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JOSIANNE RITZ
Chefe de Redação
LYCIO VELLOZO RIBAS
Secretário de Redação
POLÍTICA EM DEBATE
GIRO PELO MUNDO
Costa Concórdia
Itália —
Engenheiros co-
meçaram ontem a erguer e re-
mover o cruzeiro Costa Con-
córdia de um recife no litoral
da Toscana, a poucos metros
da ilha de Giglio, na Itália,
onde está naufragado desde
janeiro do ano passado. Por se
tratar de uma operação com-
plicada, os trabalhos deverão
demorar mais do que as 12
horas inicialmente previstas e
terminar só nesta terça-feira.
Para retirá-lo do recife onde
naufragou, a equipe precisa
girar o casco em65 graus. Após
horas de trabalho, omovimen-
to do Costa Concórdia era de
apenas 10 graus. A operação
deve continuar hoje.
Catalunha
Espanha
— O regula-
dor de competição da Co-
missão Europeia, Joaquin
Almunia, advertiu a região
da Catalunha, no nordes-
te espanhol, que estará
fora da União Europeia
(UE) caso se separe da Es-
panha. Segundo ele, a Co-
missão Europeia está pre-
ocupada com as manifes-
tações pela independên-
cia da região, que tem
grande participação na
economia nacional. A Ca-
talunha quer realizar um
referendo a respeito da in-
dependência da região,
mas o governo federal es-
panhol se opõe à medida.
Armas químicas
Síria
—Opresidente da
comissão de uma investiga-
ção das Nações Unidas so-
bre crimes de guerra, Paulo
Sérgio Pinheiro, disse que
está investigando 14 suspei-
tas de ataques químicos na
Síria. Pinheiro afirmou que
a comissão não conseguiu
verificar quem eram os res-
ponsáveis pelo uso de ar-
mas químicas nos ataques
e está aguardando as pro-
vas do grupo de inspetores
da ONU. Pinheiro também
disse que a comissão acre-
dita que o governo de As-
sad tem sido responsável
por crimes de guerra e cri-
mes contra a humanidade.
Trabalhadores
Coréia do Norte
Centenas de sul-coreanos
entraram novamente no
território da Coreia doNor-
te ontem para retomar as
atividades no complexo in-
dustrial de Kaesong, cerca
de cinco meses depois das
operações terem sido sus-
pensas. Cerca de 800 ge-
rentes da Coreia do Sul e
dezenas de milhares de
trabalhadores norte-corea-
nos começaram a voltar
para o complexo, e fábricas
de mais de 20 empresas re-
tomaram as operações on-
tem. Em abril, o Norte reti-
rou todos os seus 53mil tra-
balhadores de Kaesong.
Ataque à base da Marinha
deixa 13 mortos nos EUA
JOSIANNE RITZ | Com a colaboração dos editores do BEMPARANA | [email protected]
EUA
—Umataque a tiros contra uma base daMarinha dos
Estados Unidos emWashington deixou 13 mortos ontem, en-
tre eles um suspeito de ter dado início ao tiroteio. Um outro
possível suspeitode participaçãono ataque era procuradopela
polícia norte-americana, o que levou ao fechamento preventi-
vo do Senado. O suspeito morto foi identificado como Aaron
Alexis. Ele tinha 34 anos. Inicialmente, Alexis foi identificado
como funcionário civil terceirizado, mas depois o FBI infor-
mou que ele era reservista da Marinha. O motivo do ataque
ainda é desconhecido. O presidente dos EUA, Barack Obama,
declarou-se em luto "pormais esta chacina comarmas de fogo",
à qual qualificou como "uma ação covarde". O alvo do ataque
foi o Comando Naval dos Sistemas do Mar (NAVSEA), uma
instalação da Marinha altamente protegida no coração da ca-
pital norte-americana. Além dos 13 mortos, quatro pessoas
ficaram feridas, três delas em estado grave.
Novos iPhones: a falta
que faz uma boa estratégia
Semana passada aApple lançou as versões 5S e 5Cdo consagra-
do iPhone emevento realizado emCupertino, naCalifórnia, sededa
empresa. Apesar do esforço de TimCook e seu grupo de executivos
emressaltar as vantagens do produto - leitor biométrico, chip de 64
bits e câmera comcinco lentes - o fato é que o frisson gerado já não
é mais o mesmo quando a lenda Steve Jobs e seu uniforme: calça
jeans surrada, camiseta preta e tênis New Balance, anunciava as
novidades doprodutoque ocupava a listados desejos de 10 entre 10
consumidores que ansiavampor umsmartphone.
O tempo passou e oGoogle, até então umplayer insignificante
nestemercado, comprouapequenaempresade softwarequedesen-
volviasistemasparacelularesbaseadoemLinux,denominadaAndroid.
