BEM
PARANÁ
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Política
CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2015
MUNDO
Violência
Estados Unidos
—
Um
policial branco da Carolina
do Sul, nos EUA, foi colo-
cado em licença adminis-
trativa depois que um ví-
deo divulgado nas redes
sociais mostrou ele dando
uma chave de braço em
uma aluna negra do ensi-
no médio antes de derru-
bá-la de sua cadeira e ar-
rastá-la pelo chão da sala
de aula. O incidente ocor-
reu na segunda-feira na
escola Spring Valley, na ci-
dade de Columbia, na Ca-
rolina do Sul. Ninguém fi-
cou ferido. Autoridades
disseram que o incidente
ocorreu após a estudante
recusar o pedido do polici-
al Ben Fields, um dos dois
policiais designados para a
escola, de se retirar da sala.
Monumento
Líbano
—
O grupo ex-
tremista Estado Islâmico
executou três pessoas na
cidade de Palmira, na Síria,
amarrando os reféns em
três colunas históricas e
fazendo-as explodir, indi-
cou ontem uma organiza-
ção não-governamental.
De acordo com o Observa-
tório Sírio de Direitos Hu-
manos baseado na Grã-
Bretanha, que conta com
uma rede de ativistas no
local, as três pessoas eram
civis, mas que suas identi-
dades permanecem desco-
nhecidas. Este foi o mais
recentemétodo horrível de
assassinato realizado pelo
grupo militante, que tem é
conhecido por suas deca-
pitações e até pela imola-
ção de seus prisioneiros.
Ataques destroem
hospital no Iêmen
Iêmen
—
Uma pequena unidade médica administrada
pela organização Médicos Sem Fronteiras na província de Sa-
ada, no Iêmen, foi destruída por dois ataques aéreos, mas não
houve vítimas, disse o chefe do grupo de ajuda humanitária
no Iêmen, Hassan Boucenine, ontem. O primeiro ataque ocor-
reu perto das 23 horas (no horário local e 4h no horário de
Brasília) de segunda-feira e atingiu um prédio que abriga os
escritórios de administração da instalação, segundo informou
Boucenine. Ninguém estava dentro do local no momento, dis-
se ele. O segundo ataque atingiu o principal prédio vizinho,
cerca de 10 minutos mais tarde, e as 12 pessoas que estavam
no local - entre funcionários e pacientes - foram retiradas. “O
prédio foi completamente destruído”, disse Boucenine. Uma
coalizão liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos EUA
tem lançando ataques aéreos contra os rebeldes xiitas do Iê-
men, também conhecidos como houthis, e seus aliados desde
março. A cidade de Saada, a fortaleza dos houthis, tem en-
frentado um bombardeio intenso diariamente. Este foi o se-
gundo ataque deste mês a uma instalação do Médicos sem
Fronteiras. Em 3 de outubro, helicópteros norte-americanos
bombardearam um hospital no Afeganistão.
Ofensiva
Estados Unidos
—
O
secretário de Defesa dos
Estados Unidos, Ash Car-
ter, disse ontem que o go-
verno norte-americano pla-
neja aumentar a ofensiva
contra o Estado Islâmico na
Síria e no Iraque, com ata-
ques aéreos mais intensos.
Os Estados Unidos vão
mudar sua estratégia de
ataque, segundo Carter. A
partir de agora, o foco vai
ser nas cidades de Raqqa,
capital declarada do Esta-
do Islâmico na Síria, e Ra-
madi, capital da província
de Anbar, no leste do Ira-
que. O foco da missão mili-
tar, de acordo com o secre-
tário, são os alvos mais pro-
curados do Estado Islâmi-
co, além da indústria pe-
trolífera.
Terremoto
Paquistão
—
As equi-
pes de resgate lutavam
para chegar ontem nas re-
giões afetadas pelo terre-
moto que atingiu ontem o
Paquistão e o Afeganistão
e que já matou 363 pesso-
as e feriu mais de 2 mil.
Helicópteros foram neces-
sários para levar ajuda e
suprimentos, uma vez que
as regiões estão localizadas
em locais remotos e estra-
das foram bloqueadas. De
acordo com autoridades
afegãs e paquistanesas,
248 pessoas morreram no
Paquistão e 74 no Afega-
nistão, de acordo com Is-
mail Kawusi, porta-voz do
Ministério da Saúde do
Afeganistão. Mais de 10
mil edifícios foram danifi-
cados ou destruídos.
Josianne Ritz | Com a colaboração dos editores do BEMPARANA |
Câmara sinaliza aval a
pedidode impeachment
Área técnica da Casa finaliza parecer que deve recomendar abertura de processo
A área técnica da Câmara
dos Deputados está finalizan-
do parecer emque recomenda
ao presidente da Casa, Eduar-
do Cunha (PMDB-RJ), que dê
seguimento ao principal pedi-
do de impeachment contra
Dilma Rousseff. A informação
apurada pelo jornal Folha de
São Paulo com aliados de Cu-
nha diz respeito ao pedido as-
sinado pelos advogados Hélio
Bicudo (ex-petista), Miguel
Reale Júnior (ex-ministro da
Justiça de Fernando Henrique
Cardoso) e Janaína Paschoal,
documento que é chancelado
pelos principais partidos de
oposição e por movimentos de
rua anti-Dilma.
