BEM
PARANÁ
10
Consumidor
CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE MAIO DE 2016
ETIQUETAPROFISSIONAL
Adriane Werner |
Adriane Werner. Jornalista, especialista em Planejamento
e Qualidade em Comunicação e Mestre em Administração.
Ministra treinamentos em comunicação com temas
ligados a Oratória, Media Training (Relacionamento com a
Imprensa) e Etiqueta Corporativa.
Marketing pessoal
Em uma sociedade em que as pessoas precisam se
destacar – às vezes até por questão de sobrevivência em
ummercado tão competitivo, muito tem se falado sobre
Marketing Pessoal. O conceito comum é de que devemos
saber mostrar aos nossos pares nosso profissionalismo,
competência e outras qualidades.
De fato, há muitos profissionais
com
excelentes qualidades técnicas e habilidades profissio-
nais específicas que não conseguem se destacar nos
ambientes de trabalho ou sequer conquistam uma boa
colocação profissional porque não conseguem demons-
trar sua competência. Não podemos esperar que o mun-
do nos descubra! Precisamos descobrir as melhores for-
mas de contar aos outros o que podemos fazer e quão
bem podemos desenvolver atividades profissionais em
nossas ocupações.
Porém, muitos estudiosos da questão
,
professores, palestrantes e outros profissionais têm con-
fundido o que seja o Marketing Pessoal. Fazer bem o seu
Marketing Pessoal nada tem a ver com ‘enfeitar’ seu
currículo, colocando habilidades que você não tenha de
fato (a maioria das pessoas que diz ser fluente em in-
glês, por exemplo, não tem a menor desenvoltura com
essa língua), usando fontes exóticas para a escrita ficar
mais chamativa ou mesmo imprimir seu currículo em
folhas coloridas para que ele desperte mais atenção de
quem estiver responsável pela seleção.
Fazer um bom Marketing Pessoal
não
é apenas vestir-se bem, falar de maneira firme e gesticu-
lar com segurança. Tudo isso é importante, mas de nada
vai adiantar se a pessoa for vazia de conteúdo. É como
um produto colocado no mercado: a embalagem é im-
portante, mas o produto precisa ser tambémmuito bom
para ter boa aceitação.
O profissional que faz bem
o seu Marke-
ting Pessoal consegue se sobressair sem humilhar nin-
guém, de maneira discreta e chamando a atenção para
suas reais habilidades e qualidades profissionais. Isso
nada tem a ver com uma prática – errada! – comum no
mercado: salientar as qualidades e esconder as eventu-
ais falhas. Não! As falhas devem ser trabalhadas e colo-
cadas como pontos a serem melhorados em nosso perfil
profissional. Podem ser até admitidas em uma entrevis-
ta de emprego, por exemplo, com dignidade e sem fragi-
lizar a pessoa.
Emresumo, oMarketingPessoal
não vai salvar
um mal profissional, mas a falta dele pode prejudicar
um bom profissional. Pense nisso!
Chumbo em tintas de
uso infantil é avaliado
Marcas analisadas pelo Inmetro apresentaram porcentuais dentro do limite máximo
As tintas de uso infantil,
como têmperas guaches e
aquarelas e pinturas a dedo,
pertencem ao universo lúdico
e são amplamente utilizadas
nas atividades pedagógicas
diárias e emmuitas brincadei-
ras em casa. Elas são produ-
tos hipoalergênicos e atóxicos,
que fazem parte dos kits des-
tinados a crianças em idade
pré-escolar visando principal-
mente o desenvolvimento da
percepção tátil e da coorde-
nação motora.
Visando avaliar se os pro-
dutos do mercado oferecem
algum risco à saúde das cri-
anças, o Programa de Análise
de Produtos do Instituto Na-
cional de Metrologia, Quali-
dade e Tecnologia (Inmetro)
analisou em laboratório a con-
centração de chumbo presen-
te em sete marcas: quatro de
Têmpera Guache (Giotto,
Maped, Maripel e Tris) e três
de pintura a dedo (Acrilex,
Faber-Castell e Tintex). Todas
estavamconformes, dentro do
limite máximo de 0,06% (seis
centésimos por cento), de
chumbo, em peso.
