BEM
PARANÁ
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Geral
CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2014
Janeiro de movimento
atípico na BR-277
Calor e férias mais curtas fizeramprimeiromês do ano receber tráfego intenso nos fins de semana
O mês de janeiro de 2014
foi atípico na BR-277, entre
Curitiba e o Litoral. Somando
o movimento de todos os fins
de semana do mês — sem
contar o 1º e 2 de fevereiro —
mais de meio milhão de veí-
culos circularam nos dois
sentidos da rodovia. A quan-
tidade é quase 10%maior que
o verificado no mesmo perío-
do de 2013. O movimento
maior neste ano é provocado
pela concentração da tempo-
rada 2013/2014 entre o final
de dezembro de 2013 e janei-
ro de 2014.
Isso porque o ano letivo nas
escolas da rede particular e
pública e tambémuniversida-
des, começa entre hoje e o dia
10 de fevereiro, por conta da
antecipação do calendário
Janeiro teve estradas e praias lotadas nos finais de semana: resultado da temporada mais curta e do calor intenso
KARLOS
KOHLBACH
Estrategistaspreocupados
comasituaçãofiscal
Estrategistas que trabalham na campanha de reelei-
ção do governador Beto Richa (PSDB) já alertaram so-
bre a necessidade de resolver, o quanto antes, o impas-
se sobre os empréstimos nacionais e internacionais.
Desde o fim do ano passado, o governo busca os recur-
sos – retidos por conta de uma denúncia feita pelo se-
nador Roberto Requião (PMDB) sobre uma suposta
manobra contábil para driblar os efeitos da Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal. Paralelo a isso, a secretaria da
Fazenda, Jozélia Nogueira, admitiu à imprensa que o
governo deve cerca de R$ 1 bilhão – entrevista que irri-
tou o governador. Estes estrategistas tucanos têm aler-
tado à equipe de Richa que o tema é desgastante e quan-
to mais se arrastar, mas munição será dada para a opo-
sição – leia-se, Gleisi Hoffmann (PT), que deixa hoje o
cargo de Ministra da Casa Civil para disputar o gover-
no. Neste fim de semana, Richa e Gleisi estiveram jun-
tos em Umuarama – durante a solenidade de entrega
de casas. Houve troca de acusações dos dois lados so-
bre a questão financeira do Estado. Uma das soluções
apontadas será cumprida hoje, quando o governo anun-
cia um plano de pagamento aos fornecedores.
Medindo força
Os deputados estaduais retomam hoje as ativida-
des na Assembleia Legislativa. Durante o recesso, os
dois principais candidatos ao governo do Paraná, o go-
vernador Beto Richa (PSDB) e a petista Gleisi Hoffmann,
mantiveram conversas com os parlamentares. A ten-
dência é que Richa perca parte da base aliada na As-
sembleia. Do Palácio Iguaçu, a equipe do governador
estará de olho no posicionamento dos deputados du-
rante as votações de projetos enviados pelo governo.
Pronto para recomeçar
O deputado estadual Tadeu
Veneri (PT) se preparou na
semana passada para
iniciar os trabalhos na
Assembleia Legislativa
cobrando informações do
governo Beto Richa (PSDB).
O petista deve pedir
esclarecimentos sobre a
denúncia da Revista Isto É
de que o secretário de
Infraestrutura, Pepe Richa,
irmão do governador, teria
recebido propina para
oferecer vantagens a uma empresa. O secretário diz
estar tranquilo e nega a acusação. De qualquer
maneira, os deputados governistas já foram orientados
para não deixar Veneri transformar a questão num
embate eleitoral.