Ogiganteda internet jáanteviaocrescimentodos smartphones como
meiode acesso à redemundial de computadores, principal canal de
divulgaçãoereceitadosprodutosdaempresa.Nessaépoca, omercado
eraaindadominadopelas teclas, ondeNokia,Motorola, PalmeBlack-
Berryreinavampraticamenteabsolutasemaparelhosquerodavamsis-
temasoperacionaisconhecidoscomoSymbian,WindowsMobile,Palm
OSeBlackberryOS-muitospraticamente jáextintosdomercado.
AestratégiadaempresadeLarryPageeSergeyBrineraclara,conquis-
tarmercadoatravésdeumaplataformaflexível,abertaedefácilmigração
quepudesseserutilizadaporqualquer fabricantedesmartphoneede-
senvolvedordeaplicativos.Aapostafoiousada,masdeucerto.Hoje60
fabricantesutilizamosistemaemmaisde300operadorasnumtotalde
160países, conquistandoumanotávelparticipaçãode80%domercado
desmartphones.Voltemosumpouconahistóriaparatentarentendera
estratégiadeJobs, analisando-asoba luzdocenárioatual.
AApple era, até o início do século, uma fabricante de computa-
dores enotebooks conhecidapor seus iMacs, queridinhadedescola-
dos e amantes da tecnologia. Em2001 ingressanomundodamúsica
pormeio do revolucionário iPod, através do qual os usuários copia-
vamseus CDS emúsicas baixadas da internet emformatoMP3 para
o dispositivo. Opulo do gato viria dois anos depois como iTunes,
conectando compradores aos proprietários dos direitos damúsica.
Estratégia semelhante ocorreu seis anos depois com o iPhone e o
App Store, comsuas centenas demilhares de aplicativos.
Steve Jobs tinha desenvolvido ummodelo de negócios conheci-
do como plataforma multilateral, interligando os usuários comos
detentores dos royalties dasmúsicas e desenvolvedores de softwa-
re. Lucrandonão apenas comos aparelhos, cujos preços sugeremas
gordasmargens obtidas, assimcomona venda dasmúsicas e aplica-
tivos. Estemodelo é tambémconhecido como isca e anzol e aGillet-
te, uma das empresas que mais se beneficia com esta estratégia,
vendendo suas lâminas compreço premium, as quais serão utiliza-
das embarbeadores dados praticamente de graça.
Não obstante o fluxo de receitas constantes, obtido coma plata-
formamultilateral, conseguiuainda levantar duas poderosas barrei-
ras, tantode entrada quandode saída. Aprimeira imposta à concor-
rência, já que nummodelo de plataforma há a necessidade de criar
dois oumais grupos numerosos simultaneamente. Como exemplo,
uma nova bandeira de cartão de crédito teria dificuldade de entrar
nomercado, uma vez que precisa construir uma base de clientes e
estabelecimentos numerosos e simultâneos para que fosse atrativa
para ambos os lados. A segunda aos próprios usuários, os quais têm
custos de troca significativos ao migrar para outra plataforma, tal
qual umcliente que decide trocar de banco.
Todos estes fatores fizeramcomque aApple se tornasse umadas
empresas mais admiradas e valiosas deste século, posicionando-a
como uma dasmarcasmais cobiçadas por consumidores de todo o
mundo. Infelizmente este desejo não se traduziu emparticipação
demercado no Brasil, onde 74%das vendas foramde smartphones
que custavam menos de R$ 700 reais, faixa de preço em que os
produtos de Jobs passambem longe, inclusive a versão 5C, desen-
volvida para ser o produto de entrada nos países emergentes.
Cookprecisa rever seus conceitos, já quepor aqui desejoquenão
cabe no bolso vira sonho. Enquanto decide, coreanos e chineses
nadamde braçada, comumportfóliodeprodutosmais amplo e bem
posicionado, atendendo não apenas a nova classemédia, mas tam-
bémincomodando aprópriaApple comprodutos inovadores emo-
dernos. Enfim, nunca uma camiseta preta e uma calça jeans surrada
fizeram tanta falta para dar novos rumos a empresa que umdia já
foi sinônimo de liderança demercado.
lMarcos Morita é mestre em Administração de Empresas, professor da
Universidade Mackenzie e professor tutor da FGV-RJ. Especialista em
estratégias empresariais, é colunista, palestrante e consultor de
negócios.
Marcos Morita
Agência Brasil
Carvalho e a ONG
A organização criminosa que desviou R$ 18 milhões de um
convênio com o Ministério do Trabalho buscou apoio e
incentivo do ministro-chefe da Secretaria-Geral da
Presidência, Gilberto Carvalho, para tentar obter
aditamentos e novos repasses de verbas para o Centro de
Atendimento ao Trabalhador (Ceat), ONG que teria se
transformado no reduto da quadrilha. Relatório da
Operação Pronto Emprego, da Polícia Federal, deflagrada
no dia 3 em São Paulo, revela que o ministro era tratado
pela quadrilha como seu “interlocutor” na pasta do
Trabalho. Interceptações telefônicas mostram que, em
maio, o grupo estava preocupado com perda de espaço no
ministério e com uma divisão na cúpula da pasta.
