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CURITIBA, SEXTA-FEIRA, 30 DE MAIO DE 2014
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POLÍTICA EM DEBATE
GIRO PELO MUNDO
YouTube
Turquia—
O Tribunal
Constitucional da Turquia
decidiu ontem que a proi-
bição do acesso ao YouTu-
be no país é uma violação
da liberdade de expressão
- uma derrota para o pri-
meiro-ministro turco, Re-
cep Tayyip Erdogan, que
havia defendido a bani-
mento ao site de compar-
tilhamento de vídeos. O
Tribunal informou que iria
notificar as autoridades de
telecomunicação a respei-
to de sua decisão para que
o acesso seja restaurado.
As restrições de acesso ao
YouTube foram impostas
no final de março.
Sequestro
Nigéria —
O presidente da
Nigéria, Goodluck Jonathan,
prometeu ontem “fazer todo
o possível para trazer nossas
filhas para casa”, em uma re-
ferência ao sequestro emmas-
sa de mais de 300 adolescen-
tes nigerianas que já se esten-
de por sete semanas. Segun-
do ele, os extremistas que se-
questraram as meninas ame-
açam as conquistas democrá-
ticas do país. “É um triste fato
que, enquanto eu falo a vocês
hoje, todos as conquistas do
últimos 15 anos de governan-
ça democrática no nosso país
são ameaçados pela presen-
ça do terrorismo internacio-
nal”, afirmou Jonathan.
Bebês extras
China —
O governo da
China decidiu afrouxar os
limites da lei que permite
o nascimento de apenas
uma criança por casal.
Agora, será permitido dois
filhos, o que deve resultar
em mais de dois milhões
de bebês a mais por ano,
informaram as autorida-
des de saúde. O Partido
Comunista introduziu os
limites para a taxa de na-
talidade em 1980, em uma
tentativa de conter o cres-
cimento da população. Até
hoje, casais que desejas-
sem ter mais de um filho
precisavam pagar multas
e outras penalidades.
Milíciaderrubahelicóptero
emata14naUcrânia
Ucrânia —
Um helicóptero militar da Ucrânia caiu na
cidade de Slaviansk, no leste do país, após novos conflitos
contra rebeldes pró-russos. Pelo menos 14 soldados morre-
ram, segundo o presidente interino, Olexander Turchinov.
Um repórter testemunhou a queda após a troca de tiros
com os insurgentes. Ainda não há informações se a tripula-
ção sobreviveu ao acidente. Ouvimos explosões e disparos
de armas automáticas na zona da ferrovia”, escreveu no
Twitter o site “Slaviansk Libre”. Além dos ataques a Slavi-
ansk, as forças militares fizeram ataques aéreos na cidade
de Kramatorsk, com lançamentos de mísseis Grad Slavi-
ansk se tornou o epicentro da revolução dos manifestantes
no leste ucraniano nas últimas semanas. A cidade está lo-
calizada a cerca de 160 quilômetros da fronteira russa e,
frequentemente, os bombardeios têm atingido a zona resi-
dencial, o que levou muitos moradores a saírem da cidade.
EMBAIXA
O Gaeco vai investigar as circunstâncias da morte
dos dois jovens de Curitiba, mortos com 11 tiros por
POLICIAIS MILITARES
na última sexta-feira, no bairro
São Braz. Segundo o Boletim de Ocorrência, os
policiais teriam disparado onze tiros contra os jovens
Brayan Périco, 18 anos, e Rodrigo José Santi, 20.
EMALTA
O ministro dos Transportes, César Borges, recebeu
uma pauta de reivindicações do
GOVERNO DO
PARANÁ
e do setor produtivo paranaense para
modernização da infraestrutura estadual. São cerca
de R$ 5 bilhões em obras. A reunião aconteceu na
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
Aliança
Russia —
Líderes da
Rússia, Belarus e Casa-
quistão concordaram com
a criação de uma aliança
para aprofundar os laços
econômicos e comerciais.
A aliança receberá o nome
de União Econômica da
Eurásia. Na capital do Ca-
saquistão, Astana, o presi-
dente Vladimir Putin fa-
lou que o pacto leva a coo-
peração a um “novo nível”
e respeita a soberania dos
países, além de ajudar a
criar um “atrativo centro
de desenvolvimento eco-
nômico”. Os três países já
haviam criado, em 2010,
uma união aduaneira.
Três eleições sem rumo
Quórum baixo
Da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, ape-
nas os deputados Cleiton Kielse, Anibelli Neto e Reinhold
Stephanes Júnior compareceram ao almoço em homena-
gem ao vice-presidente da República e presidente nacio-
nal licenciado do partido, Michel Temer, ontem, no restau-
rante Madalosso. Dos três, só Kielse e Anibelli Neto apoi-
am a tese da candidatura própria ao governo. Stephanes
Júnior está fechado com o grupo que defende o apoio à
reeleição do governador Beto Richa. Os outros dez parla-
mentares da sigla preferiram não participar do encontro.