“Uma preocupação cons-
tante com as tintas de uso in-
fantil é a ocorrência de chum-
bo. A presença desse metal
pesado na composição repre-
senta um alto risco à saúde
de seus usuários por envene-
namento. Pode comprometer
o aprendizado, causar hiper-
tensão e até convulsões. Os
resultados revelaramuma ten-
dência de conformidade, con-
forme determina a Lei 11.762/
2008”, diz Isabela Alves, res-
ponsável pela Análise.
O estudo é fruto de um
acordo estabelecido com o
Ministério do Meio Ambiente
(MMA). As análises realiza-
das estão em harmonia com a
Aliança Global para a Elimi-
nação da Tinta com Chumbo
(GAELP), uma iniciativa da
OrganizaçãoMundial da Saú-
de (OMS) e do Programa das
Nações Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA), cujo ob-
jetivo é evitar a exposição de
crianças a tintas contendo
chumbo e minimizar a expo-
sição de pintores e outros usu-
ários a este produto.
O propósito é reduzir
progressivamente a produ-
ção e venda de tintas que
contêm chumbo e, finalmen-
te, eliminar os riscos de con-
taminação por esse tipo de
metal pesado.
De acordo com o Censo
Escolar realizado pelo Institu-
to Nacional de Estudos e Pes-
quisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), autarquia fe-
deral vinculada ao Ministério
da Educação, no ano de 2013,
mais de 4,8 milhões de crian-
ças foram matriculadas na
Pré-Escola em todo território
nacional, considerando vagas
oferecidas no sistema público
e privado. Em 2015, só na rede
pública foram matriculadas
aproximadamente 3,7 mi-
lhões de crianças.
No Brasil, em 2015, só na rede pública foram matriculadas 3,7 milhões de crianças na educação infantil
Selogarantequalidadedematerial escolar
De acordo com a legisla-
ção brasileira, são considera-
dos artigos escolares qualquer
objeto ou material com moti-
vos ou personagens infantis
utilizados em ambiente esco-
lar e/ou atividades educativas,
com ou sem funcionalidade
lúdica, por crianças menores
de 14 anos.
Ao adquirir materiais es-
colares, sempre opte por pro-
dutos certificados. Eles trazem
o selo de identificação da con-
formidade do Inmetro, que
deve ser afixado na embala-
gem do produto, que indica
que o mesmo foi submetido a
ensaios que avaliaram se ele
oferece riscos à segurança e à
saúde do consumidor/usuário.
Se o produto for um tipo de
material vendido a granel,
como por exemplo, lápis e ca-
netas, a embalagem deve es-
tar próxima ao produto aon-
de ele é exposto para que o
consumidor identifique o selo
corretamente.
A certificação compulsória
tem como objetivo principal
evitar acidentes que possam
colocar em risco a saúde e a
segurança das crianças que
utilizam estes produtos. São
produtos certificados como
material escolar: apontador,
borracha e ponteira de borra-
cha, caneta esferográfica/rol-
ler/gel, caneta hidrográfica
(hidrocor), giz de cera, lápis
(preto ou grafite), lápis de cor,
lapiseira, marcador de texto;
cola (líquida ou sólida), corre-
tor adesivo, corretor em tinta,
compasso, curva francesa, es-
quadro, normógrafo, régua,
transferidor, estojo, massa de
modelar, massa plástica, me-
rendeira/lancheira com ou
sem seus acessórios, pasta
com aba elástica, tesoura de
ponta redonda e tinta (gua-
che, nanquim, pintura a dedo
plástica, aquarela).
O consumidor que encon-
trar irregularidades durante a
compra desses produtos pode
denunciar à Ouvidoria do In-
metro: 0800 285 1818.
Arquivo BP