Jornal Bem Paraná - page 19

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA,
2 DE MAIO DE 2016
Diversão
&Arte
BEM
PARANÁ
Universo
Casuo traz o
circo lúdico
a Curitiba
Programe-se
Luiz Carlos Merten
Paulo Gustavo chega cedi-
nho ao set. Maquia-se e fica o
dia inteiro vestido de mulher,
encarnando a persona ‘Dona
Hermínia’. É surreal. Você não
sabe se fala comele/ela nomas-
culino/feminino. PauloGustavo
recebe o repórter no trailer.
"Aqui é mais freisssco", e carre-
ga nos esses. É a terceira sema-
nade filmagemde
MinhaMãe É
Uma Peça 2
. Aequipe está termi-
nando a filmagem no estúdio,
emCuricica. Nesta quinta (21),
e o dia já passou, filma no aero-
porto do Galeão. Você se lem-
brado fimdo1. DonaHermínia
vira estrela de televisão. No 2,
ela está rica, mora num aparta-
mento de luxo — em Niterói,
de frente para o mar. Chega a
irmã descolada de Nova York.
Entra em cena Patrícia Travas-
sos. "Patrícia está sendoumpre-
sentão para mim. É como um
irmã de verdade."
A cena filmada mostra Lú-
ciaHelena/Patrícia chegandona
casa da irmã. Prim-prim— é a
campainha tocando. Dona
Hermínia atende, a irmã entra
feito um furacão. "Que mala é
essa?" Enão adiantaDonaHer-
mínia querer tirar o corpo fora.
LúciaHelena para ficar Odire-
tor César Rodrigues filma em
plano único. As ‘crianças’ —
Marcelina e Juliano — veem a
tia e saltam sobre ela. "Nova-
iorquina!Nova-iorquina!" Festa
Filme
MinhaMãe ÉUma Peça
2
sai emdezembro
Desde que o 1 fez 4,5 milhões de espectadores, o mercado pedia pedia o segundo filme da série
familiar, exceto pela cara em-
burrada de Dona Hermínia.
"Não seja chata, mãe", diz a fi-
lha.Césarmudaoângulo,ofoco.
Manda um recado. "Isso aqui é
cinema, não é TV." É a crítica
mais frequente feita às comé-
dias que viraram blockbusters
do cinema brasileiro. São tele-
visivas. "Aqui, não", ele anun-
cia. A decupagem é de cinema.
Iafa Britz está de novo no
comando da produção. Desde
que o 1 fez 4,5 milhões de es-
pectadores, o mercado pedia
MinhaMãeÉUmaPeça2
."Agente
sempre falou da sequência,
mas o filme só começou a an-
dar no ano passado, quando
Paulo e Fil Braz tiverama ideia
para o roteiro. E tivemos de ar-
mar uma logística infernal para
filmar emquatro semanas cra-
vadas porque esse cara (Pau-
lo) tem uma agenda lotadíssi-
ma. Está sempre gravando os
programas de TV, viajando
pelo Brasil com as peças. Mas
é sempre um prazer trabalhar
com o Paulo. O set é essa ale-
gria que você está vendo."
Com o fone de ouvido, o re-
pórter flagra uma conversa
íntima de Paulo e Patrícia du-
rante o ‘break’, enquanto es-
perampela próxima rodagem.
Lamentamcomo é difícil a vida
de celebridade. Para ‘ficar ’,
então... Tem sempre um fotó-
grafo ou repórter chato atrás.
Saudades do tempo em que o
chuchu abundava na serra.
Não deixa de ser uma con-
tradição, em termos—embora
o clima seja descontraído, o
ambiente é de muita concen-
tração. Todomundo—artistas
e técnicos—dá omelhor de si.
"A gente faz comédia com se-
riedade", comenta o diretor.
César Rodrigues fez a versão
Sua mãe, todo mundo co-
nhece, até pela peça e pelo fil-
me. Mas e seu pai, qual a im-
portância dele em sua vida?
Paulo Gustavo —
Minha
mãe, todomundo sabe. Trans-
formei numa personagemque
interpreto. Criei-me nessa
casa de mulheres. Mãe, tias.
Meu pai não tem nada a ver
como do filme (Herson Capri,
sempre às voltas com peri-
guetes). Eles se separaram,
mas permaneceram muito li-
gados. Inclusive, minha mãe
sempre foi amiga da mulher
dele. E a verdade é que meu
pai foi fundamental para
mim. Ele era funcionário, um
brasileirado
HighSchoolMusical
,
que era muito cuidada — em
termos de produção—, mas foi
um fiasco de bilheteria.
‘Cesinha’, como o chama
Paulo Gustavo, fica lisonjea-
do por ter sido convidado
para dirigir
Minha Mãe 2
, mas
percebe o que não deixa de
ser uma armadilha. "O 1 foi
aquele estouro. Se o 2 for
bem, o mérito é do Paulo. Se
não for — toc-toc, cadê uma
madeira para bater? —, de
quem é a culpa? Do César."