Invertida
Kielse foi escalado para discursar em nome dos deputa-
dos. Defendeu a candidatura do senador Roberto Requião
ao governo e referiu-se ao outro pré-candidato, Orlando
Pessuti, como “ex-vice-governador”, apesar dele ter assu-
mido o governo quando Requião deixou o cargo, em abril
de 2010, para disputar o Senado. Ao discursar, Pessuti deu
o troco lembrando que, ao contrário de alguns presentes,
sempre foi do PMDB e nunca mudou de partido, enquanto
Kielse já saiu e voltou para a legenda.
Mea culpa
Requião fez uma espécie de “mea culpa” durante o en-
contro. Comentou que adversários andam divulgando uma
gravação em vídeo da campanha de 2010 em que ele pedia
voto para o deputado federal André Vargas (sem partido) –
que caiu em desgraça, foi obrigado a deixar o PT e corre o
risco de ser cassado por suspeita de envolvimento com o
doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal por la-
vagem de dinheiro. “Eu errei, mas nós todos erramos”, con-
fessou o peemedebista.
Corda bamba
Presidente do Diretório Estadual do PMDB e partidário da
aliança com os tucanos, o deputado federal Osmar Serraglio
também foi escalado para discursar durante o encontro com
Temer. Rodeado por requianistas e tentando se equilibrar na
corda-bamba para não desagradar nem um lado nem outro,
acabou não dizendo coisa com coisa. E ainda foi vaiado.
Bancas
A Câmara Municipal de Curitiba discute a possibilida-
de de ampliar a variedade de produtos que possam ser
comercializados por bancas de revistas na cidade. A pro-
posta é da vereadora Julieta Reis (DEM) e já recebeu pare-
cer favorável da Comissão de Legislação da Casa. A justifi-
cativa é que o segmento vem sofrendo queda no fatura-
mento, com a mudança de hábito do público, que passou a
contar com outros pontos de venda de jornais e revistas,
como supermercados, livrarias e lojas de conveniência.
Recentemente, os donos de bancas já pediram aos verea-
dores autorização para a venda dos talões do Estaciona-
mento Regulamentado (EstaR), permissão hoje restrita so-
mente a lotéricas. Eles disseram que, como há queda na
venda de produtos impressos, precisam se sustentar pelos
produtos agregados.
Os padrões democráticos continuam predominantes mundo
afora e as eleições baseadas no chamado sufrágio universal cos-
tumam ser apresentadas como o símbolo da participação popu-
lar, uma medicina contra todos os males do absolutismo, do mili-
tarismo e, modernamente, do terrorismo. Logo após a queda do
regimemilitar, Sarney como presidente orgulhava-se de ter trans-
formado o Brasil no país das eleições. Enquanto isso, pleitos orga-
nizados mesmo sob condições impraticáveis foram realizadas no
Iraque, no Afeganistão, na Bolívia e na Somália. Na prática, houve
uma acomodação geral por parte tanto das oligarquias tradicio-
nalmente dominantes quanto dos eleitores, de modo que as elei-
ções acabaramsendo “domesticadas”. Acontecemporque são ine-
vitáveis, mas não são muitos os exemplos em que realmente po-
dem ser vistas como sinônimo de uma ampla e irrestrita liberda-
de de escolha por parte do povo que, desiludido com a corrupção
e a ineficiência dos políticos, simplesmente optou por evitar as
urnas. No momento assiste-se a três exemplos pouco edificantes
para a causa da democracia, na Colômbia, na Ucrânia e no Egito.
No país sul-americano, pela primeira vez após cinqüenta anos
de enfrentamento insolúvel entre as Forças Armadas e a guerri-
lha, a paz vem sendo costurada a duras penas pelo governo de
Juan Manuel Santos e pelas Farc, num processo de lentos avan-
ços sediado emHavana. Para que dê o resultado que emprincípio
todos almejam – fim dos combates e a reinserção da mais antiga
guerrilha do mundo na sociedade – é evidente a necessidade de
mais tempo, que está sendo negado pelos eleitores colombianos
ao darem a Óscar Zuluaga, o candidato apoiado pelo guerreiro
ex-presidente Álvaro Uribe, a vitória no 1º turno realizado neste
domingo. Zuluaga, 48 anos, com fama de bom gerente, promete
acabar com as negociações de paz e arrochar o cerco militar e
policial tanto sobre as Farc quanto sobre o ELN, justificando uma
vez mais a fama da elite colombiana de não ser confiável, motivo
principal para que a guerra nunca termine. Em menos de vinte
dias haverá o 2º turno, no qual Santos mantém grandes chances
de reeleger-se. Na Colômbia não frutifica o voto útil. Zuluaga
obteve 29% das preferências, contra 26% de Manuel Santos, 15%
de Martha Ramírez do Partido Conservador, 15% de Clara López
do Polo Democrático e 8% de Enrique Peñalosa da Aliança Verde.
