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CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 30 DE JULHO DE 2014
Prazo para o fim
dos lixões encerra
no dia 3 de agosto
No dia 3 de agosto vence o prazo - previsto na Lei
12.305/10 - que trata da Política Nacional de Resíduos -
para que todos os municípios brasileiros eliminem os
lixões a céu aberto existentes no país. Fonte de contami-
nação ambiental, de prejuízo econômico e social, o fim
dos lixões ainda aparece como um problema de difícil
solução para os administradores públicos. Para resol-
ver é preciso organizar a coleta seletiva, instalar usinas
de reciclagem e depositar apenas o material orgânico
em aterros sanitários.
Quadro no país é crítico
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM)
divulgou, nesta semana, uma pesquisa mostrando que
muitas cidades não conseguirão cumprir o prazo. Fo-
ram consultados 2.479 municípios com até 300 mil ha-
bitantes. Do total, 1.280 (51,6%) possuem Plano de Ges-
tão Integrada de Resíduos Sólidos, 807 (32,5%) confir-
mam que ainda utilizam lixões e, destes, 498 (61,7%)
reconhecem que não conseguirão cumprir o prazo esta-
belecido pela legislação. Os municípios que não acaba-
rem com os lixões até agosto de 2014 vão responder por
crime ambiental. As multas previstas podem chegar a
R$ 50 milhões e os prefeitos já pressionam o Governo
para prorrogar esse prazo.
Paraná prioriza a formação de
consórcios
No Paraná o Governo está auxiliando os municípios
para o cumprimento da Lei, disponibilizando linha de
financiamento e apoio técnico. A principal alternativa
para as 214 cidades que ainda têm lixões é a formação
de consórcios intermunicipais para o gerenciamento do
lixo. “É uma forma de reduzir os custos de instalação do
aterro e os custos de manutenção destas áreas, motivo
pelo qual muitos aterros se tornaram lixões na última
década”, explica o secretário estadual do Meio Ambi-
ente, Antônio Caetano de Paula Junior. Estão sendo libe-
rados R$130 milhões – via Agência Francesa de Desen-
volvimento e Fomento Paraná - para construção de ater-
ros, compra de equipamentos, construção de planos re-
gionais de resíduos, recuperação de áreas degradadas
por lixão e incentivo à coleta seletiva. Até agora está
prevista a formação de 15 consórcios intermunicipais
no Paraná e 89 projetos foram apresentados pelos mu-
nicípios à Secretaria do Meio Ambiente (SEMA). O ór-
gão ambiental analisou tecnicamente as solicitações e
criou um critério de seleção que prioriza a formação dos
consórcios e soluções que possuem plano de resíduos
elaborado. Vale lembrar, que a responsabilidade pela
gestão do lixo é municipal.
Logística Reversa
Outro eixo importante da Política Nacional de Resí-
duos Sólidos é a obrigatoriedade da logística reversa
das embalagens e resíduos disponibilizados pelas in-
dústrias, importadores e comerciantes no mercado. A
Secretaria do Meio Ambiente está atualizando os 19 ter-
mos de compromisso para logística reversa, firmados
em 2012, com diferentes setores produtivos geradores
de resíduos. “O objetivo é cobrar, monitorar e fiscalizar
a execução das metas propostas nos planos”, informa o
coordenador estadual de Resíduos Sólidos da SEMA,
Carlos Renato Garcez. Entre os setores que deverão cum-
prir os termos de compromisso estão os gerados de resí-
duos como pneus, embalagens, embalagens de óleos
lubrificantes, pilhas e baterias, móveis inservíveis, resí-
duos de construção civil, filtros combustíveis, medica-
mentos, entre outros.
Medicamentos
O Sindicato da Indústria Química e Farmacêutica
do Paraná e associações do setor entregaram, na última
semana, à Secretaria do Meio Ambiente, um plano de
logística reversa para medicamentos vencidos ou em
desuso no Paraná. O plano – que obedece a Lei Estadu-
al 17.211/2012 de autoria do deputado estadual e ex-
secretário do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida,
prevê o recolhimento e o descarte adequado dos medi-
camentos. O projeto de piloto para regulamentação da
Lei já começou em Curitiba, com a instalação de pontos
de descarte voluntário de medicamentos e coleta nas
farmácias.
Ceres Battistelli é jornalista especializada em meio ambiente e
coordenadora de comunicação da Secretaria Estadual do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos.
