P olítica em D ebate Ivan Santos com colaboração dos editores do Bem Paraná [email protected] + em www.bemparana.com.br Militares já se espalham por 21 áreas do governo federal Os militares nomeados ou prestes a serem nome- ados já passam de 45 no governo de Jair Bolsona- ro, espalhados por 21 áre- as: da assessoria da presi- dência daCaixa Econômica ao gabinete do Ministério da Educação; da diretoria- -geral da hidrelétrica Itai- pu à presidência do con- selho de administração da Petrobras. O Exército, do qual vie- ram o presidente e seu vi- ce, Hamilton Mourão, tem maioria entre os membros do governo: 18 generais e 11 coronéis da reserva. Militares agora coman- dam o Dnit (Departamen- to Nacional de Infraestru- tura de Transporte), a Su- frama (Superintendência da Zona Franca de Ma- naus), a presidência da Fu- nai (Fundação Nacional do Índio) e sete ministérios: Secretaria de Governo, De- fesa, Minas e Energia, In- fraestrutura, GSI (Gabine- te de Segurança Institucio- nal),CGU (controle interno e transparência) e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Generais da reserva ou reformados ocupam cin- co cargos no comando da Secretaria-Geral da Presi- dência da, comandada por um civil, o advogado Gus- tavo Bebianno. No Minis- tério de Justiça do ex-juiz Sergio Moro, os militares se espalharam pela Secre- taria Nacional de Seguran- ça Pública de forma inédita desde que o órgão foi cria- do, em 1997.Vinculados ao secretário nacional, o ge- neral da reserva Guilherme Theophilo, estarão três co- ronéis - a pasta confirmou que as nomeações devem sair nos próximos dias. No gabinete de Moro, um su- boficial do Exército atua como assessor técnico. O levantamento não in- cluiu membros de forças policiais estaduais, como Polícia Militar e Bombei- ros, e considerou apenas dois nomeados no Gabine- te de Segurança Institucio- nal, um órgão normalmen- te ocupado por militares, o ministro Augusto Heleno e o general Eduardo Villas Bôas, que até o dia 11 co- mandava o Exército. A força econômica dos setores com presença mi- litar ultrapassa as centenas de bilhões de reais. Apenas a Petrobras, maior empre- sa do país, teve uma recei- ta estimada em R$ 283 bi- lhões em 2017. Retorno O vereador Cacá Pereira (DC) re- assumiu vaga na Câmara Munici- pal de Curitiba. Ele esteve ausen- te da Casa de agosto a dezembro, por ter sido indicado para uma su- perintendência da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) durante a administração da ex-governadora Cida Borghetti (PP). Durante esses cinco meses, Chicarelli (DC), suplente do partido, exerceu o mandato no lugar do colega legenda. Recorde Em 2018, os vereadores de Curitiba encaminharam 19.606 re- querimentos à prefeitura, configurando assim um recorde em relação a anos anteriores. Isso significa uma média de 77,8 re- querimentos por dia útil. O resultado supera os números de 2017 (16.117 requerimentos), 2016 (13.150), 2015 (16.647), 2014 (14.808) e 2013 (15.766). Assim como em 2017, opera- ções tapa-buraco e asfaltamento motivaram a maior parte dos requerimentos encaminhados pelo vereadores ao Executivo. Foram 5.787 pedidos. Em segundo lugar, ficaram solicitações sobre calçamento (2.503), sinalização de trânsito (2.311) e ilu- minação pública (1.234). Estatais O governador Ratinho Júnior (PSD) descartou qualquer possibi- lidade de privatização da Copel e da Sanepar em seu mandato. Em entrevista à Globonews, ele disse que as empresas são bem geridas e têm um papel social importante para o Estado, que seria perdido se passasse para o domínio privado. “A Copel e a Sanepar têm duas funções fundamentais: promover o desenvol- vimento econômico e social do Paraná. Empresas com funções como essas, especialmente na área social, não devem ser pas- sadas para a iniciativa privada, onde a visão financeira se so- brepõe a todas as outras”, afirmou. Parcerias Ratinho, no entanto, não descarta parcerias ou joint ventures com outras empresas. E cita o exemplo bem sucedido da Compagas, a concessionária responsável pela distribuição de gás natural cana- lizado no Paraná, uma empresa de economia mista que tem co- mo acionistas a Copel, com 51% das ações, a Petrobrás Gás S.A.