[email protected] Tecnologia 10 Curitiba, quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019 P onto C om Ana Ehlert - [email protected] Redes socias impulsionam empreendedores digitais ## ESTUDO Fábrica cria moto por impressão em 3D A BigRep, empresa que é líder em impressão 3D industrial em larga escala, lançou um novo conceito de uma motocicleta para mostrar até que ponto o método inovador da marca pode ser usado na fabricação de veículos. Ela é chamada de Nera E-bike. Trata-se de uma motocicleta elétrica quase que totalmente impressa em 3D por meio de manufatura aditiva. Os únicos componentes da motocicleta que não são impressos em 3D são os elétricos. A tecnologia é usada até nos pneus sem ar. O design futurista chama bastante a atenção. Uma das pri- meiras coisas a serem notadas é um grande espaço vazio onde geralmente vai o motor de uma motocicleta. Há um propulsor elétrico escondido na roda traseira. As baterias estão embutidas em sua carroceria minimalista. Impressora Nenhum número de desempenho ou alcance foi revelado sobre a Nera E-bike. Isso não chega a ser surpreendente, já que esse conceito foi feito apenas para demonstrar as possibilidades e a capacidade de produção da impressão 3D. O equipamento que a BigRep usa tem filamentos ProHT, ProFLEX, PETH e PLA com um bico de 0,6-1 mm a uma altura de camada de 0,4-0,6 mm. Apenas 15 peças diferentes foram impressas para fazer essa moto se unir. O peso total é de meros 60 quilos. São quase 50 kg a menos do que pesa um scooter pequeno Energia solar Informações recentes mostram que a Câmara dos Deputados está analisando a adesão do Brasil a uma aliança internacional que incentiva a adoção mundial da energia solar. O principal foco da aliança intergovernamental é reduzir o custo da ener- gia solar e dos financiamentos para esta tecnologia, pois es- ses são os maiores obstáculos no momento. Em 2016, o acor- do-quadro sobre a Aliança Solar Internacional (ASI) foi assina- do. Atualmente, são 121 países com potencial solar envolvidos e localizados entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Os integrantes da ASI são: índia, China, México, Nigéria, Argentina e Austrália. O lançamento da ASI aconteceu no ano de 2015, na Conferência do Clima, em Paris (COP 21), porém foi formaliza- da em 2016, em Nova Delhi, na Índia. A aliança tem como obje- tivo incentivar investimentos para a fonte de energia solar até 2030, movimentando mais de US$1 trilhão. ACESSÓRIO – Guarda-chuva para dias sem chuva. A ideia é apenas compor um visual BIZARRICES Atualmente, existem 20 milhões de empreendimentos no país, sendo a maioria deles pequenas empresas O Brasil tem observado nos últimos anos um crescimento significativo no número de pessoas interessadas em ter umnegócio próprio.Dados da pes- quisa GEM/Sebraemostramque entre 2007 e 2017 o número de empreende- dores triplicou, passando de 14,6 mi- lhões para 49,3 milhões. Atualmente, existem 20 milhões de empreendimentos no país, sendo a maioria deles pequenas empresas. É no meio digital que esses empre- sários tem buscado expor suas mar- cas.Alémdo custo relativamentemais baixo,menosburocraciaepossibilida- de de falar com mais pessoas, um ne- gócio online permite que se atenda sob demanda, dentro da necessida- de do cliente e de acordo com o que a sua empresa consegue entregar. Tudo oqueéprecisoparacomeçaréumapá- gina, criatividade e as estratégias cer- tas de como conversar com o seu pú- blico de interesse. Foi assim, comuma página no Face- book e algumas fotos de produtos pu- blicadas, que o empresárioAndré Gar- cia deu o pontapé inicial no que hoje é o Estoque Parado, primeiro outlet on- line de material de construção civil do Brasil. O negócio funciona como um market place e reúne peças de esto- que de diversas lojas que não foram vendidas e as repassa ao consumidor final por preços menores. O empreendimento, que existe des- de outubro de 2017 e é 100% digital tanto em operação quanto comunica- ção, temganhado cada vezmais clien- tes. “A força de alcance das redes so- ciais é impressionante. Comecei co- locando os produtos da minha loja e de outras que eram parceiras minhas e tinham estoque parado em uma pá- gina do Facebook. Em uma semana consegui vender produtos para clien- tes no Sul. Comecei a elaborar a pla- taforma,mas antesmesmo que ela es- tivesse pronta já estávamos consoli- dados e realizando vendas graças ao nosso trabalho no Facebook e Insta- gram.”, explica André. De lápracá,o interessede lojistasno Estoque Parado cresceu. Hoje, ao me- nos 30 lojas parceiras expõem e ven- dem seus produtos no outlet. Além dos preços mais em conta, André atri- bui o sucesso do empreendimento à praticidade que os consumidores en- contram e a confiança que passaram a ter; resultado de um forte trabalho de comunicação nas redes sociais da em- presa.