Os três perdedores serão poderosos fieis da balança. Cabe a per-
gunta: quem se importa com a paz?
No leste europeu poucos apostavam emque o governo provi-
sório da conflagrada Ucrânia - onde a Criméia já está perdida e as
províncias do leste forçam a anexação à Rússia - seria capaz de
realizar eleições nacionais neste 25 de maio. Na média geral me-
nos da metade dos eleitores exerceram seu direito ao voto, mas
nas regiões pró-russas de Donetsk (o aeroporto foi bombardeado
e afinal retomado pelo exército ucraniano) e Lugansk o compare-
cimento às urnas limitou-se a 10%. Triunfou o bilionário Piotr
(Petro) Poroshenko com 57% dos sufrágios contra 13% de Yulia
Timoshenko. Conhecido como Rei do Chocolate é o 7º homem
mais rico da Ucrânia e o 18º domundo graças à Roshen, megaem-
presa do setor confeiteiro e aos seus negócios como proprietário
do Canal 5 de televisão e de grandes revendedoras de carros,
ônibus, navios, etc. Foi o único oligarca a apoiar a Euromaiden,
revolta que no final do ano passado derrubou o regime corrupto
de Viktor Yanukovitch. Acusado de pertencer ao “lobby do gás”,
aposta numa conversa com Putin para pacificar o país. Promete
unir-se à União Européia, mas não à OTAN, acatar o russo como
segundo idioma, valorizar o Hryvnia – desgastada moeda nacio-
nal -, opor-se à federalização desejada por Moscou, vender a Ro-
shen e reconstruir a Ucrânia como uma só nação. Será capaz de
fazer tanto?
O terceiro caso é o Egito, onde 54 milhões foram habilitados a
escolher apenas entre o general Abdel Fatah al-Sisi, ex-Coman-
dante-em-Chefe das Forças Armadas e responsável pelo golpe
que derrubou o governo islâmico de Mohammed Morsi, e o “es-
querdista” Hamdin Sabahi, uma candidatura que serve unica-
mente para justificar a realização do pleito (tem 2% das intenções
de voto). Boicotam as eleições por as considerarem uma farsa, a
Irmandade Muçulmana que tem milhares de ativistas condena-
dos à morte por tribunais sumários, e os grupos políticos de opo-
siçãoNour Party, Ghad-el-Thamra, Aliança Nacional de Suporte à
Legitimação, Movimento 6 de Abril, Partido da Força Egípcia.
Victor Gomes Pinto
Victor Gomes Pinto é analista internacional e escritor
Franklin de Freitas
Beto admite licença
O governador Beto Richa admitiu ontem, pela
primeira vez, que pode se licenciar do cargo para
concorrer à reeleição. Embora não seja obrigado a
isso, ele afirmou, em entrevista ao UOL, que fará
campanha nos horários depois do expediente e que
pode deixar o Palácio Iguaçu caso não dê conta de
conciliar as agendas. A entrevista foi dada em
Cascavel. Neste ano, Richa será candidato à reeleição
pelo PSDB ao cargo de governador do Estado. Ele
deve concorrer com a senadora Gleisi Hoffmann (PT)
e, possivelmente, com o senador Roberto Requião,
dependendo que for decidido na convenção interna do
PMDB.
Bazar
Caso o projeto seja aprovado, também será permitido
vender em bancas artigos de perfumaria e toucador, capas
de chuva, guarda-chuvas, artigos de souvenir, fitas de ví-
deo, CDs, pen drive, fones de ouvido, café na máquina elé-
trica e salgados assados, entre outros produtos. A Professo-
ra Josete (PT) fez um parecer à parte, sugerindo que seja
feita uma diligência pela vigilância sanitária, para verifi-
car a possibilidade de contaminação de alimentos.
Afastamento
A Vara Cível de Salto do Lontra (Região Sudoeste) de-
terminou o afastamento do presidente da Câmara Munici-
pal, vereador Marcos Koerig (PSB), além do bloqueio dos
bens do parlamentar até o valor de R$ 48,1 mil. Ele é acusa-
do pelo Ministério Público de improbidade administrati-
va. Segundo a acusação, o vereador concedeu promoções
indevidas, em 2012, a quatro servidores do Legislativo. Esse
grupo de funcionários, de acordo com o MP, seriam apadri-
nhados políticos do vereador, e foram promovido dentro
dos 180 dias antes do final do seu mandato.