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[email protected] Cidades 3 Curitiba, terça-feira, 7 de julho de 2020 ## TEMPORAL Formação de novo ciclone deixa Defesa Civil em alerta Evento da semana passada provocou estragos em 83 municípios paranaenses Céu escureceu na tarde de ontem, em Curitiba: chuva fraca durante a noite Uma semana depois de um ciclone ex- tratropical atingir o Sul do País e trazer muitos estragos para o Paraná, o Esta- do fica novamente em alerta com a pre - visão de que o mesmo fenômeno se re - pita entre hoje e amanhã. Nos eventos severos da semana passada, 83 municí - pios do Estado registraramestragos e 1,8 milhão de unidades consumidoras foram alternadamente afetadas pelo corte de energia elétrica — 38% do total de uni - dades consumidoras atendidas pela Co- pel. Muitas ficaram dias sem o retorno da energia. Porém, desta vez os transtornos po - dem ser menores, já que o ciclone que se forma no Oceano Atlântico, entre o lito - ral do Rio Grande do Sul e o do Uruguai, é menos intenso, diz o Simepar. “A fren - te fria atinge principalmente a metade Sul do Estado, desde o Litoral até a Re- gião Oeste.Aprevisão para o Paraná é de chuvasmoderadas nessas regiões,acom - panhadas de raios e ventos entre 50 km/h e 60 km/h, talvez algumas rajadas mais fortes, mas sem chegar aos 100 km/h co - mo na semana passada”, explica o mete- orologista do Simepar, Reinaldo Kneib. Passado o temporal, a previsão é de mais frio para o Paraná no fim da sema - na, com possibilidade de geada entre a quinta-feira e a sexta-feira na Região Metropolitana de Curitiba e em outros municípios por onde a frente fria passar. Os ciclones extratropicais são resulta - do de um sistema de baixa pressão at - mosférica que se forma sobre o ocea - no e se aprofunda na superfície. O desta semana vem associado de duas fren - tes: uma fria, que atinge o Estado, e ou - tra quente, que se desloca para o oce - ano. “Esses fenômenos acontecem todo ano e são mais fortes nesta época”, afir - ma Kneib. Estragos De acordo com a Coordenadoria Esta- dual daDefesaCivil,o temporal de sema - na passada afetou aproximadamente 27 mil pessoas em 83 municípios. Uma pes - soamorreu e 11 ficaram feridas. Cerca de 5,3 mil casas foram danificadas e 10 des - truídas. A queda de árvores e postes na rede de energia tambémdeixou cerca 1,8 milhão de pessoas sem luz, além de afe - tar o abastecimento de água. EmCuritiba o balanço da Coordenado- ria Municipal de Proteção e Defesa Civil apontou que foram registradas 632 so - licitações para corte de árvore ou galhos grandes,por toda a cidade,e 77 destelha - mentos no ciclone de semana passada. Guardasmunicipais prestaramo primei- ro atendimento, nas mais diversas regi - ões, e agentes de trânsito ajudaram nas orientações aos motoristas. Franklin de Freitas ## GRUPAMENTOS Curitiba terá comando unificado do Corpo de Bombeiros Nos próximos dias, os atendimentos e a gestão do Corpo de Bombeiros para Curitiba serão incorporados a um mes - mo comando, chefiado pelo tenente-co - ronel Fernando Ferreira Machado. Até agora, a parte sul da cidade era atendida pelo 1º Grupamento dos Bombeiros, en - quanto a região norte ficava a cargo do 7 º Grupamento. A novidade foi comunicada pelo co - mandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, Samuel Prestes, ao prefeito Ra - fael Greca, em reunião na tarde de on - tem,durante aqual o tenente-coronel foi apresentado. “A ideia é melhorar a integração dos bombeiros no processo de emissão ele - trônica de alvarás, com o cancelamento de etapas de burocracia, que também é uma disposição do Governo do Estado”, disse o prefeito. De acordo como coronel Prestes,dessa forma Curitiba consegue padronizar vis - torias, condutas e análise de projetos sob umamesma coordenação, alémde facili - tar o contato para a Defesa Civil do mu - nicípio. Com a mudança, a Região Me - tropolitana terá dois comandos: alémdo já existente em São José dos Pinhais, um novo na cidade de Colombo. ## CORONAVÍRUS Municípios do Litoral devem adotar medidas mais restritivas Os sete municípios que compõem a 1ª Regional de Saúde, do Litoral, tam- bém terão que se adequar às limitações impostas pelo decreto estadual 4942/20 que restringe o funcionamento de ativi - dades econômicas consideradas não es - senciais e a circulação de pessoas em lo - cais públicos por 14 dias para conter o avanço da Covid-19. A determinação consta em um novo decreto assinado pelo governador Car - los Massa Ratinho Junior e vale para Ma - tinhos, Paranaguá, Morretes, Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba e Pontal do Paraná a partir de amanhã. As operações dos portos de Paranaguá e Antonina não serão afetadas. Agorasão141municípiosatingidospor medidas restritivasmais severas no Esta - do. Eles pertencem às regionais de Saú - de de Cascavel, Cianorte, Cornélio Pro - cópio, Região Metropolitana de Curitiba, Londrina,Foz do Iguaçu,Toledo e Litoral. A inclusão das cidades litorâneas le - va em conta um cálculo epidemiológico que considera a taxa de incidência por 100 mil habitantes, o número de mortes pela mesma faixa populacional e a ocu - pação de leitos de UTI nas quatro ma - crorregionais (Leste, Oeste, Norte e Nor Segundo a Secretaria da Saúde, houve aumentode 101%nos casos nos setemu - nicípios nas últimas semanas. COMO AGIR ANTES, DURANTE E APÓS UM TEMPORAL Antes da chuva • Deve-se manter calhas e bueiros limpos para prevenir o risco de entupimento durante o período da chuva • Quando for possível, o ideal é adiar a saída de casa, a pé ou de carro, durante o temporal Durante a chuva • Quem estiver em casa deve retirar aparelhos elétricos da tomada, para evitar risco de curtos-cir- cuito ou até de um princípio de incêndio • Enquanto houver descarga elétrica, a orientação é que se evite o uso de aparelhos como telefone celular (principalmente se conectado à tomada), batedeira, chuveiro e secador • Se a água começar a subir ou entrar dentro de casa, o ideal é colocar os móveis em uma superfí- cie elevada, além de retirar alimentos e documentos das prateleiras mais baixas • Na rua, os motoristas devem redobrar a atenção: os faróis devem ser ligados e a velocidade diminuída • Se perder a visibilidade por causa da chuva, o motorista deve parar o carro no acostamento, evi- tando ficar embaixo de árvores e em postos de gasolina • Em caso de alagamento deve ser observado o nível da água: o limite é no meio da roda do carro. Se aumentar, a pessoa precisa parar o carro assim que possível Após a chuva • Quando a chuva passar, é indicado que o indivíduo faça a limpeza de utensílios, objetos e cômo- dos que tenham entrado em contato com a água. Assim, evita-se doenças • A Defesa Civil orienta que pedestres e motoristas não passem por cima de áreas alagadas • Em uma emergência ou se tiver dúvidas, o cidadão pode ligar para o telefone de emergência 199 da Defesa Civil. Para retirada de árvores da via pública, o contato é a Central 156 de Atendimen- to ao Cidadão

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