Política 4 [email protected] ## FMI Alemanha deve incentivar a economia global Com a desaceleração da economia global e sinais de que serão necessárias medidas de incentivo, economis- tas têmpressionado aAlemanha e outros países que têm condições de prover estímulos, mas não estão adotando medidas neste sentido até o momento. Políticas de es- tímulo à economia estiveram no centro das discussões dos encontros do FundoMonetário Internacional (FMI), em Washington, Estados Unidos, neste fim de semana. Em seu relatório anual sobre políticas fiscais globais, o FMI destacou a Alemanha, a Coreia do Sul e a Austrália como países onde estímulos fiscais poderiam fazer sen- tido. No início deste mês, o FMI pediu à Suíça que au- mentasse os gastos públicos. O FMI, apoiado pelos EUA, tem pressionado os alemães e outros países com supe- rávits orçamentários a cortar impostos ou aumentar os gastos a fim de sustentar o crescimento. Países com ex- cedentes orçamentários“certamentedeveriamfazer uso disso para investir e participar do desenvolvimento eco- nômico e do crescimento”, disse a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde “Mas não foi feito o suficiente nessa área”, acrescentou. A polarização política no Brasil atingiu um nível ele- vado de intolerância que supera a média internacio- nal de 27 países observados em uma pesquisa do Insti- tuto Ipsos. Tema perceptí- vel no cotidiano do brasi- leiro nos últimos anos, o radicalismo que envolve as discussões político-parti- dárias foi o aspecto medi- do na pesquisa. O levanta- mento mostrou que os en- trevistados no Brasil estão menos propensos a aceitar as diferenças. Segundo o instituto, 32% dos brasilei- ros acreditam que não va- le a pena tentar conversar com pessoas que tenham visões políticas diferentes das suas.  O índice nacional nes- ta questão é maior do que quase todos os países pes- quisados-queficou,namé- dia, em 24% -, atrás apenas de Índia (35%) e África do Sul (33%). Na prática, o ní- vel de intolerância nas dis- cussões políticas afeta as diversas relações pessoais, sejam as familiares, as pro- fissionais e as interações nas redes sociais. A microempresária Pa- trícia Jimenes, de 42 anos, não vê a mãe há cerca de um ano, resultado de um rompimento por divergên- cias políticas, associadas a “valores e princípios”. Nas eleições do ano passa- do, elas ficaram quase três meses sem se falar. Patrí- cia, que se identifica com a esquerda, bloqueou a mãe nas redes sociais por um tempo - tudo para não re- ceber mensagens de po- lítica, explicou. “Em abril do ano passado eu explo- di. Depois de um comentá- rio no jantar de família, eu peguei minhas coisas e dis- sequenãovoltariamais lá.” O estudante universitá- rio Erick Ferreira, 27, tam- bém se sentiu obrigado a cortar relações. Identifica- do coma centro-direita, ele diz já ter sido alvo de perse- guição. “Colaram cartazes nos banheiros femininos da universidade com no- mes de homens com quem as mulheres não deveriam se relacionar por questão ideológica. Meu nome es- tava lá por eu ser de cen- tro-direita. Isso fez muita gente se afastar de mim. Já discuti demais. Agora, es- tou cansado “ A pesquisa do Ipsos foi realizada com 19,7 mil en- trevistados entre 16 e 64 anos nos países em que o instituto atua. Os cerca de mil brasileiros são majori- tariamente pessoas de cen- tros urbanos, com salário e nível educacional superior à média nacional. Em outra pergunta feita aos participantes, 40% dos brasileiros disseram que se sentem mais confortáveis junto de pessoas que têm pensamentos similares. O índice é de 42% levando- -se em conta os 27 países. A visão crítica de brasilei- ros a respeito de quempen- sa diferente também foi li- geiramente acima da mé- dia geral quando o assunto foi o futuro do país e as ra- zões de suas escolhas. Pa- ra 31%, aqueles com visão política diferente das suas não ligam de verdade para o futuro do Brasil. ## POLARIZAÇÃO Radicalismo político no Brasil supera média global Levantamento do Instituto Ipsos mostra alto nível de intolerância ## IRÃ Prisão Uma iraniana que ti- rou o hijab para protestar contra a lei que obriga as mulheres a se cobrirem em público foi condena- da a um ano de