Mas não há por que duvidar
que o 2 vá repetir o êxito. Pa-
trícia Travassos fala de Lúcia
Helena. "AHermínia parou no
tempo, a outra irmã, mais ain-
da. Aí chego eu de Nova York,
do centro do mundo, cheia de
modismos. Minha persona-
gem chega para sacudir." Pelo
que o repórter viu filmar, é
muito engraçada. A grande
novidade — Paulo Gustavo
criou uma distribuidora para
distribuir seus filmes. "Mas
vou distribuir só os meus",
avisa.
Minha Mãe É Uma Peça 2
está apontado para estrear na
última quinta-feira do ano, 29
de dezembro. A ideia é que
seja o blockbuster nacional de
janeiro de 2017.
Paulo Gustavo conversa
com o repórter em seu trailer
nosetde
MinhaMãeéUmaPeça2
.
Trailer? O homem é um astro,
mas para toda a equipe é só o
Paulo, um amor de pessoa.
caramuito regrado, cumpridor
de horários, provedor da fa-
mília. Mas ele, e é uma coisa
incrível, conversava cinco mi-
nutos com uma pessoa e já
percebia o que a diferenciava.
Com isso, era um imitador
genial. Meu pai fazia a gente
rir muito com suas imitações.
Acho que minha vontade de
fazer humor vem dele.
Ofilme troca de diretor em
relação ao 1. Oque muda com
o César Rodrigues?
Gustavo —
Ohumor con-
tinua familiar e o César tem
essa coisa boa, que é o olho de
cinema. No
Vai Que Cola - OFil-
me
, ele já criou outro produto,
diferente da TV. Aqui, sinto
que está mudando bastante.
O timing, a decupagem (os
planos). Mas na essência con-
tinua a ser Dona Hermínia, os
filhos e a irmã, que vem ba-
gunçar ainda mais a já bagun-
çada vida da família. Acho que
é o que explica o sucesso. Fa-
mília todo mundo tem, todo
mundo ama e odeia. E o filme
é sobre isso.
Como você escreve o rotei-
ro comFil Braz?
Gustavo —
O Fil não é só
roteirista. O Fil me completa.
Mesmo na TV, onde tenho
uma equipe incrível de rotei-
ristas, o Fil chega para colocar
o texto final na minha embo-
cadura. A gente se cobrava
essa sequência, mas não en-
carava de fato. Quando a Iafa
ameaçou nos matar, a nova
trama saiu rapidinha. Daí foi
só escrever.
Você está criando uma dis-
tribuidora só para colocar
Mi-
nha Mãe É Uma Peça 2
nas sa-
las. Não ficou satisfeito com a
Paris/Downtown, que distri-
buíram
Minha Mãe É Uma
Peça
?
Gustavo —
Não é isso, e
tanto que a distribuição do fil-
me vai ser uma parceria da
distribuidora que estou crian-
do, a Diamond Back, com a
Paris e a Downtown. A pro-
dução é da Migdal de Iafa
Britz, parceiraça desde o pri-
meiro filme. Mas a verdade é
que senti a necessidade de
uma distribuidora só para cui-
dar dos meus filmes. Não é
uma distribuidora tradicional.
Não vou distribuir os filmes
dos outros. Só os meus. São
filmes grandes, que têm essa
vocação de mercado. A Dia-
mond vai cuidar deles. O nó
do cinema é sempre a distri-
buição. Voume sentir mais ga-
rantido assim.
“Família todo mundo ama e odeia”
Divulgação
A grande novidade é que Paulo Gustavo criou uma distribuidora para seus filmes
Após o sucesso no
ano passado, retorna a
Curitiba, no mês que
vem,o
UniversoCasuo
,cri-
ado há cinco anos por
Marcos Casuo, que foi
protagonista do espetá-
culo Alegria, do Cirque
Du Soleil. Assistido por
mais de 2 milhões de
pessoas em todo o Bra-
sil, a montagem une
acrobacia, dança, circo,
música ao vivo, poesia
clown e muitos efeitos
especiais. Com realiza-
ção da Prime, o espetá-
culo fará única apresen-
tação no próximo dia 06
de maio, no Teatro Posi-
tivo – Grande Auditório
(R: Pedro Viriato Parigot
de Souza, 5.300) às
21h15. A história acom-
panha um universo pa-
ralelo, o
Universo Casuo
,
lugar mágico onde tudo
é possível.
O palhaço mais co-
nhecido no mundo en-
canta com o show que
reúne uma combinação
emocionante de artes
acrobáticas, humor, po-
esia, design extravagan-
te e uma trilha musical
criada por Charlie Den-
nard—músico, compo-
sitor e band líder do fa-
moso circo canadense,
especialmente para o
Universo Casuo: “Um
espetáculo de qualida-
de, commuito conforto,
tecnologia, arte compo-
esia, música ao vivo e
respeito aos espectado-
res, como ocorre nos
grandes circos interna-
cionais”, revela Marcos
Casuo.
O
Universo Casuo
uti-
liza a mesma forma lú-
dica que os circos inter-
nacionais, artistas de al-
tíssimo nível como equi-
libristas, malabaristas,
músicos, performances
e a poesia do Clown res-
ponsável pelo enredo
da história.
Os ingressos já estão
disponíveis e variam de
R$66,00 (meia-entrada)
a R$186,00 (inteira), de
acordo com o setor.
MAIS
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