Silvio Rauth Filho
O Coritiba enfrenta uma
crise dentro e fora de campo. E
hoje às 19h30, no Couto Perei-
ra, o time enfrenta a Ponte Pre-
ta, pela 12ª rodada do Brasilei-
rão. Dentro de campo, a tur-
bulência é pelos recentes re-
sultados negativos. O empate
em casa como lanterna Joinvi-
lle provocou a ira da torcida,
que xingou e vaiou a equipe.
Além de estar em penúltimo
lugar, oCoxa enfrenta também
Emmeio a crises, Coxa
enfrenta a Ponte Preta
No campo, time paranaense é o vice-lanterna. Fora, vive problemas na diretoria
uma lista de desfalques.
Fora de campo, a crise é
política. Ernesto Pedroso dei-
xou a vice-presidência de fu-
tebol e escancarou as diver-
gências e as vaidades dentro
do clube (ver ao lado). Em
maio, outro vice (Ricardo
Guerra) já havia abandonado
clube e dois profissionais do
futebol pediram demissão (o
supervisor Maurício Cardoso
e o CEO João Paulo Medina).
Jogadores do atual elenco
e o técnico Ney Franco foram
contratados por Pedroso. O
desafio doCoritiba agora é não
permitir que a turbulência
política chegue ao campo.
Fora isso, Ney Franco já
tem seus desafios. Seguem
em recuperação e não jogam
hoje o lateral-esquerdo Carli-
nhos, os volantes Cáceres e
Rosinei, o meia Ruy e o ata-
cante Kleber Gladiador. Os
desfalques de última hora são
o volante João Paulo e o za-
gueiro Bonfim, que sofreram
lesões no treino de ontem.
Bacellar: sem dar detalhes sobre os motivos da renúncia de Ernesto Pedroso
Franklin de Freitas
BEM
PARANÁ
12
Esportes
CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2015
O presidente do Coriti-
ba, Rogério Portugal Bacellar,
divulgou nota oficial ontem
falando sobre a saída do vice-
presidente Ernesto Pedroso.
No texto, ele fez agradeci-
mentos e comentários sobre
a situação do clube, mas não
deu detalhes sobre os moti-
vos da renúncia de Pedroso.
“Lamento sua saída
(de
Pedroso)
, agradeço seu empe-
nho e seu trabalho nesses
meses, mas, temos que olhar
para frente em busca de um
futuro cada vez melhor para
a Instituição”, disse.
Bacellar reclamou de dí-
vidas. “Completamos, recen-
Em nota, presidente
reclama de dívidas
CURITIBA
CORITIBA
Árbitro: Péricles Bassols
Pegado Cortez (RJ)
Local: Estádio Couto
Pereira, em Curitiba (PR)
Wilson; Rodrigo
Ramos, Luccas Claro, Leandro
Silva e Henrique; Helder, Lúcio
Flavio, Thiago Galhardo,
Esquerdinha e Marcos Aurélio;
Rafhael Lucas. Técnico: Ney
Franco.
PONTEPRETA
Marcelo Lomba;
Rodinei, Renato Chaves,
Pablo e Gilson; Fernando Bob,
Juninho e Renato Cajá; Felipe
Azevedo, Biro Biro e Diego
Oliveira. Técnico: Guto
Ferreira.
As boas notícias para Ney
Franco são as voltas do zaguei-
ro Luccas Claro, que cumpriu
suspensão na última rodada,
e do volante Hélder, recupe-
rado de lesão.
Adversário—
APonte Pre-
ta terá a volta de quatro joga-
dores para a partida de hoje:
Fernando Bob, Renato Cajá,
Biro Biro eDiegoOliveira. Cajá
e Bob estavam suspensos na
última rodada. O time vemde
três derrotas nos últimos qua-
tro jogos.
Clube vende Ederson e acumula R$ 75 milhões em negociações
Silvio Rauth Filho
O Atlético Paranaense já
arrecadou R$ 75 milhões com
a venda de jogadores nos úl-
timos meses. Ontem, foi a vez
do atacante Ederson ser ne-
gociado com o Kashiwa Rey-
sol, do Japão. Os valores não
foram divulgados, mas espe-
cula-se que o clube japonês
pagou cerca de 3 milhões de
euros (equivalente a R$ 10 mi-
lhões). Ele assinou contrato de
três anos com o Kashiwa.
No final de 2014, o Atléti-
co vendeu os atacantes Mar-
celo e Douglas Coutinho para
o Doyen Group. Coutinho
teve 70% dos direitos econô-
micos vendidos por R$ 14 mi-
lhões. O grupo decidiu man-
tê-lo no Atlético, por enquan-
to. Marcelo teve 50% dos di-
reitos econômicos adquiridos
por R$ 16,5 milhões. ODoyen
preferiu emprestá-lo para o
Flamengo.