Governo quer votar Funeas
Deve voltar para a pauta da Assembleia Legislativa
o projeto de lei que cria a Fundação Estatal em
Saúde (Funeas). A intenção do governo é que o
projeto seja votado já nas próximas semanas. A
proposta de lei foi apresentada no ano passado,
mas foi retirada de pauta pelo líder do governo,
deputado Ademar Traiano (PSDB), por conta da
pressão de servidores da Saúde. Pelo projeto, a
Funeas, uma entidade com personalidade jurídica
de direito privado, permitiria o governo a contratar
médicos sem risco de o estado ultrapassar os
limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
De olho
Deputados estaduais estão de olho no relatório feito
pelo Tribunal de Contas do Estado (TC) que detectou irre-
gularidades em aproximadamente um terço dos repas-
ses de dinheiro público do estado a entidades do terceiro
setor – que inclui as ONGs, Oscips e OS. Nesta semana,
os parlamentares devem pedir ao tribunal uma cópia do
relatório. A comissão de fiscalização da Assembleia Le-
gislativa pode iniciar um trabalho de fiscalização em da
atuação das entidades do terceiro setor – podendo inclu-
sive intimar dirigentes e presidentes das ONGs.
Valquir Aureliano
por causa da Copa do Mun-
do, em junho. Na prática, é
como se a alta temporada ti-
vesse terminado ontem. Sem
contar que o tempo, no mês
que passou, colaborou, com
pouca chuva e muito calor.
Até este último fim de se-
mana, o que se viu foi movi-
mento intenso na BR-277. To-
dos os fins de semana apre-
sentou movimento acima dos
120 mil veículos nos dois sen-
tidos. Dos quatro finais de se-
mana de janeiro, o terceiro,
que compreendeu o período
de 17 a 20, teve movimento
aproximado de 139 mil veícu-
los, volume 18% maior em
relação ao mesmo período do
ano passado.
De acordo com a concessi-
onária Ecovia, responsável
pela administração das rodo-
vias que dão acesso ao litoral
— BR-277 e as PRs 407 e 508
—, cerca de 510 mil veículos
transitaram pelas rodovias
somando todos os finais de
semana de janeiro.
“Tivemos um alto tráfego
de veículos no final de sema-
na, num movimento seme-
lhante ao registrado em datas
especiais como Carnaval e
Reveillon”,
afirmou
o diretor superintendente
da Ecovia, Davi Terna.
De acordo com a concessi-
onária, o volume de tráfego
nas estradas deve continuar
alto durante os primeiros dias
de fevereiro, uma vez que a
onda de calor deve continuar
nos próximos finais de sema-
na. Sem falar no Carnaval, no
Franklin de Freitas
início de março.
Praias
— O resul tado
desse movimento também
pode ser medido nas areias
das praias do Litoral do Pa-
raná, que ficaram cheios
mesmo durante os dias de
semana e lotados nos finais
de semana. Um exemplo do
movimento é a Ilha do Mel.
Na semana passada ela atin-
giu a marca de 55 mil visi-
tantes. Na temporada passa-
da toda, a Ilha recebeu 62 mil
visitantes.
Quem agradece é o comér-
cio local. Até a metade de ja-
neiro, a temporada já havia
rendido mais de R$ 1 bilhão
nos municípios praianos. A
estimativa antes do início da
temporada era de um fatura-
mento de R$ 2,3 bilhões.
BALNEABILIDADE
44
pontos
dos 47 monitorados pelo IAP no Litoral do Estado
estavam próprios para banho, segundo o 7º boletim
de balneabilidade da temporada. Os pontos
considerados impróprios no boletim estavam na
Ponta da Pita, em Antonina, e nos rios Nhundiaquara
(na altura do Largo Lamenha Lins) e Marumbi
(próximo à ponte da Estrada da Anhaia), em
Morretes. Na semana passada, a Ilha do Mel e a
praia de Caieiras, em Guaratuba, também tinham
pontos impróprios para banho. Já na Costa Oeste e
no Norte Pioneiro todos os locais analisados
continuam próprios para banho.