“Minha família temuma loja de material para construção, então estou nesse mercado desde que era adoles- cente. É um nicho que precisa se rein- ventar. Acredito que o nosso grande trunfo é que procuro conversar comas pessoas damesma forma como se elas estivessem comigo no balcão de ven- das. Com certeza, os recursos de apli- cativos de troca de mensagem facili- tammuito essa interação.”, completa. Um ponto que pesa a favor das em- presas nativas digitais é o custo-bene- fício para divulgação. Investindo uma pequena verba,épossível atingir opú- blico que se deseja. Por exemplo: en- tre Instagram e Facebook, o Estoque Parado fala comaproximadamente 44 mil pessoas todos os dias.Os posts pa- trocinados podem ser impulsionados e segmentados fazendo um investi- mento relativamente menor se com- parado a anúncios publicitários em jornais, revistas ou outro tipo de mí- dia tradicional. Para que essa estratégia funcione e a empresa se destaque, no entan- to, o conteúdo das publicações de- ve ser atrativo. Além das promoções André mostra um pouco do seu dia a dia. “A identificação do público com a rotina e essa coisa do empreende- dor chama a atenção.Muita gente en- via mensagem para elogiar o traba- lho, dizer que me acompanha e que se inspira no que estou fazendo. Es- se é um reconhecimento fantástico que dificilmente aconteceria de for- ma mais “analógica”, sem o uso das redes sociais. Ou se acontecesse, com certeza demoraria bemmais tempo.”, conclui. O Brasil pode chegar a 2020 com um déficit de 750 mil profissionais qualificados para atuar na área de tecnologia caso o país não reforce programas para reverter esse qua- dro. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Tecno- logia da Informação e Comunicação, (Brasscom) e da Associação para Promoção da Excelência do Softwa- re Brasileiro (Softex). Isso é ainda mais preocupante visto que, segun- do o IBGE, há mais de 12 milhões de pessoas desempregadas no país. Cerca de 20% dessas oportunida- des de emprego são especificamen- te para o mercado digital, que hoje já conta com mais de 5000 startups segundo a ABStartups. Além disso, até 2020, mais de 70% das empre- sas que figuram no relatório da re- vista Fortune das 500 pequenas e médias empresas serão compostas por startups. Esse crescimento acelerado do mercado digital exige uma mão de obra específica e qualificada, que a educação tradicional não consegue formar. EA realidade do ensino su- perior no Brasil ilustra bem esse ce- nário: todo ano mais de 900 mil alu- nos abandonam a faculdade (fon- te Guia do Estudante), e 85% dessa evasão é exatamente em cursos de tecnologia (fonte MEC). Entre as hipóteses do porquê isso acontece está a qualidade e efetivi- dade de fazer um curso superior De acordo o Mundo Vestibular, quem se forma na graduação leva pelomenos 2 anos pagando seu salário para ob- ter o retorno do investimento. Atualmente, o Brasil tenta rever- ter essa situação com iniciativas de educaçãoqueformeprofissionaiscom omindset voltadoparaodigital.AGa- ma Academy, por exemplo, promove o Gama Experience, um programa inovador para profissionais das áre- as de marketing, vendas, design e de- senvolvimento (cerca de 80% das va- gas no mercado digital são para essas quatro áreas, de acordo com mapea- mento de vagas da própria empresa). Após três anos de atuação quase exclusiva em São Paulo, em 2019 o programa chega em 6 capitais brasi- leiras: Belo Horizonte, Florianópo- lis, Curitiba, Goiânia, Recife e São Paulo. ## MERCADO DE TRABALHO Brasil pode ter déficit de 750 mil profissionais de tecnologia

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU2OA==