- Gaspetro, com 24,5% e a Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda., com 24,5%. Segundo ele, os planos de seu governo são modernizar as companhias, aumentar a eficiência e reduzir custos. Reforma O projeto que detalha o enxugamento da estrutura do gover- no do Estado será encaminhado à Assembleia Legislativa na re- tomada das atividades dos deputados estaduais, em fevereiro. A mensagem formalizará a redução do número de secretarias de Estado de 28 para 15. O texto da proposta está sendo elabora- do por uma comissão especial composta pela Casa Civil, Procu- radoria-Geral do Estado (PGE), Controladoria-Geral do Estado (CGE) e as secretarias do Planejamento, Administração e Fazen- da prepara. O trabalho é realizado com base no estudo da Fun- dação Dom Cabral. Enxugamento Ratinho Jr garante que as mudanças não vão afetar os serviços públicos. “Nenhuma ação de governo ficará prejudicada. Ao con- trário, com o enxugamento da máquina vamos ter mais econo- mia, respostas e resultados mais rápidos e efetivos”, afirma. Se- gundo ele, o processo de governança terá maior velocidade e o diálogo entre as estruturas será mais fácil. Itaipu O ex-ministro da Defesa Joaquim Silva e Luna foi nomeado pe- lo presidente Jair Bolsonaro para ocupar o cargo de diretor-ge- ral da de Itaipu Binacional. General da reserva do Exército, Jo- aquim Silva e Luna foi o primeiro militar a exercer o cargo de ministro da Defesa, no governo Temer. Curitiba, segunda-feira, 21 de janeiro de 2019 Bolsonaro em cerimônia de troca da guarda Alan Santos / Agência Brasil Eles estão em setores da Caixa Econômica, Itaipu e até a Petrobras ## GESTÃO BOLSONARO Chico Camargo/CMC ## CHILE Terremoto Um terremoto de mag- nitude 6,7 atingiu o lito- ral do Chile e deixou dois mortos na noite de sába- do. O Escritório Nacional de Emergência (ONEMI, em espanhol) confirmou que as duas pessoas mor- reram de paradas car- diorrespiratórias. O ter- reomoto atingiu prin- cipalmente a região de Coquimbo, mas também foi sentido entre Ataca- ma e O’Higgins, incluin- do a capital Santiago. O tremor ocorreu por volta das 23h30 (em Brasília) e teve epicentro a 13 km ao lesteda cidadedeTon- goy, na região central de Coquimbo, que fica a 400 km ao norte de Santiago. ## JAPÃO Morte Masazo Nonaka mor- reu nas primeiras horas de ontem, aos 113 anos, enquanto dormia em sua casa em Ashoro, na ilha de Hokkaido no Ja- pão, informou sua famí- lia. Ele morreu de forma tranquila e de causas na- turais, de acordo com sua neta, Yuko Nonaka. O supercentenário, cuja família comanda uma pousada com fontes termais por quatro gera- ções, foi certificado pelo Guinness World Recor- ds em abril de 2018 co- mo o homem vivo mais velho do mundo aos 112 anos e 259 dias. Ele ha- via nascido em 25 de ju- lho de 1905. ## EUA Imigrantes Após os democratas re- jeitarem o novo plano de Donald Trump, o presi- dente dos EUA afirmou que não dará anistia aos imigrantes ilegais já pre- sentes no país e que sua oferta continua sendo uma extensão do progra- ma em três anos. Trump também voltou a atacar a presidente da Câmara, Nancy Pelosi. “Não, a anistia não faz parte daminha oferta.Da mesma forma, não have- rá grande esforçopara re- mover as 11 milhões de pessoas que estão aqui ilegalmente, mas tenha cuidado Nancy!”, escre- veu Trump em seu Twit- ter, ontem. ## SÍRIA Mísseis Amídia estatal da Síria afirmou que as defesas aéreas repeliram um ata- que aéreo de Israel per- to do aeroporto interna- cional ao sul de Damas- co ontem. De acordo coma TVes- tatal da Síria, as defesas aéreas “impediram” que o ataque alcançasse seus objetivos, afirmando que Israel disparou seis mís- seis em uma área perto do Aeroporto Interna- cional de Damasco, dos quais cinco foram der- rubados e um desvia- do para um local deser- to. A ofensiva marca um raro ataque diurno, já que a maioria acontece à noite. M undo RÁPIDA Bolsonaro embarca hoje para Davos, em sua 1ª viagem internacional Com uma agenda vol- tada para a defesa da abertura econômica, do combate à corrupção e do compromisso com a democracia, o presiden- te Jair Bolsonaro embar- cou ontem para Davos, na Suíça, onde partici- pará do Fórum Econô- mico Mundial. Ele via- jará acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes; das Rela- ções Exteriores, Ernes- to Araújo, e da Justiça e Segurança Pública, Ser- gio Moro. Em sua 39ª edição, o Fó- rum Econômico Mun- dial reúne a elite políti- ca e econômica global para discutir a conjun- tura mundial e estimu- lar a cooperação entre governos e o setor pri- vado. Na estreia de Bol- sonaro no exterior, o go- verno pretende vender a empresários e a políti- cos a imagem de que a economia brasileira está modernizando-se. [email protected] Política 4

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