Segundo essa versão, a
recomendação técnica, que é
sigilosa, será entregue a Cu-
nha ainda nesta semana. E
será sucinta: afirmará apenas
que o pedido se enquadra nos
requisitos da lei 1.079/50 (que
Cunha: continuidade de “pedaladas” reforçam ação
Roberto Stuckert Filho/PR
O ministro Marcelo
Navarro RibeiroDantas, do
Superior Tribunal de Justi-
ça (STJ), negou liminar-
mente um pedido de ha-
beas corpus ao ex-ministro
da Casa Civil José Dirceu.
O ex-ministro do governo
Lula está preso preventi-
vamente desde 3 de agos-
to na deflagração da Ope-
ração Pixuleco, desdobra-
mento da Lava Jato.
Dirceu se tornou réu
em ação penal por corrup-
ção, lavagem de dinheiro
e organização criminosa.
A Procuradoria afirma que
o ex-ministro recebeu, por
meio de sua empresa de
consultoria, a JD Assesso-
ria, propina de empreitei-
ras contratadas pela Pe-
trobras. A defesa de José
Dirceu havia entrado com
o pedido no início do mês,
no STJ. O mérito do habe-
as corpus ainda será ana-
lisado.
Dirceu teria recebido,
no esquema Petrobras, pelo
menos R$ 11.884.205,50.
Segundo a denúncia do
Ministério Público Federal,
parte das propinas acerta-
das pela Engevix Enge-
nharia com a Diretoria de
Serviços e Engenharia da
estatal era destinada a
Dirceu.
Lava Jato
STJ nega
habeas
corpus a
José Dirceu
A avaliação do governo
da presidente Dilma Rous-
seff ficou praticamente es-
tável entre julho e outubro,
de acordo com levanta-
mento produzido pela
ConfederaçãoNacional dos
Transportes (CNT), em
conjunto com a MDA Pes-
quisa, divulgado nesta ter-
ça-feira, 27.
Entre os entrevistados,
70% avaliaram negativa-
mente o governo da petis-
ta. Na última pesquisa, di-
vulgada em 21 de julho, o
porcentual estava em
70,9% - a variação ficou
dentro da margem de erro
de 2,2 pontos porcentuais.
O governo foi avaliado po-
sitivamente por 8,8% dos
entrevistados.
De acordo com a pes-
quisa, 18,1% dos entrevis-
tados avaliaram o governo
Dilma como “ruim” e 51,9%
o consideraram “péssimo”.
Já para 20,4% dos entre-
vistados o governo da pe-
tista é “regular”, enquanto
para 7,5% ele é “bom”.
Apenas 1,3% dos entrevis-
tados classificou o governo
como “ótimo”.
Com relação ao desem-
penho pessoal de Dilma
Rousseff, a desaprovação
atingiu 80,7% enquanto a
aprovação ficou em 15,9%.
Pesquisa
Governo
Dilma é ruim
ou péssimo
para 70%
trata do impeachment), no
regimento interno da Câma-
ra, e que traz em seu escopo
elementos que apontam a in-
dícios de participação da pre-
sidente em supostos crimes de
responsabilidade.
O embasamento são de-
cretos assinados por Dilma
em 2015 que aumentaram em
R$ 800 milhões as despesas
do Executivo sem autorização
do Congresso, além da repro-
vação das contas da petista de
2014 pelo Tribunal de Contas
da União. Pela lei, cabe ao pre-
sidente da Câmara decidir
monocraticamente se dá ou
não seguimento aos pedidos
de impeachment contra a pre-
sidente da República. Ele pode
ou não seguir a recomenda-
ção da área técnica. Até ago-
ra, já mandou para o arquivo
20 pedidos de impeachment,
sempre seguindo a recomen-
dação técnica.
Até a quarta-feira da se-
mana que vem, o governo fe-
deral e as entidades que re-
presentam os prefeitos e go-
vernadores do País pretendem
definir, em nova reunião no
Palácio do Planalto, qual será
o critério de distribuição da
nova CPMF, a ser criada pelo
Congresso Nacional. A deci-
são final será apresentada à
presidente Dilma Rousseff no
dia 19 de novembro.
O prefeito de Belo Hori-
zonte, Márcio Lacerda, que
preside a Frente Nacional de
Prefeitos (FNP), disse, ao fi-
nal de encontro realizado on-
tem, com o ministro da Secre-
taria de Governo, Ricardo Ber-
zoini, que todos concordaram
com a alíquota de 0,20%, en-
caminhada pelo Planalto ao
Congresso, e que a este por-
centual seja incorporado o
adicional de 0,18%, para ser
distribuído entre Estados e
municípios, em proporções
iguais. Também houve con-
senso sobre a destinação dos
recursos, que seria para Segu-
ridade Social.
Imposto
Prefeitos dão apoio à recriação da CPMF