prisão, anunciou ontem, o ad- vogado dela, Payam De- rafshan. Vida Movahe- di foi presa em outubro, depois de tirar o hijab em uma praça de Teerã, in- formou Derafshan. A jo- vem foi acusada de “fo- mentar a corrupção e a libertinagem”, e conde- nada por um tribunal de Teerã a um ano de prisão nodia 2 demarço.Segun- do o advogado, Vida ma- nifestou sua oposição ao uso obrigatório do hijab pelas mulheres. ## VENEZUELA Bloqueio A emissora estatal ale- mã Deutsche Welle afir- mou ontem que a auto- ridade de transmissões da Venezuela bloqueou seu canal em língua es- panhola de todas as ope- radoras de TV a cabo no país. Contudo, ela se comprometeu a seguir transmitindo seus pro- gramas na internet para a audiência do país sul- -americano em crise. A Alemanha, Estados Uni- dos e amaioria dos países ocidentais consideram a eleição do presidente ve- nezuelano, Nicolás Ma- duro, ilegítima e reco- nheceram como presi- dente interino o líder da oposição, Juan Guaidó. ## EQUADOR Mentiras O governo equatoriano tem difundido mentiras sobre o comportamento de Julian Assange dentro da embaixada do Equa- dor em Londres, afirmou ontem Jennifer Robin- son, uma advogada que representa o fundador do WikiLeaks. Robinson afirmou à emissora Sky News que o Equador tem feito“acusaçõesbastante escandalosas” para justi- ficar que a política britâ- nica entrasse na embai- xada na quinta-feira pa- ra prender Assange. O presidente equatoriano, Lenín Moreno, retirou o asilo político de Assan- ge nesta semana, que foi preso. ## ALEMANHA Bomba Peritos detonaram on- tem,nas águas do rioMe- no, em Frankfurt, na Ale- manha,uma bomba ame- ricana de 250 quilos da II Guerra Mundial, detec- tada na última terça-fei- ra, 8, durante exercícios de mergulho dos bom- beiros. A explosão ori- ginou uma enorme cor- tina de água de mais de 30metros de altura, além de um estrondo, segundo veículos de imprensa lo- cais. Para a detonação, a bomba, que continha 120 quilos de material ex- plosivo, foi levada do lo- cal onde foi encontrada, perto de Alte Brücke, e submersa em águas mais profundas. M undo Franklin de Freitas Apoiadores do PT e do presidente Jair Bolsonaro ## MUDANÇA PSDB pesquisa para buscar novo nome Maior liderança tuca- na hoje, o governador de São Paulo, João Do- ria, disse que o PSDB en- comendou uma pesquisa para avaliar entre outras coisas a possibilidade de uma mudança no nome do partido.  “Nós vamos estudar. Defendo que façamos uma pesquisa a partir de junho. Já está previs- to, inclusive. E que esta ampla pesquisa nacional avalie também o próprio nome do PSDB”, disse Doria, ontem, depois de participar da convenção municipal do PSDB de São Paulo. “Melhor do que o achismo e o per- sonalismo é a pesquisa, ela representa a convic- ção daquilo que emana da opinião pública”, jus- tificou o governador.  A possibilidade de tro- ca do nome de um dos mais tradicionais par- tidos políticos do Bra- sil foi revelada pela Co- luna do Estadão Segun- do Doria, a reavaliação dos rumos do PSDB não representa uma guinada à direita abandonando o legado social-democrata tucano. ## PETROBRAS Bolsonaro visita Mourão e não fala de diesel O presidente Jair Bol- sonaro visitou ontem o vice-presidente Hamil- ton Mourão, no Palácio do Jaburu, residência ofi- cial do vice. Na saída do Palácio da Alvorada, on- de mora, Bolsonaro fez uma parada-relâmpa- go para cumprimentar e tirar fotos com cerca de 20 pessoas que estavam no local, entre turistas e moradores da capital. Jornalistas perguntaram sobre a interferência de- le no reajuste do diesel, ao telefonar para o pre- sidente da Petrobras e pedir o cancelamento do aumento de 5,7%. Ele foi questionado sobre a de- claração do ministro da Economia, Paulo Gue- des, à imprensa, um dia depois desse telefonema, de que era possível “con- sertar” algo que não se- ja “razoável” para a eco- nomia. Bolsonaro entrou no carro novamente e se- guiu sem falar com os re- pórteres. Ainda enquan- to tirava fotos e cum- primentava as pessoas, Bolsonaro ouviu elogios e o comentário de umdos visitantes de que era im- portante reduzir a má- quina do Estado. Curitiba, segunda-feira, 15 de abril de 2019

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