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BEM
PARANÁ
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Política
CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2015
MUNDO
Confronto
Líbano
Ativistas do
Comitê de Cordenação Lo-
cal e do Centro de Mídia
de Alepo, cidade no norte
da Síria, afirmaram que
ocorrem intensos confron-
tos na cidade após militan-
tes islâmicos da oposição
atacaremumbairro empo-
der do governo, Zahra,
ocupando diversos prédi-
os. Os militantes iniciaram
uma série de ataques em
Alepo desde a semana pas-
sada, ocupando o Centro
de Pesquisa Científica, que
era usado como base mili-
tar. O Observatório de Di-
reitos Humanos na Síria,
afirmou que o ataque em
Zahra começou na segun-
da-feira de noite, com uma
grande explosão que ma-
tou soldados e ativistas
pró-governo.
Papa
Equador
O Papa
Francisco pediu para um
público de mais de ummi-
lhão de pessoas em Quito,
no Equador, para canalizar
a mesma urgência que le-
vou a América Latina à in-
dependência na fé em um
continente no qual o cato-
licismo perde espaço para
os movimentos evangéli-
cos. O Papa falou para o
público no Parque Bicente-
nário de Quito, capital do
país, estimado pelo minis-
tério do Interior emmais de
ummilhão de pessoas, que
emummundodivididopor
guerras, violência e indivi-
dualismo, os católicos de-
vem ser os “construtores da
unidade”, juntando as es-
peranças de seus seguido-
res. O papa segue para o
Paraguai e Bolívia.
Grécia e credores
negociam novo acordo
França
A Grécia e seus credores avaliam um acordo de
curto prazo para a situação financeira grega que pode ser fe-
chado até domingo, de acordo com uma graduada fonte do
governo da França. Em troca pela ajuda, Atenas aprovaria pelo
menos algumas das medidas econômicas rejeitadas pelos elei-
tores gregos no plebiscito do último domingo. A França, que
tem sido a principal aliada da Grécia na zona do euro, pressi-
ona por um acordo no qual Atenas aceita e aprova medidas
orçamentárias, com mudanças limitadas em comparação às
que estavam no plano rejeitado pelos eleitores gregos. A Gré-
cia então receberia financiamento imediato e a perspectiva de
uma futura reestruturação de sua dívida, afirmou a fonte fran-
cesa. “Na prática, nada mudou” após o plebiscito, disse a auto-
ridade da França, acrescentando que os líderes da zona do
euro podem se reunir novamente no domingo para tentar fe-
char os detalhes do acordo. A fonte francesa afirmou que,
assim que a Grécia conseguir financiamento imediato, os dois
lados negociariam um acordo de dois a três anos, que envolve-
ria um corte nos juros e a ampliação nos vencimentos da dívi-
da grega. Atenas então aprovaria mais medidas de longo pra-
zo, como a liberalização do setor de serviços.
Trégua
Cuba
Cuba e Norue-
ga, que ajudam nas nego-
ciações de paz na Colôm-
bia, pediram ao governo e
as Forças Armadas Revolu-
cionárias da Colômbia
(Farc) que cessem com as
hostilidades para fazer
com que um acordo de paz
prossiga entre as partes. Os
dois paíseram afirmaram
em um comunicado con-
junto que o governo da
Colômbia e as Farc devem
limitar ao máximo os atos
violentos e tentar recons-
truir a confiança. O comu-
nicado ocorreu após inten-
sos ataques de ambos la-
dos, o que pode colocar o
futuro das negociações em
risco. Desde a violação do
cessar-fogo em maio, ao
menos 30 rebeldes e 10 mi-
litares morreram.
Número 2
Afeganistão
OServi-
ço de Inteligência do Afe-
ganistão informou que o
número dois entre os mili-
tantes leais ao grupo extre-
mista Estado Islâmico foi
morto emum ataque aéreo
ontem. Abdul Hassib Sedi-
qi, porta-voz do Serviço de
Segurança Nacional, disse
Gul Zaman e outros seis
militantes foram mortos
em um ataque na manhã
de ontem no distrito de
Achin, na província orien-
tal de Nangarhar. Sediqi
não disse quem realizou o
ataque. O governo disse
que o Estado Islâmico, en-
raizado no Iraque e na Sí-
ria, está tem feito invasões
no Afeganistão e está ativa
empelomenos três provín-
cias. O Taleban têm alerta-
do o grupo a ficar de fora.
Josianne Ritz | Com a colaboração dos editores do BEMPARANA |
Após reunião no gabinete
da vice-presidência da Repú-
blica, líderes e dirigentes de
partidos da base aliada assi-
naram nota na qual manifes-
tam apoio à presidente Dilma
Rousseff e ao vice-presidente
Michel Temer. Pedem “com-
promisso coma legalidade de-
mocrática” e se dizem “con-
victos” de que os argumentos
sobre a legalidade das contas
do governo da petista referen-
tes a 2014 “serão acolhidos”
pelo Tribunal de Contas da
União (TCU).
“Fizemos manifestação ex-
plícita, assinada por todos os
líderes presentes e presiden-
tes de partidos, em defesa da
legalidade, da vontade popu-
lar e, evidentemente, dos
mandatos da presidente Dil-
ma e do vice-presidenteMichel
Temer”, disse o líder do gover-
no na Câmara dos Deputados,
José Guimarães (PT-CE).
