BEM
PARANÁ
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Opinião
CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2015
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EMALTA
O projeto que obriga a reserva de
assentos de fácil acesso à
GESTANTE
e
um acompanhante, em cinemas, teatros,
casas de shows e de espetáculos,
recebeu um substitutivo geral. A emenda
fixa em 1% a cota mínima das poltronas
exclusivas. O relator agora emitirá novo
parecer ao projeto.
EMBAIXA
O governo ainda não conseguiu chegar a
um acordo sobre o recolhimento da
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
de
empresas de terceirização, pendente de
votação pela Câmara dos Deputados. No
texto-base do projeto ficou definida a
contribuição para o INSS de 11% sobre o
faturamento.
BLOG DO TUPAN
PSDC
O PSDC pode ter dificuldades de reeleger
os vereadores José Carlos Chicarelli e
Cacá Pereira. O partido empossou um novo
presidente municipal, o ex-presidente da
Femoclan, João Pereira, que tem cargo no
governo do prefeito Gustavo Fruet.
MAIS
METRÓPOLE
Petrobras
A Petrobras assinou ontem contratos para
patrocínio a 11 projetos sociais no estado
do Paraná. As iniciativas foram
contempladas pela seleção pública
Comunidades do Programa Petrobras
Socioambiental.
MAIS
GIRAMUNDO
Dubai
Passear em Dubai é realmente inusitado,
como a porta de entrada nos Emirados
Árabes é quase sempre por Dubai, este
torna-se o ponto de saída dos tours e
visitas em todos os Emirados. Falaremos do
tour a Abu Dhadi mais para frente.
MAIS
Direto do BEM
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Justin Bieber é
“chutado” de festival nos
EUA
5ª temporada
Seriado
Game of Thrones
ultrapassa o livro
Música
Onda de shows em
Curitiba impulsiona
"comércio de rock"
Justiça
Bolsonaro é condenado
em R$ 150 mil por
declarações contra gays
Mercado da bola
Atacante Paulinho pode
retornar ao Paraná Clube
As cinco mais acessadas ontem no site
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Loterias
Mega-Sena promete pagar
R$ 25 milhões no dia de hoje
A Mega-Sena vai sortear, hoje, um prêmio que
pode chegar a R$ 25 milhões ao apostador
que acertar os seis números da sorte. O
concurso 1.695 da modalidade será sorteado
no estúdio de TV em Osasco (SP) e será
transmitido ao vivo pela Rede TV, a partir das
20h25 (horário de Brasília).
Bichos
Macacos de Maringá são
transferidos para Curitiba
Três macacos-prego (
Sapajus nigritus
) do
Parque do Ingá (Maringá), foram transferidos
para o Zoológico de Curitiba. Os animais faziam
parte do acervo da fauna cativa do zoológico
do Parque do Ingá fechado em 2006. Exames
físicos e laboratoriais que comprovaram o bom
estado sanitário desse animais.
Gilmar Mendes Lourenço é economista, professor e editor da Revista Vitrine da
Conjuntura da FAE
Erros privados
Um dos elementos relevantes integrantes do exercício de análise da conjuntura
econômica compreende a identificação das estratégias e táticas empregadas pelos
agentes, visando à manutenção e intensificação dos cenários considerados desejáveis
e a atenuação ou até eliminação dos pontos de perturbação à evolução do ciclo de
negócios. Nessa perspectiva, parece interessante sublinhar a postura absolutamente
equivocada adotada pelas empresas fabricantes de autoveículos atuantes no Brasil.
Em vez de examinar a possibilidade de lançamento de medidas compatíveis com a
nitidez do desenho de uma fase de prolongada estagnação da produção e da comer-
cialização, as companhias começaram a optar pela saída fácil da promoção de reajus-
tes dos preços finais dos produtos.
Tal critério de recomposição de margens revela-se bastante comum em estruturas
de mercado oligopolizadas, nas quais um número reduzido de plantas domina as
cadeias produtivas, sendo menos sensíveis ao uso de modelos de ajuste pela via da
supressão de gorduras ou de ineficiências e mais inclinadas à transferência das pato-
logias microeconômicas ao consumidor final, o que, no ambiente presente, deve agra-
var o distúrbio que se tenciona eliminar.
