BEM
PARANÁ
9
Consumidor
CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2016
ETIQUETAPROFISSIONAL
Adriane Werner |
Adriane Werner. Jornalista, especialista em Planejamento
e Qualidade em Comunicação e Mestre em Administração.
Ministra treinamentos em comunicação com temas
ligados a Oratória, Media Training (Relacionamento com a
Imprensa) e Etiqueta Corporativa.
A primeira impressão
Certamente você já ouviu e já usou a expressão “a
primeira impressão é a que fica”. Essa é uma das maio-
res verdades a respeito do comportamento humano. Com
raríssimas exceções, as pessoas fazem juízos de valor
umas a respeito das outras a partir do primeiro momen-
to em que se veem.
Se, ao sermos apresentados
a uma pes-
soa, simpatizarmos de imediato com ela, é provável que
continuemos simpatizando
ad infinitum
... mesmo que ela
cometa alguns pequenos deslizes comportamentais. E o
contrário também é verdadeiro: se, à primeira vista, ti-
vermos uma reação de antipatia à pessoa que nos foi
apresentada, dificilmente mudaremos de opinião em
relação a ela, mesmo que ela se mostre bacana. É como
se aquele anjinho ou diabinho mental dissessem a todo
momento: “Não se iluda! Fulano é má pessoa” ou “Ele
não fez por mal, no fundo é gente boa!”
É claro que, nesse julgamento
, corremos
o risco de cometer injustiças e rotular pessoas de forma
equivocada. Portanto, devemos tentar evitar esse julga-
mento rápido. Por outro lado, sabendo que vamos ser
julgados pelos interlocutores, devemos investir no bom
comportamento para tentar sempre causar a melhor pri-
meira impressão possível. É como diz um ditado popu-
lar: “Não temos uma segunda chance para causar uma
boa primeira impressão”. A primeira é só a primeira e
dificilmente mudará, a menos que algo muito marcante
ocorra.
Portanto, tente não julgar
, mas saiba que
será julgado e, por isso, esforce-se para que as pessoas
aceitem sua presença com simpatia.
Os prós e contras
do cartão de crédito
Consultor afirma que ferramenta, se planejada, é um boa aliada à economia
As discussões relaciona-
das ao uso do cartão de crédi-
to são sempre bastante acalo-
radas e frequentemente ter-
minam de forma pouco amis-
tosa .E isso, porque o papel
do cartão de crédito na vida
financeira do brasileiro não é
muito claro, segundo a opi-
nião do consultor Conrado
Navarro, do portal de educa-
ção financeira Dinheirama.
Para ele, ocartão é importante
enquanto ferramenta e meio
de pagamento,mas o uso des-
se mecanismo não é tão sim-
ples como parece.
Navarro ressalta que a
principal vantagem do cartão
de crédito está na possibilida-
de de aproveitar a característi-
ca de cobrança futura para ad-
quirir, agora, um produto ou
serviço. “Ao comprar algo com
o cartão, levamos imediata-
mente o bem para casa e o pa-
gamento só acontecerá na che-
gada da fatura, podendo ain-
da o valor total ser parcelado,
no ato da compra, junto à loja
ou prestador de serviço”, diz.
Além desta vantagem, o
cartão também ajuda no con-
trole dos gastos, pois, quando
planejado, os pagamentos de
bens e serviços ficam concen-
trados em um único dia, no
caso a data de vencimento da
fatura. O problema começa
quando, devido a falta de pla-
nejamento, o pagamento da
fatura não é feito de forma
integral.
Navarro lembra que ao
optar pelo cartão de crédito
para realizar um negócio,é
preciso ter consciência de que
o valor negociado será cobra-
do e, portanto, precisa estar
programado emnosso contro-
le financeiro. “O crédito asso-
ciado ao cartão é parte da fer-
ramenta e não significa di-
nheiro extra, mas simplesmen-
te poder comprar, consumir e
deixar o pagamento para uma
data futura”, diz. “E que deve
ser respeitada.”
Essa dica, de ouro, vale
para qualquer período, prin-
cipalmente para aqueles em
que há instabilidade econômi-
ca, como aumento do desem-
prego. Por isso, o Procon lis-
tou dez procedimentos que
devem ser adotados por quem
usa do cartão de crédito não
ser surpreendido.
