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CURITIBA, TERÇA-FEIRA,
22 DE DEZEMBRO DE 2015
E
sportes
BEM
PARANÁ
No domingo, o Cori-
tiba promoveu umama-
nhã festiva com duas
partidas envolvendo
ex-jogadores do clube –
com destaque para o
duelo entre os campe-
ões brasileiros de 1985
e a geração de 1989. O
evento tinha caráter be-
neficente, emprol da fa-
mília do ex-meia Toby,
que morreu neste ano.
Depois da festa, os ex-
campeões brasileiros co-
braram dias melhores
para o clube.
“Hoje a estrutura do
Coritiba é, no mínimo,
200% melhor do que a
nossa era. Muita coisa
melhorou, mas também
é preciso pensarmais em
um elenco forte desde o
Paranaense”, disse o ata-
cante Índio, autor do gol
coxa-branca na final con-
tra o Bangu, em 1985 – o
jogo terminou 1 a 1 e o
time paranaense ganhou
nos pênaltis. “A diferen-
ça técnica como Brasilei-
ro émuito grande. OCo-
ritiba tem que voltar a
brigar lá em cima”.
O goleiro Rafael, he-
rói daquela final em1985,
foi ainda mais incisivo.
Ele afirmou que um clu-
be como o Coritiba não
pode ficar quatro anos
seguidos lutando contra
o rebaixamento. “Essa
rapaziada tem que che-
gar aqui e saber oporquê
a gente tem essa estrela
na camisa”, falou ele.
No jogo, o time cam-
peão brasileiro de 1985
foi com Rafael; André,
Vavá, Heraldo e Hélcio;
Almir, Marildo e Tcheco
(convidado especial);
Lela, Índio eGil. No ban-
co, Badé, Caxias, Polaco,
Pachequinho, Sidnei Bu-
tini, Osires, Aladim, Jet-
son e Cléber Arado.
O time de 1989 foi a
campo com Gerson; Ba-
tatinha, Vica, Berg e Fei-
jão; Serginho, Osvaldo,
Carlos Alberto Dias e
Tostão; Chicão e Alex
(convidado especial). No
banco, Pepo, Flávio, Totó,
Cuca, Hélcio, Ronaldo,
Sergio Luis, Ademir Al-
cântara eMarcio Ramos.
O jogo terminou 4 a
1 para a equipe de 1985.
Após festa,
ex-campeões
cobramo
Coritiba
Pormais receitas, Paraná
mira torcedores “Classe C”
Presidente do clube vai tentar atrair essa faixa de consumidores em novos planos de sócios para 2016
OParanáClube inicia o ano
de 2016 com o mesmo dilema
de outros anos: a falta de di-
nheiro paramontar uma equi-
pe competitiva. Alémdas idei-
as de sempre — cotas de TV,
patrocínios, parcerias comem-
presários, venda de patrimô-
nio —, o presidente eleito do
clube, LeonardoOliveira, citou
outro itemque pode ajudar no
caixa: torcedores de menor
poder aquisitivo, como os da
Classe C. Segundo ele, o clube
vai tentar atrair essa faixa em
novos planos de sócios.
“Fizemos um estudo dos
últimos planos do Paraná. Ti-
vemos falhas. Deixamos de
lado uma massa de torcedo-
res que não foi atendida. Va-
mos buscar atrair esses torce-
dores”, disse Oliveira, nesta
segunda-feira, em entrevista
à rádio CBN. “Esses torcedo-
res têm poder aquisitivo me-
nor, mas sempre acompanha-
ramo clube e nos últimos anos
ficou de lado. Estamos bus-
cando atender a todos”.
SegundoOliveira, oque faz
diferença entre os clubes da
Série B é o associado. Não à
toa, três das quatro equipes
que ascenderamà primeira di-
visão são clubes de grande tor-
cida: Botafogo, Santa Cruz e
Vitória. A exceção é o América-
MG. “A receita dos times da
Série B não se compara à pri-
meira divisão. Nesse sentido,
a presença do torcedor é um
diferencial para subir ou não.
A presença de público é deter-
minante”, falou o dirigente.
Outro ponto abordado por
Oliveira é a iminente venda
da sede social do Paraná, na
Avenida Presidente Kennedy.
Segundo o dirigente, foram
resolvidas algumas tecnicali-
dades na documentação e
agora a venda pode sair do
papel. A venda do imóvel será
fracionada – o salão social
deve ser mantido, mas as áre-
as das piscinas vão mudar de
dono. Apesar da venda, Oli-
veira negou que o Paraná Clu-
be vai deixar de ser um clube
social. “Nunca vai deixar de
ser social. O que vai fazer é
adequar as atividades à viabi-
lidade econômica”, afirmou.
Por ora, ele nega o recebimen-
to de propostas passíveis de
negociação.
Apesar de admitir muitas
dificuldades financeiras, Oli-
veira afirmou que está mais
viável assumir o clube agora
do que estava em abril, quan-
do o grupo Paranistas do Bem
tomou o poder no clube.
“Hoje estamos com nove me-
ses de gestão, conhecemos a
situação financeira”, disse.
“Não fica mais fácil, mas sa-
bemos o que estamos enfren-
tando”.
Oliveira: “Estamos buscando atender a todos”
Divulgação/Paraná Clube
NA VILA
Lucio Flávio
O presidente do
Paraná, Leonardo
Oliveira, não
confirmou se o meia
Lucio Flávio, de 36
anos, poderia
retornar à Vila
Capanema. O jogador
estava no clube até
maio deste ano (14
jogos e nenhum gol),
quando rescindiu
contrato e acertou
com o Coritiba. O
vínculo com os
coxas-brancas
acabou neste mês e
o meia está,
tecnicamente, sem
clube nenhum. “O
Lucio é um atleta
que trabalhou
bastante pelo Paraná,
mas prefiro comentar
sobre o outro Lúcio
Flávio, o que vai ficar
com a gente, o
centroavante”, disse
Oliveira, em
referência ao
atacante que
disputou seis partidas
pelo clube na última
Série B (três como
titular) e marcou dois
gols.
Condenados por "abuso
depoder", o suíço JosephBlat-
ter e o francês Michel Platini
foram suspensos do futebol
por oito anos. A decisão foi
anunciada pela Fifa na ma-
nhã de ontememarca umdi-
visor de águas na história da
entidade que, pela primeira
vez, afastou do futebol seu
presidente. O gesto também
passa a ser considerado como
uma demonstração de que a
entidade quer "virar a página"
em relação à corrupção.
Para Blatter, com79 anos,
a decisão representa o fimde
sua carreira na gestão do fu-
tebol. Ele esperava ser ino-
centado para que pudesse
voltar ao comando e, em fe-
vereiro, entregar o cargo ao
seu sucessor. Platini, 60 anos,
esperava tambémser inocen-
tado, desta vez para ser can-
didato à presidência da Fifa.
Ambos ficam afastados
de qualquer envolvimento
com o futebol até o ano de
2023, depois da Copa do
Mundo do Catar, em 2022, e
a aplicação da medida é
"imediata". Blatter, assim,
deixa de vez seu cargo na
Fifa e Platini é obrigado a
abandonar a presidência da
Uefa e seu sonho de ser pre-
sidente da Fifa. OComitê de
Ética da entidade havia sus-
pendido ambos de forma
provisória por 90 dias, en-
quanto examinava o caso.
Blatter e Platini são suspensos do futebol
Fifa