Governo amplia oferta de testes na saúde
O Governo do Paraná, em
parceria com os municípios
do Litoral, está ampliando o
número de postos de atendi-
mento que oferecem os testes
rápidos de HIV, sífilis e hepa-
tites B e C. Amedida foi toma-
da para aumentar a capacida-
de de realização dos exames,
devido à grande procura pelo
serviço nos últimos dias.
Desde a semana passada,
mais 10 novos pontos passa-
ram a ofertar os testes em
Pontal do Paraná, Matinhos e
Guaratuba. Agora, além das
tendas montadas na praia
Central de Guaratuba e calça-
dão de Caiobá (Matinhos), os
testes estão disponíveis nas
unidades básicas de saúde
dos municípios.
Também foi ampliado o
horário de funcionamento das
tendas da saúde na praia, que
agora vão atender durante to-
dos os dias da semana, das 9h
às 16h. Antes, o atendimento
era realizado apenas nos fi-
nais de semana, de quinta a
domingo.
Segundo o superinten-
dente de Vigilância em Saú-
de, Sezifredo Paz, as ações
realizadas na beira da praia
fazem parte da estratégia do
Governo do Estado de levar
serviços de saúde para mais
perto da população. “Muitas
pessoas não têm o hábito de
ir a uma unidade de saúde
para realizar exames de roti-
na. Sabendo disso, trazemos
os testes para a praia, facili-
tando o acesso a esses exa-
mes”, afirmou.
A Sanepar emitiu uma ori-
entação no final da semana
passada, pedindo que a popu-
lação a utilize a água de ma-
neira racional para evitar o
desabastecimento em razão
do alto consumo nestes dias
de calor intenso. Apesar das
barragens que armazenam
água para abastecimento em
Curitiba e na Região Metro-
politana estarem comuma ca-
pacidade de 90% de reserva-
ção e da produção de água
estar normal, algumas locali-
dades de regiões mais altas
ou mais distantes, com imó-
veis sem caixa-d’água, po-
dem registrar falhas no abas-
tecimento.
Segundo a gerente da Pro-
dução da Sanepar para Curi-
tiba e Região Metropolitana,
Rita Becher, a Sanepar traba-
lha de forma integrada entre
os sistemas, possibilitando
Saneparpedequepopulação
use a água racionalmente
Calor
um equilíbrio na distribuição
da água. “Quando identifica-
mos um consumo muito alto
em um determinado local,
podemos levar água de outra
região para lá. Mesmo assim,
os imóveis que estiverem no
final do caminho percorrido
pela água nas redes de distri-
buição podem ficar desabas-
tecidos durante um período”,
esclareceu.
Na Região Norte de Curiti-
ba é o que vem acontecendo.
Os bairros Cachoeira, Santa
Cândida e Atuba, e os municí-
pios de Almirante Tamandaré,
Colombo, Quatro Barras e
Campina Grande do Sul, tive-
ram problemas no abasteci-
mento por estarem localizados
em regiões mais altas ou em
“pontas” de rede. Esta situa-
ção também foi registrada em
Fazenda Rio Grande e Arau-
cária pelos mesmos motivos.
Paranaguá
Divulgação/APPA
Mais de 10 mil já visitaram aquário
O Aquário Marinho de Paranaguá, inaugurado ao
público no dia 14 de janeiro, recebeu, em seus
primeiros quinze dias de funcionamento, cerca de 10
mil visitantes. Os números são da AcquaMundo,
empresa que administra o espaço. Segundo as
estatísticas, 70% dos visitantes são turistas e a maior
parte vem de Curitiba. Outros 30% são parnanguaras
— que foram beneficiados pelo desconto de 50% na
entrada negociado pelo prefeito Edison Kersten. O
Aquário Estadual Domenico Cattalini conta com 2 mil
metros quadrados de área construída e abriga mais de
500 espécies de peixes, a maior parte da Baía de
Paranaguá. As atrações principais de fora da região
ficam por conta dos tubarões e dos pinguins.
Franklin de Freitas