“Gilberto Carvalho irá resolver isso”, diz Jorgette Maria
Oliveira, presidente da ONG, em ligação gravada.
Carvalho recebeu em seu gabinete muitas vezes padre
Lício de Araújo Vale, a quem a PF atribui papel destacado
na quadrilha, “articulador dos constantes aditamentos
irregulares junto ao Ministério do Trabalho”. Outros dois
personagens centrais da trama foram recebidos por
Carvalho — Jorgette e o advogado Alessandro Rodrigues
Vieira, diretor jurídico da ONG.
CPI dos Pedágios
Técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE)
que elaboraram relatório sobre a situação das praças
de pedágio no Paraná e a procuradora Geral do Esta-
do, Jozélia Nogueira, serão ouvidos hoje na reunião
da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Pe-
dágios. Ainda nesta semana, na quinta-feira, a CPI
fará uma reunião em Jacarezinho para falar com a
população, autoridades e representantes de entida-
des de classe locais sobre a situação e a realidade do
pedágio que corta a cidade e a região Norte do Para-
ná.
Reenquadramento
A Comissão Especial constituída na Assembleia
Legislativa para examinar a legalidade e a constitu-
cionalidade do enquadramento de seus servidores,
ocorrido em 2005, teve prorrogado o prazo para en-
cerramento da segunda fase dos trabalhos por mais
uma semana, portanto até o próximo dia 20, quando
deverá ser entregue ao diretor-geral da Casa, Rober-
to Costa Curta, o relatório final acerca do levanta-
mento. Um primeiro diagnóstico, apontando incon-
sistências no processo, foi publicado em Diário Ofi-
cial nos dias 31 de julho e 1º de agosto. Simultanea-
mente, abriu-se prazo para que os servidores pudes-
sem apresentar ampla defesa e complementar a
documentação com vistas a regularizar sua situação
funcional.
Fundo Municipal de Saúde
A Câmara de Vereadores de Curitiba divulgou
ontem que irá estreitar o relacionamento institu-
cional com o Conselho Municipal de Saúde. Doze
membros do conselho estiveram ontem com os ve-
readores da Comissão de Saúde, Bem Estar Social
e Esporte. No encontro, os conselheiros e os parla-
mentares elencaram uma pauta de assuntos para
serem debatidos nos próximos meses, como a au-
tonomia financeira do Fundo Municipal de Saú-
de. A necessidade da autonomia do Fundo de Saú-
de já foi citada pelo secretário da Pasta, Adriano
Massuda em entrevista recente ao
Jornal Bem Para-
. Atualmente, a gestão do Fundo é da Secretaria
de Finanças, o que atrasaria mais ainda determi-
nados procedimentos a serem feitos com o orça-
mento.
Desburocratização
A Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da
Câmara de Curitiba debate hoje, a partir das 14h30,
a desburocratização no setor de construção civil.
Outro tema discutido será a desburocratização para
o setor de micro e pequenas empresas, a criação do
alvará provisório, a descentralização do registro
municipal de novas empresas, além da desvincula-
ção da criação do CNPJ com a entrega dos laudos
liberatórios do Corpo de Bombeiros e outros órgãos
públicos.
EMBAIXA
O governo vai rever a forma de licitar rodovias
depois que o leilão da BR-262 não teve
interessados. Segundo o ministro dos Transportes,
César Borges, as próximas licitações serão feitas
com a oferta de apenas um trecho, e não com
dois, como previsto anteriormente.
EMALTA
O Senado aprovou ontem projeto que amplia a
fiscalização do Legislativo sobre ações do governo
federal. Pela proposta, as comissões permanentes
do Senado passam a ter maiores poderes para
fiscalizar, anualmente, políticas públicas
executadas pelo Executivo.
Aécio em Curitiba
O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, vai reunir os
tucanos da região Sul no próximo dia 28 de setembro em Curi-
tiba. O encontro será às 9 horas, na Sociedade Thalia.
Cassados por caixa 2
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) confirmou
nesta semana a cassação dos vereadores de Sengés Márcio
Ricardo Santos, Sílvio Gaia, João Batista Vaz, Lourival de Jesus
Antonio e Antonio Carlos Messias. Eles e outros quatro ex-
vereadores são acusados de arrecadação e movimentação ilí-
cita de recursos. Os nove parlamentares e ex-parlamentares
estão inelegíveis por oito anos. De acordo com o promotor de
Justiça Antonio Murat Neto, durante a campanha municipal
de 2012, os vereadores movimentaram ilicitamente recursos
financeiros junto a uma empresa da cidade, a “Madeireira
Bortoluzze”, prática que foi reconhecida pela Justiça, na sen-
tença, como “caixa 2”. A Câmara de Sengés já destituiu os
cinco vereadores que estavam em exercício na última semana
e deu posse aos seus suplentes. Os parlamentares ainda po-
dem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).