BEM
PARANÁ
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Turismo
CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 11 DE FEVEREIRO DE 2016
O samba é
verde e rosa
Estação Primeira de Mangueira garante o campeonato
com enredo em homenagem a Maria Bethânia
Fotos: Bárbara Magalhães
Galã mangueirense Cauã Reymond Raphael Rodrigues (mestre sala) e Squel Jorgea (porta bandeira)
A rainha da bateria Evelyn Bastos: pura sedução
Rodrigo Browne
Não podia ser mais emo-
cionante. No ano do centená-
rio do samba a escola de sam-
ba mais querida do Brasil con-
quista um campeonato dispu-
tado ponto a ponto e consa-
gra-se a grande campeã do
carnaval carioca. Mas não foi
fácil. Num desfile marcado
pelo equilíbrio e por soluções
criativas para driblar a crise a
escola verde-rosa conseguiu
superar concorrentes que dis-
putavam com ela nota a nota
os vários quesitos do carnaval
carioca. Da raça salgueirense
— exaltando a malandragem
carioca — as viagens do geni-
al carnavalesco Paulo Barros
da Portela — ou mesmo a Uni-
dos da Tijuca — única escola
a se destacar no primeiro dia
dos desfiles. Não deu para
ninguém falou mais alto a tra-
dição e (será coincidência?)
um enredo que mais uma vez
destacava o Nordeste, mais
precisamente sobre a sua mai-
or cantora: Maria Bethânia –
a menina dos Olhos de Oyá.
O enredo narrava a traje-
tória de Bethânia desde sua
chegada ao Rio de Janeiro no
aclamado show do Teatro
Opinião quando cantava Car-
cará de João do Vale até os dias
de hoje. Tudo estava lá. O sin-
cretismo religioso que mistu-
ra a fé em Nossa Senhora e os
santos do Candomblé, seus
grandes amigos (estavam to-
dos no desfile) e até referên-
cias as seus grandes sucessos.
Explode Coração!
Num desfile onde muitas
escolas apostavam no luxo das
fantasias e dos carros alegóri-
cos, a Mangueira apostou na...
Mangueira. Cores verde e rosa
pintaram a avenida Marques
de Sapucaí com um samba ar-
rebatador cantado em coro do
início ao fim. No final, ao pas-
sar pelo setor 13 (já próximo
aos arcos da Praça da Apoteo-
se) o público de pé já anunci-
ava: “É campeã”. E como últi-
ma escola a desfilar uma ver-
dadeira multidão de pessoas
celebravam o desfile impecá-
vel, lembrando um samba já
cantado pela baiana: “Atrás da
verde e rosa só não vai quem
já morreu”.
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