A reprodução setorial da atual situação de fragilidade do aparelho de transações
no País é evidenciada pela acentuada queda no volume de vendas domésticas, pro-
dução e exportações, no primeiro trimestre de 2015, em cotejo com o intervalo janeiro-
março de 2014, apurada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Auto-
motores (ANFAVEA). A comercialização interna e a produção do ramo encolheram
17% e 16,2%, respectivamente, enquanto as vendas internacionais subiram 6,3%,
influenciadas pela depreciação do real, especialmente no item ônibus (12%). Para
caminhões, constatou-se retração nas vendas domésticas, produção e exportações de
36,6%, 49,3% e 6,7%, respectivamente. Em máquinas agrícolas e rodoviárias, a contra-
ção foi de 20,3%, 22,1% e 27,8%, respectivamente, e o comércio interno e a produção
de ônibus acusaram descida de 24,8% e 12%, respectivamente.
O enfraquecimento da fronteira externa está intimamente ligado à morosa recu-
peração das economias avançadas, depois da instabilidade de 2008, principalmente
em um clima de saturação do mercado de veículos e de declínio das cotações interna-
cionais das commodities, motivado pela desaceleração da demanda chinesa. A de-
pressão interna pode ser imputada à diminuição e o encarecimento dos financiamen-
tos e ao colapso na confiança dos consumidores em relação à economia e à preserva-
ção do emprego e dos níveis de rendimentos, em circunstâncias de exaustão do poder
de endividamento primário, ao lado da substancial diminuição do movimento de
renovação do parque de caminhões e de máquinas e implementos agrícolas, diante
do já mencionado decréscimo das cotações globais das commodities. Daí a marcha de
elevação dos estoques, que saltaram de 329 mil unidades, em fevereiro de 2015, para
360,3 mil, em março de 2015, sendo a situação mais dramática nas concessionárias.
Como consequência, o contingente ocupado no segmento recuou de 155,5 mil
para 140,9 mil, em um ano findo em março de 2015, e projeta-se redução de 10% na
produção de veículos em 2015, em confronto com 2014.
A propósito da compressão do rendimento real e do emprego e da impulsão dos
passivos das famílias, os saques líquidos das cadernetas de poupança totalizaram R$
18,5 bilhões nos primeiros três meses de 2015, o que corresponde a 3,5% do saldo de
31 de dezembro de 2014, configurando a maior retirada em duas décadas. Na verda-
de, um ramo empresarial da relevância da indústria automobilística, por conta de
seus enormes efeitos multiplicadores para frente e para trás no sistema econômico,
deveria priorizar a busca de soluções estruturais para os embaraços denotados, cen-
trada essencialmente na adequação da curva de produtividade, focada na suprema-
cia da eficiência incremental do capital sobre a preferência pela liquidez.
É razoável supor que as organizações estariam compensando as perdas operaci-
onais, por meio de transações de tesouraria, propiciadas por polpudos ganhos obtidos
na aplicação dos excedentes em papéis de dívida emitidos pelo governo e sustenta-
dos pela ciranda financeira. Sem contar a disponibilidade de capital de giro, traduzida
na dilação do prazo de recolhimento do imposto sobre circulação de mercadorias e
serviços (ICMS), concedida por todos os governos estaduais.
Até porque, parece não pairar qualquer dúvida quanto ao erro crasso cometido
pelas companhias, confortavelmente acomodadas sob o manto protetor das benesses
oficiais, ao exagerarem no dimensionamento do potencial de absorção da demanda
interna, caracterizada por enorme concentração de renda e ausência de mecanismos
adequados para o financiamento de longo prazo do consumo de bens duráveis.
A falta do cobertor de inverno, representado pelos favores dos incentivos fiscais
baseados nos cortes das alíquotas do imposto sobre produtos industrializados (IPI),
vigentes entre 2009 e 2014, exigirá a convivência do ramo, por razoável período de
tempo, com um grau de capacidade ociosa não planejada acima de 50% do capital fixo.
Gilmar Mendes Lourenço
Divulgação