BEM
PARANÁ
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Opinião
CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2015
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EMALTA
A
TIM
assumiu a liderança na cobertura
4G no Brasil, em municípios cobertos. A
operadora atingiu, em setembro de 2015,
um total de 265 cidades com cobertura
de internet móvel de quarta geração no
país e projeta ultrapassar a marca de 400
até o final deste ano, atingindo uma
população de 100 milhões de habitantes.
EMBAIXA
A queda no preço internacional do
petróleo deverá reduzir pela metade a
expectativa de arrecadação que o
governo tinha com o
FUNDO DE
EDUCAÇÃO
, afirmou ontem o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante. A médio
prazo, no entanto, espera-se que a
arrecadação retorne ao planejado.
MALUCO BELEZA
Licença-maternidade
Independente da personalidade das mães,
a licença maternidade tem início e fim.
Apesar de muitas vantagens observadas
quando a mãe permanece mais tempo com
seu bebê, existem outras relacionadas à
convivência do pequeno em escolas.
MAIS
COMER E CURTIR
Dia de los muertos
Uma das mais marcantes tradições
mexicanas, o Día De Los Muertos terá uma
celebração especial no Taco El Pancho
neste final de semana, com três noites de
festa, de sexta-feira (30/10) a domingo. A
casa ganha decoração temática.
MAIS
COISA DE CINEMA
Spielberg x Spielberg
Steven Spielberg fez o nome em “filmes-
pipoca”. Depois, investiu mais no cinema
“sério” e, enfim, ganhou seus Oscars. Mas
qual Spielberg é melhor, o “sério” ou o
“garoto prodígio”? Esse é o Duelo do Mês
de outubro.
MAIS
Direto do BEM
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Polêmica
Torcedores do Luqueño
comparam jogador do
Atlético com macaco
Nas ruas
Conheça o radar
campeão de flagrantes no
trânsito de Curitiba
Virou tragédia
Adolescente morre após
ser atingido por apagador
em sala de aula
Rombo
Secretaria não define
tamanho do déficit nas
contas públicas
Após assembleia
Bancários do Paraná
aceitam encerrar greve.
Menos os da Caixa
As cinco mais acessadas ontem no site
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Transportes
Governo libera imposto de
importação para carros elétricos
A Camex (Câmara de Comércio Exterior)
aprovou uma resolução ontem zerando a
alíquota do imposto de importação para
carros elétricos. O percentual anterior pago
pelos importadores desses veículos era de
35%. A medida é um incentivo fiscal dado pelo
governo ao segmento de veículos menos
poluentes.
Plantão 190
Acusados de matar taxista são
presos pela Policia Civil
Policiais civis da Delegacia de Furtos e Roubos
comandados pelo Delegado Rafael Vianna,
prenderam na madrugada de ontem um rapaz
identificado por Tiago, 23 anos, que seria
responsável pela morte do taxista Wiliam Felipe
Cardoso, 23 anos. Tiago acabou entregando o
comparsa que teria participado do crime.
João Carlos Frigério
Helio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual
Paulista (UNESP). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre
a economia brasileira
Sem ajuste, crise se agravará
A incerteza é matriz do atual momento da vida brasileira, onde o desemprego
e a recessão invade o cotidiano. Sem uma política fiscal que controle com esparta-
na disciplina os gastos públicos não essenciais, a desorganização patrimonial, em
todos os níveis, com a perda de renda será consequência natural. O enfrentamen-
to dessa realidade adversa só aponta um único caminho: ajuste fiscal. Postergá-lo
significa aprofundamento da crise econômica e social. Sem o equilíbrio das contas
públicas as perdas para a economia serão crescentes com o empobrecimento
atingindo níveis alarmantes. Não fica adstrito ao Estado, mas espalha-se como
um vírus no orçamento familiar e empresarial.
Resta indagar: o que ocorreu com o Brasil? A resposta é objetiva, os equívocos
e erros recorrentes nos últimos anos executado pelo governo nocautearam as
contas públicas. Sua origem pode ser localizada na expansão fiscal irresponsável,
com elevação dos gastos estatais e corte seletivo de imposto, além da contenção
dos preços administrados, a exemplo da energia elétrica, da gasolina e do diesel,
para favorecer um projeto de poder. O acumulo dessas distorções não puderam
mais se sustentar a partir da reeleição da Dilma Rousseff. Aflorou com rigor o
cenário que estamos a vivenciar: recessão econômica, taxa de juros elevada e crise
social tendente a se agravar.
O inadiável ajuste da economia pela disciplina fiscal não tem consenso no
condomínio do poder. O ministro da Fazenda ao propor o ajuste fiscal é bombar-
deado pelo presidente do PT e pelo ex-presidente Lula da Silva. Eles enxergam
no ajuste uma opção de direita. Infelizmente, no Brasil, o primarismo ideológico
tem terreno fértil. Equilibrar contas públicas não tem nada de direita ou de es-
querda, é o elementar dever moral de se pagar o que deve. Ideológico é elevar o
nível incontrolável a atuação do Estado na economia. É expandir a rede de crédi-
tos estatais com alocações preferenciais aos amigos do poder, através os bancos
públicos. Em tempo: os investimentos sociais para atacar as desigualdades não
são os responsáveis pelo desastre.
O ajuste fiscal significa recolocar, no médio e longo prazo, a economia brasilei-
ra em ritmo de crescimento. Sabendo que a recessão de 2015 se repetirá em 2016,
influenciando negativamente a retomada do crescimento nos anos de 2017 e
2018. Somente assim haverá perspectiva de, no médio prazo, ocorrer relativa
estabilidade da dívida bruta em relação ao Produto Interno Bruto. Sem ele o
aprofundamento da crise, com o encolhimento da economia brasileira, atingirá
nível desesperador.
Os números que seguem demonstram o que está “ruim” pode se tornar “pés-
simo”. O IBGE, através a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNAD), divulgada em agosto, demonstra que 8,6 milhões de brasileiros estão
desempregados. Com o indicativo de aumento até o final do ano, elevando o
padrão de endividamento das famílias. A perda dos empregos formais, com car-
teira assinada, se aproxima dos 2 milhões, o que levou o Coordenador de Trabalho
e Rendimento do IBGE, economista Cimar Azeredo afirmar: “Isso significa perder
plano de saúde, FGTS, garantia de seguro-desemprego. Tudo isso se traduz em
perda de estabilidade”.
Pelo lado empresarial, a realidade não é diferente. A recuperação judicial vem
frequentando o cotidiano de médias e grandes empresas. A Serasa Experian,
através o economista-chefe Luiz Rabi, constata: “O quadro de recessão na econo-
mia afeta diretamente o ritmo de negócios e a geração de caixa das empresas”.
Aponta que do total das 7,9 milhões de empresas em operação no Brasil, perto de
4 milhões estão na condição de inadimplência. A quase totalidade é de micro
empresas, grandes geradoras de emprego na área de serviços. Já no plano indivi-
dual, a Serasa constata que 57 milhões de indivíduos estão endividados, princi-
palmente em bancos, varejo e contas de consumo. Nesse segmento de consumi-
dores, o valor do endividamento seria de R$ 246 bilhões.
Sem o ajuste da economia essa realidade se agravará, aumentando o deses-
pero e a incerteza do futuro para os brasileiros.
Hélio Duque