BEM
PARANÁ
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Opinião
CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2016
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EMALTA
A USINA DE XISTO
da Petrobras em São
Mateus do Sul não será fechada, garantiu
o ministro de Minas e Energia Eduardo
Braga. Tanto que hoje o governador Beto
Richa entrega a licença ambiental prévia
para ampliação da atividade de
industrialização com pneus usados e
borrachas similares na unidade.
EMBAIXA
As atividades do
SETOR DE SERVIÇOS
continuam em queda. Em todo o país,
em dezembro, o volume de serviços
recuou 5% na comparação com o mesmo
período de 2014, um pouco menos do
que em novembro (6,4%) e outubro
(5,8%). No Paraná a queda ficou em 1,3%
em dezembro.
JOS[E PEDRIALI
Lula não foi. Mas Pixuleco sim
O ex-presidente Lula, a “viva alma mais
honesta deste país”, não compareceu ao
Fórum da Barra Funda para explicar caso
do tríplex do Guarujá, em nome de sua
inefável esposa Marisa. Mas sua presença
foi compensada pelo Pixuleco.
MAIS
COISA DE CINEMA
Deadpool e os uniformes
Em dado momento do filme
Deadpool
,
quando Wade Wilson resolve voltar à ativa
após o experimento que o deixou com
super-poderes, ele usa um uniforme
branco. Depois, muda para o colante
vermelho. Há uma justificativa para isso.
MAIS
COMER E CURTIR
Frutos do mar
Boa notícia: pratos novos em um dos
restaurantes mais bonitos da cidade! O
chef Giuliano Hahn criou uma série de
saborosas novidades para o cardápio do
restaurante Armazém Santo Antônio, já a
partir desta semana.
MAIS
Direto do BEM
PARANÁ.com.br
TOP FIVE
Negócios inovadores
"Kombi do pão" vende
até 300 unidades por dia
Está chegando a hora
Uber confirma chegada
em Curitiba para 2016 e
já procura motoristas
Mercado da bola
Coritiba contrata "de
graça" dois paraguaios
Big Brother Brasil
Curitibano sobrevive ao
paredão do BBB 16
Susto
Motorista fica sem freio e
invade residência no Bom
Retiro
As cinco mais acessadas ontem no site
1
2
3
4
5
Em Goioerê
Polícia Civil apreende geladeira
recheada de celulares e maconha
Uma geladeira recheada com celulares e
maconha foi apreendida na cadeia de
Goioerê, no noroeste do Paraná, na terça-
feira. Os policiais civis desconfiaram da
entrega do refrigerador e, ao abrir o
equipamento encontraram 12 celulares e 300
gramas de maconha.
Plantão 190
Motorista fica sem freio e invade
residência no Bom Retiro
Um homem de 65 anos levou um grande susto
no início da madrugada de ontem ao
perceber que no final da descida da Rua
Isidoro Canestraro, no bairro Bom Retiro, o
seu singelo veículo Laika, da Lada, ficou sem
freio. Ele pulou do veículo em movimento. O
carro acertou uma casa.
João Carlos Frigério
Daniel Medeiros é Doutor em Educação Histórica e professor de História no
Curso Positivo
Uma Base
Nacional Comum
para o aprendizado
de História deveria
começar com esse
balizamento: a
formação da
consciência
histórica por meio
da apreensão,
interpretação e
int
orientação das
narrativas sobre o
passado, voltados
para a constituição
de sentidos para o
presente e para o
futuro.
A consciência histórica, segundo o filósofo Jorn Rusen, articula, fundamen-
talmente, dois elementos: o passado, como experiência, e o presente e o futuro,
como campos de ação orientados por este passado. O aprendizado da História
tem como função ajudar a compreender a realidade passada para agir na reali-
dade do presente. Por isso, a aprendizagemda História é umprocesso de diges-
tão de experiências do tempo em forma de competências narrativas, entenden-
do-se “competência narrativa” como a habilidade para narrar uma história atra-
vés da qual a vida prática recebe uma orientação no tempo.
O que me parece importante ressaltar é que a consciência histórica não se
resume a conhecer o passado. Ela oferece estruturas para que, por meio delas,
o conhecimento histórico tenha o condão de agir como meio de compreensão
do presente e antecipação do futuro. A consciência histórica é, ao mesmo
tempo, o âmbito e o objetivo do aprendizado histórico. Desta forma, apreen-
der as operações mentais mais importantes para a compreensão histórica e,
igualmente, elencar suas funções na vida prática, consiste o que se pode
definir como um aprendizado histórico
satisfatório.
E é essa a preocupação dos currícu-
los? Rusen estabelece três objetivos prio-
ritários que devem conter o ensino de
História e, portanto, a Base Curricular: a
competência perceptiva, a interpretação
e a orientação histórica, formadoras do
que pode ser denominado de “compe-
tência narrativa” e que consiste na “fa-
culdade de representar o passado de
maneira tão clara e descritiva que a atu-
alidade se converta em algo compreensí-
vel e que a própria experiência vital ad-
quire perspectivas de futuro sólidas”. A
competência narrativa que Rusen defen-
de e que deve ser apreendida no apren-
dizado histórico, pode ser decomposta
em uma competência baseada na expe-
riência – a competência perceptiva (a que
permite distinguir com clareza o passa-
do, na sua diferença e distanciamento
do presente); uma competência interpre-
tativa (a que busca conexões de signifi-
cados e sentidos com a realidade pre-
sente) e ainda em uma competência ori-
entativa (a que integra a História interpretada no fluxo da experiência pre-
sente como capaz de orientar as ações do futuro).
Uma Base Nacional Comumpara o aprendizado de História deveria come-
çar com esse balizamento: a formação da consciência histórica por meio da
apreensão, interpretação e orientação das narrativas sobre o passado, volta-
dos para a constituição de sentidos para o presente e para o futuro. Reduzir,
como está sendo feito, a discussão da Base Nacional Comum, a um puxa-
repuxa de conteúdos, períodos históricos e contribuições étnicas é muito pou-
co para o que se pode alcançar com essa mudança. O que é importante, no
Ensino Fundamental e Médio, é que as crianças e os jovens sejam capazes de
compreender e usar os conceitos que compõem as narrativas históricas - Povo,
Estado, Etnia, Economia, Sociedade, Cultura, etc. – e, sendo expostas a estas
narrativas, múltiplas e multiperspectivadas, apresentadas de forma clara e
agradável, desenvolver essa orientação cidadã sobre o presente e futuro.
Como o que se espera é uma contribuição de todos nesse momento de
construção dessa Base Nacional, esta é a minha. Penso que ainda há tempo
para que o olhar sobre essa mudança possa ainda vislumbrar essas preocupa-
ções.
Daniel Medeiros
Base Nacional Comum:
o caso da História