gestão mais ágil evita-
ria desvios de interesses como o
uso politico para garantir metas
do governo. E aqui lembro nova-
mente, dada a sua gravidade, do
não repasse do aumento do valor
das importações para os combús-
tiveis. Há ainda o escândalo en-
volvendo o ex-presidente da es-
tatal com a compra da empresa
Pasadena Refining System, onde
a Petrobrás investiu cerca de US$
1,2 bilhões, para em seguida ven-
dê-la por US$ 180 milhões ao
grupo Valero. Não houve até o
momento uma justificativa para
tal prejuízo, que afetou o resulta-
do e gerou desconfiança de que
outras situações desse tipo podem
ocorrer futuramente.
O governo precisa cumprir
seu papel social em áreas como
habitação, transporte, saúde, se-
gurança e educação, e não ser
proprietário de empresas. Alémda
morosidade para a tomada de de-
cisões, as estatais sofrem, como
disse, com o uso politico para
garantir ao governo as metas re-
lacionadas ao PIB, superávit pri-
mário e ao controle inflacionário.
Reginaldo Gonçalves é coordenador
do curso de Ciências Contáveis da
Faculdade Santa Marcelina
TRF
A Frente Parlamentar em Defesa da Criação dos Tribu-
nais Regionais Federais promoverá um ato público na próxi-
ma terça-feira, dia 2 de abril, às 11 horas, no plenário da
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara,
em Brasília. A PEC 544/2002, que cria TRFs no Paraná, na
Bahia, no Ceará, em Minas Gerais e no Amazonas, aguarda
votação em segundo turno e poderá ser incluída na pauta do
Plenário da Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira.
Nesse mesmo dia, o senador Sérgio Souza (PMDB-PR)
tem agendado um encontro com o presidente do Superior
Tribunal de Justiça, Felix Fischer, para discutir o assunto.
“São muitos os casos em que as dificuldades de mobilidade
no território nacional desestimulam o indivíduo a procurar
por seus direitos”, diz Sérgio Souza, que é o coordenador da
Frente Parlamentar no Senado e também é autor da PEC 42/
2012, que cria um TRF no Paraná.