Na avaliação do presiden-
te nacional do PT, Rui Falcão,
a nota reafirma o apoio da
base a Dilma, a Temer e ao
“respeito inarredável à Cons-
tituição, à vontade popular
manifestada nas urnas e ao
compromisso com a legalida-
de democrática”. “Não há cri-
se política nenhuma, as insti-
tuições estão funcionando re-
gularmente”, comentou Fal-
Aliadossaememdefesa
dapresidente Dilma
Partidos da base governista divulgam nota rechaçando ameaças de impeachment
cão, ao deixar o gabinete do
vice-presidente.
O documento foi referen-
dado por representantes do
PT, PMDB, PDT, PROS, PRB,
PCdoB, PR e PSD. Omanifes-
to de apoio a Dilma e a Temer
foi divulgado no dia seguinte
a uma reunião realizada no
Palácio da Alvorada na qual
os ministros Luís Inácio Ada-
ms (Advocacia-Geral da
União) e Nelson Barbosa (Pla-
nejamento) fizeram uma de-
fesa prévia das contas do go-
verno do ano passado, que
corremo risco de serem repro-
vadas pelo TCU. Auxiliares de
Rui Falcão: presidente nacional do PT diz que “não há crise política nenhuma”
José Cruz/Agência Brasil
Dilma temem que uma even-
tual rejeição do balanço possa
desencadear a abertura de um
processo de impeachment no
Congresso.
“Há tudo para que os ar-
gumentos (do governo) sejam
acolhidos”, reforçou Falcão.
Além do mais, no final de se-
mana, o PSDB encampou a
tese de que o mandato de Dil-
ma deve ser encurtado e no-
vas eleições realizadas antes
de 2018.
“É uma tentativa de for-
talecer o projeto. A nota é para
responder para a sociedade:
a base não vai pactuar nem
vacilar na defesa da democra-
cia. Aécio (Neves, presidente
do PSDB) é o porta-voz do
golpe, tem se caracterizado
como o porta-voz do golpe.
Deveria pelo menos honrar a
história do seu avô”, rebateu
Guimarães.
O aumento da pressão em
direção a um eventual proces-
so de impeachment contra
Dilmamotivou uma reação do
governo. Na nota divulgada
hoje, as legendas da base tam-
bém saúdam a edição da Me-
dida Provisória que criou o
Programa de Proteção ao Em-
prego (PPE).
O PSDB procurou os
grupos que organizam os
atos contra a presidente
Dilma Rousseff em busca
de apoio para sua propos-
ta de pressionar o Tribunal
Superior Eleitoral pela rea-
lização de novas eleições.
Os tucanos querem levar
essa bandeira para as ruas
nas manifestações marca-
das para 16 de agosto pró-
ximo.
A ideia de se aproximar
dos grupos foi discutida
pela cúpula tucana emBra-
sília no domingo, 5, e re-
verberada na 12.ª Conven-
ção Nacional do PSDB, no
mesmo dia. No evento, tu-
canos evitaram falar em
impeachment e apostaram
em novas eleições antes de
2018.
O líder no movimento
VemPra Rua, Rogério Che-
quer, afirma que o grupo
“está indo na direção” de
incluir o TSE entre os mo-
tes do ato de 16 de agosto
e o pedido de novas elei-
ções. “Será uma das ban-
deiras que vamos carregar.
Isso está dentro das nos-
sas demandas.”
A porta-voz da Aliança
, Carla Zambelli, disse que
os ativistas estão “aventan-
do” a possibilidade de, no
dia 16, adotar a bandeira
das novas eleições. “Mas
não deixaremos de falar
em impeachment.” Um
dos grupos quer que o
PSDB abrace a causa do
impeachment.
Mobilização
PSDB quer
apoio das ruas
O presidente nacional
do PSDB, o senador Aécio
Neves (MG), disse ontem
que o discurso do golpe as-
sumido pela presidente
Dilma Rousseff e outros
petistas frente à ofensiva
da oposição é uma estraté-
gia para “constranger ” a
ação das instituições e da
imprensa. “O discurso gol-
pista do PT tem claramen-
te o objetivo de constran-
ger e inibir instituições le-
gítimas, que cumpremple-
namente seu papel”, afir-
mou.
Segundo ele, o PT clas-
sifica como “golpe” as de-
núncias que estão sendo
apuradas pelo Tribunal de
Contas da União (TCU) e
pelo Tribunal Superior Elei-
toral (TSE), assim como as
investigações em curso
pela Polícia Federal e o Mi-
nistério Público. “Tudo que
contraria o PT, e os interes-
ses do PT, é golpe”, afir-
mou. Em entrevista publi-
cada ontem pelo jornal
Fo-
lha de S.Paulo
,Dilma lembrou
a época que foi torturada
na ditadura e afirmou que
não iria “cair”.
A principal aposta é
cassar a chapa dela e do
seu vice-presidente Michel
Temer no Tribunal Superi-
or Eleitoral (TSE) no pro-
cesso que investiga a sus-
peita de financiamento ile-
gal da dupla em razão da
Operação Lava Jato, com
recursos de propina paga
por empreiteiras.
Oposição
Aécio nega
tentativa de golpe
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