DEZ DICAS
Para ajudar os consumidores com dificuldade em lidar com a situação econômica, o Procon de São Paulo,
listou dez dicas para usar o cartão de crédito
1. CARTÃO DE CRÉDITO NÃO É SINAL DE “STATUS FINANCEIRO”
Tem gente que se orgulha de ter o limite do
cartão de crédito alto. Fique atento, pois se a financeira te dá o limite alto é porque ela busca uma operação
segura e lucrativa. O bom “status” é não ter dívidas e uma reserva financeira. Fuja de ostentação, planeje suas
compras e fique atento com seu equilíbrio financeiro.
2. TENHA UM OU DOIS CARTÕES NO MÁXIMO
Quanto mais cartões, maiores as chances de você descontrolar e
entrar numa situação de superendividamento. Dois cartões, de bandeiras diferentes, já estão ótimos.
3. SAIBA DIZER NÃO
Nunca aceite cartões oferecidos, mesmo que possuam anuidade grátis. Tenha uma regra
rígida sobre isso.
4. ANUIDADE GRÁTIS
No mercado financeiro existe um ditado que “não existe almoço grátis”. Então fique
esperto, pois, no geral, a primeira anuidade é grátis, mas as posteriores não o são. Valores como R$ 300,00 são
cobrados sem nenhuma dificuldade após o período da “anuidade grátis” e já se previna dessas estratégias que
sempre prejudicam o consumidor.
5. PRIORIZE PAGAR SEMPRE À VISTA OU NO CARTÃO DE DÉBITO
Corte o mal pela raiz. É duro, dói, é complicado, mas
funciona. Use sempre as alternativas para pagamento imediato e se proteja do efeito “bola de neve” das dívidas.
6. A REGRA DE OURO: FUJA DO PAGAMENTO MÍNIMO
Os juros do crédito rotativo podem chegar a impensáveis
16% ao mês, em alguns casos. Se a fatura chegar e você não tiver como fazer o pagamento integral, busque
uma linha de crédito mais barata, como o crédito consignado, CDC, etc. Pague o mais rápido que puder e
repense seus hábitos de consumo.
7. NÃO DIVIDA NADA
Ataque mais uma vez a origem do problema. Tente desconto para pagamento à vista, caso
a loja não concorde e você quiser fazer a compra, pague imediatamente. Não divida nada em quatro, cinco ou
dez vezes. Com o tempo, você pode se descontrolar com várias parcelas de fornecedores diferentes e o valor
de sua fatura irá aumentar excessivamente.
8. NÃO PASSE O NÚMERO DO CARTÃO PARA EMPRESA NENHUMA
Algumas grandes empresas como editoras gostam
de dar opções para o consumidor pagar assinaturas de revistas com o cartão de crédito. Elas quase não dão
desconto no valor à vista e isso leva a crer que pagar com o cartão parcelado em muitas vezes é muito melhor. Na
verdade, elas querem mesmo é o número do seu cartão e poderão lançar a renovação do mesmo, apenas te
avisando, quando o certo seria pedir sua autorização primeiro. Depois que lançam a renovação, para você cancelar
sempre dá muito trabalho e é muito complicado. Priorize pagar via boleto ou depósito em conta corrente.
9. CUIDADO COM O LIMITE GLOBAL DO CARTÃO
Um dos perigos de se pagar tudo parcelado é que,
eventualmente, você pode chegar ao limite global do cartão, mesmo sem ter atingido o limite da fatura mensal.
Nessa situação seu cartão será bloqueado e você pode ficar em situações onde não está com dinheiro vivo ou
não tem como usar cartão de débito. Todo mundo tem o limite mensal que pode ser usado e um limite global
que não pode ser ultrapassado. Bateu em algum dos dois, o cartão de crédito já não funciona.
10. DESTRUA O CARTÃO DE CRÉDITO SE VOCÊ NÃO CONSEGUE LIDAR COM ELE
Controle-se e se pergunte
muitas vezes se aquela compra é boa para você ou não. Não compre nada por impulso, pois isso é o caminho
da morte financeira. Se, após tentar se controlar você viu que não possui força para se sustentar perante o
impulso de gastar, destrua o cartão de crédito e passe a usar apenas a modalidade débito.