A venda do meia Nathan
para o Chelsea (Inglaterra)
rendeu R$ 22 milhões ao Atlé-
tico. Para ganhar experiência,
o jogador foi emprestado ao
Vitesse, da Holanda.
O centroavante Fernan-
dão, que jogou a Série B de
2012 pelo Atlético, estava em-
prestado ao Bursaspor, da Tur-
quia, onde teve uma tempo-
rada espetacular. O Fener-
bahçe, também da Turquia,
decidiu comprar o jogador por
R$ 12 milhões.
Ederson —
De 2014 até
junho de 2015, Ederson, 26
Atlético
NAARENA
Técnico uruguaio diz que foi procurado
pelo clube paranaense
O técnico do Barcelona de Guayaquil (Equador), o
uruguaio Guillermo Almada, afirmou que recebeu uma
proposta para comandar o Atlético. A oferta foi feita
há quatro dias, segundo ele. A revelação ocorreu em
entrevista à rádio La Prensa Sport, do Equador. “Há
quatro dias tive uma proposta do Atlético
Paranaense, os dirigentes já sabem, mas estamos
comprometidos com o Barcelona”, afirmou Almada. O
Barcelona não decolou nas mãos de Guillermo
Almada. O time está em 4º lugar no campeonato
nacional, atrás de LDU, Independiente e Emelec. A
contratação de Almada seria para o sub-23 do
Atlético. Mas o clube paranaense acabou acertando
com o português Sérgio Vieira para essa função.
anos, estava emprestado para
o Al-Wasl, dos Emirados Ára-
bes Unidos. Ele retornou aos
treinos no CAT do Caju, em
Curitiba, há duas semanas.
Ederson tinha contrato com o
Atlético até dezembro de 2017.
Revelado nas categorias
de base do clube paranaense,
o atacante andou pelo fute-
bol do Nordeste e voltou à
Baixada. Foi artilheiro do Bra-
sileirão de 2013, com 21 gols.
Para a posição de centroa-
vente, o Atlético conta apenas
com dois especialistas Cléo e
Walter. Outros atacantes tam-
bémpodemjogar improvisados
pelocentro:Dellatorre,Douglas
Coutinho, Edigar Junio e Ytalo.
Valquir Aureliano
Marcelo: no Flamengo
temente, seis meses de ges-
tão, que representam 1/6 do
nosso mandato. Talvez, seja
esse operíodomais difícil. As-
sumimos o Coritiba em crise
administrativa, salários atra-
sados, ações de cobranças na
justiça, dívidas diversas, elen-
co inchado, salários altos e a
falta de transparência na con-
dução do clube”, afirmou.
Alex —
Bacellar revelou
queAlex será convidado para
atuar como dirigente no de-
partamentode futebol do clu-
be. Formadonas categorias de
base do Coxa, Alex se apo-
sentou emdezembro de 2014
e é comentarista da ESPN.
Ernesto Pedroso deixou
a vice-presidência de fute-
bol do Coritiba na segunda-
feira. Ontem, ele explicou
que pediu a renúncia ao sa-
ber que havia ummovimen-
to no Conselho Deliberativo
para exigir a saída dele. Mas
não deu nomes ao que cha-
mou de “cobras”.
“Entreguei minha carta
de renúncia ao presidente
(Rogério Portugal Bacellar)
e ele
aceitou passivamente”, dis-
se ontem à rádio Transamé-
rica. Opresidente não pediu
que Pedroso ficasse, segun-
do o ex-vice presidente. “Isso
me deixou chateado. Nem
houve discussão”, afirmou.
Pedroso afirmouque con-
selheiros estão interferindo
demais na gestão do clube e
declarouqueRogérioPortugal
Bacellar não tem exercido o
papel de um líder presidenci-
Pedroso não dá nome às “cobras”
alista. Tambémcomentouque
deixar o clube não é um ato
de covardia. “É difícil convi-
ver como travesseiro carrega-
do de cobras”, justificou.
Perguntado sobre quem
seriam essa pessoas que
complicam a política interna
do Coritiba, Pedroso preferiu
não citar nomes. Mas fez
mais críticas. “Têm pessoas
comoutros interesses dentro
do Coritiba”, declarou.
O ex-vice explicou como
funcionou o futebol em2015.
“Todas as contratações foram
decididas emcolegiado, tive-
ram a anuência do presiden-
te e da comissão técnica”, afir-
mou. “Montamos um time
barato para o Paranaense.
Decidimos arriscar com esse
mesmo time para o Brasileiro
e não deu certo. Então deci-
dimos montar uma equipe
mais competitiva”.