Divulgação
Ver TV é uma coisa. O
home
theater
elevou a experiência a
um patamar mais elevado. As
TVs de alta resolução tam-
bém. Mas e que tal um cine-
ma mesmo em casa? Sim, é
possível. Plenamente possível
poder aproveitar os momen-
tos em casa para assistir a um
filme com a família e amigos
em clima de cinema. Com
uma vantagem: pipoca e refri-
gerante bem mais baratos.
Nem todas as casas, claro,
teriam condições de ter uma
sala de cinema com vinte pol-
tronas “de cinema”. Mas não
é por isso que não se pode dar
um jeito para que a sala de
TV se pareça com uma sala
de projeções.
Para ter uma sala de cine-
ma em casa, a grande dica é
que as atenções sejam volta-
das exclusivamente para a
tela. Afinal, o que passará nela
sempre será a atração princi-
pal. As arquitetas Flávia e Ro-
berta Bonet projetaram uma,
para um edifício residencial.
"Pensamos em um espaço in-
terativo, que agradasse as
mais variadas idades, lem-
brando sempre da qualidade
necessária para a acústica da
sala", afirmou Flávia.
Para quem deseja um am-
biente exatamente igual ao de
cinema, alguns detalhes são
necessários para que traga a
real sensação de estar em
uma sala de projeção. Desde
a instalação dos equipamen-
tos e a escolha das caixas de
som até o isolamento acústi-
co do ambiente. "O grande
Cinema em casa?
Sim, é possível
Há truques para fazer com que a sala de casa se pareça com uma sala de projeções
desafio deste espaço é o iso-
lamento sonoro”, afirma Ro-
berta Bonet. Segundo ela,
carpete nopiso e couronas pol-
tronas evitama propagação do
som para fora do ambiente.
Um gesso específico, com ma-
terial e formas especiais, auxi-
lia no isolamento acústico.
Segundo Roberta, se a
ideia for ter um espaço mais
simples, basta escolher um
aparelho televisor de qualida-
de e investir na decoração te-
mática.
A iluminação também
pode proporcionar às pesso-
as uma melhor experiência
no momento de assistir ao fil-
me. Ela precisa ser instalada
de maneira que afete indire-
tamente a tela, mostrando
para os telespectadores o ca-
minho da saída enquanto a
transmissão ainda estiver
acontecendo. Roberta sugere
cortinas de veludo com forro
nas janelas. “Esta foi uma
ideia efetiva para o isolamen-
to acústico e o isolamento de
iluminação”, afirmou.
Outro pontomuito impor-
tante para os amantes da te-
lona é estabelecer um espaço
que obedeça a proporção en-
tre o tamanho da televisão e a
primeira fileira de poltronas
— ou, para salas menores, o
sofá. “Para que ninguém fique
com a vista cansada, a distân-
cia deve ser de, no mínimo,
dois metros
(da tela)
”, indica
Flávia. O tamanho do local
também influencia na quali-
dade da transmissão do filme.
Para quem pretende inserir
um televisor de 42 polegadas,
por exemplo, o tamanho ide-
al da sala é de mais ou menos
20 metros quadrados, varian-
do de acordo com as necessi-
dades do morador, como a
quantidade de assentos.
E, após pensar em todos
estes detalhes, a dica é inves-
tir na decoração da sala. Cor-
tinas de blecaute, pufes, tape-
tes e itens que remetam ao
cinema, como quadros com
fotos de astros das telonas,
cenas ou cartazes dos filmes
preferidos, tornarão a experi-
ência mais divertida. Uma
ambientação adequada pode
deixar as pessoas mais vidra-
das no que estão assistindo.
A sala de cinema projetada pelas arquitetas Flávia e Roberta Bonet: pináculo
Divulgação
Aterro sanitário de Paranavaí
RÁPIDA
Cinema
Desenvolvida pelas
arquitetas Flávia e
Roberta Bonet para um
empreendimento
residencial, uma sala
de cinema foi criada
para proporcionar mais
conforto e qualidade a
estes instantes. Com
30 metros quadrados,
a área se enquadra no
estilo contemporâneo
do edifício, com linhas
que remetem ao
neoclássico. O
ambiente, que tem 12
confortáveis poltronas
revestidas em couro
natural e um telão,
traz uma decoração
moderna, com todos os
detalhes em preto, do
carpete à marcenaria,
feita sob medida
DICAS
Como tornar a sala
de casa mais
semelhante a uma
sala de cinema
)
Decorar a sala
para que as
atenções sejam
voltadas
exclusivamente
para a tela.
)
Pensar no
isolamento
acústico da sala
em relação a
outros ambientes
)
Instalar a
iluminação de
maneira que afete
indiretamente a
tela.
)
Estabelecer um
espaço que obedeça
a proporção entre o
tamanho da
televisão e os
assentos.